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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Medos*

Os 10 medos mais comuns da humanidade

 

Começa a ficar consensual que entramos na temida segunda vaga da epidemia. Os números, de infecções e de óbitos, mesmo que mais os primeiros, voltaram a disparar e confirmam que o que se está a passar já é diferente do que aconteceu entre o primeiro e o segundo trimestre do ano.

Em Espanha, em França, na Itália, no Reino Unido, na Alemanha ou em Portugal, com maior gravidade, como em Espanha, ou menor, como na Alemanha, o vírus não dá tréguas. É justamente um virologista alemão, cientista de referência e assessor do governo para a covid-19, que adverte que a verdadeira pandemia está agora a chegar.

A isto acresce a chegada da gripe sazonal, aí à porta por força do calendário. Mas acresce sobretudo a realidade nas suas múltiplas dimensões. Não é mais possível responder com a resposta dada há seis meses. Não é económica nem socialmente possível voltar ao confinamento de então. As economias não o suportam. E as pessoas já nem sequer suportam medidas restritivas, como se vê por estes dias em Espanha e em França. Pelo contrário, reclamam mais abertura, Nem é garantido que dispúnhamos de melhores condições de saúde, como em Portugal garantem as entidades oficiais. Antes pelo contrário, provavelmente.

É certo que há hoje maior conhecimento do vírus, e mais algumas certezas médicas. Mas a resposta dos profissionais de saúde, que por todas as latitudes emocionou o mundo, não é uma experiência repetível. E em Portugal, por múltiplas e diversas razões, que vão dos bloqueios nas estruturas organizacionais dos serviços de saúde, à falta de reconhecimento dos profissionais, não o é. De todo!

Quando os registos da epidemia já contam com um milhão de mortos e 32 milhões de infectados, é verdadeiramente dramático nestas condições admitir que a verdadeira pandemia possa estar agora a chegar.

Há uma boa notícia no meio de tudo isto. Nas eleições locais e regionais em Itália, no início da semana, a extrema-direita xenófoba sofreu um forte revés. Dizem os estudiosos da matéria porque, justamente, as pessoas perceberam que é aqui que está a razão para ter medo. E que o que os extremistas agitam são falsos medos com que querem apenas espalhar o ódio.   

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Antes e depois

Costa diz que Champions em Portugal é um "prémio merecido aos ...

 

Se antes daquele anúncio, daquela forma e naquelas condições, da final a oito da Champions League deste ano em Lisboa, que deveria fazer corar de vergonha os seus intérpretes - mas não faz, porque Marcelo não tem vergonha de nada, e Costa terá prováveis problemas de ruborização de rosto - se percebia que muita coisa estava a mudar na relação dos portugueses com a pandemia, depois, essa mudança ficou ainda mais clara.

O ponto de viragem nem será exactamente o daquele acontecimento idiota, mas nunca deixará de ser esse o momento mais simbólico da viragem assinalada pelo ponteiro do medo. Antes, para os portugueses, mais importante que a doença era o medo.

O medo tinha sido o alfa e o ómega do chamado sucesso português, supostamente reconhecido na decisão da UEFA celebrada naquela patética sessão de propaganda. Fora por medo que os portugueses tinham até antecipado muitas das regras do confinamento. Fora por medo que tinham cumprido todas as indicações de protecção, e todas restrições que lhes tinham sido impostas. 

Depois perdeu-se o medo. E, perdido o medo, acabaram-se as preocupações de protecção, acabou-se o civismo, acabaram-se os bons exemplos, as lições de humanidade que todos os dias por aí  corriam e, por fim, todo o s tipo de restrições. 

O fim de semana encarregou-se de mostrar isso, com festas e mais festas de jovens inconscientes por todo o país. E com hospitais a serem inundados por adolescentes e jovens infectados. 

Antes, profissionais de saúde comoviam-se com os idosos infectados que lhes chegavam, mobilizavam-se para os salvar, com o que tinham e o que não tinham e, no fim, emocionavam-se e emocionavam-nos nas vitórias e nas derrotas que connosco partilhavam. Hoje, ao verem chegar estes jovens infectados, porventura ainda a tresandar a álcool, terão vontade é de lhes dar uns pares de estalos ou - vá lá - meter-lhes qualquer coisa pelo rabo acima. Ou pela garganta abaixo. 

 

 

Medo

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O covid-19 tem mantido a sua marcha galopante, arrastando consigo à mesma velocidade uma vaga de medo que hoje condiciona claramente o mundo, com o cancelamento de uma imensa panóplia de acontecimentos mundiais,  e com impacto significativo em  padrões económicos e até sociais. 

A OMS já anunciou que ninguém está preparado para enfrentar o vírus, e que a pandemia está iminente. As infecções espalham-se pelo mundo e, na China, no epicentro de todo este terramoto, tudo saiu já fora de controlo. 

O que se está a passar por estes dias na China poderá vir a passar-se dentro de pouco tempo um pouco por todo o mundo: um autêntico círculo de destruição da capacidade de resposta das estruturas de saúde, onde o vírus surge como uma espécie de íman trágico, a captar e destruir recursos que não só não o conseguem combater, como lhe abrem caminho à sua propagação ao faltarem, e desprotegerem, todos os restantes cuidados básicos e gerais de saúde.   

Cenário mais medonho é difícil, e sabe-se que, em circunstâncias críticas desta natureza, tão - ou mais? - importante como controlar o mal é controlar o medo. Sabemos também que as ditaduras se saem melhor nessas tarefas, lidar com o medo é a sua especialidade. Por isso mais medo ainda com o medo que claramente de lá vem.

O regime chinês fez tudo para controlar tudo. Silenciou, como só estes regimes sabem silenciar. E mesmo assim, provavelmente, nunca da China se soube de tanto medo como agora... 

Medonho*

 

 

 

 

 

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Esta bem poderia ser a semana dos horrores. Começou com o diabo disfarçado de eleições no Brasil, e continuou com os horrores de tudo o que se disse e escreveu a esse propósito, ainda antes de começarem os horrores propriamente ditos. Que aí virão, certamente.

Passou pela esperada aprovação do Orçamento de Estado, para uns, cheio de horrores a que chamam eleitoralismo. Mas sem o diabo, essa figura central do horror tão anunciada para esta legislatura, definitivamente afastada. Se não apareceu nesta semana de diabos e diabretes, é porque já não vai aparecer.

E acabou – está a acabar – com o Halloween, essa orgia de horror que os Celtas criaram na sua passagem de ano, acreditando que a fronteira entre um ano e o seguinte, com o frio do Outono, fazia tremer a própria fronteira entre mortos e vivos, e que a diáspora irlandesa levou para a América, para aí transformar num festival de entretenimento exportado para todo o mundo com grande sucesso comercial, como aconteceu com praticamente tudo. Nada que o Papa Gregório IV conseguisse abalar com a introdução do Dia de Todos os Santos que hoje só quase leva a romagens aos cemitérios, também elas revestidas de boa carga comercial.

Em tempo de fake news, esta semana comemorou a primeira de que há registo, marcada, como não poderia deixar de ser, pelo terror, numa brincadeira sem consequências. Há oitenta anos, comemorados agora, Orson Wells interrompeu a emissão radiofónica da CBS para noticiar que os marcianos estavam a invadir New Jersey, lançando milhões de pessoas no pânico.

Dos marcianos temo-nos livrado. Das fake news, já com consequências, e terríveis, não. Invadiram-nos por todos os lados, espalhando terror à conta do mais tenebroso invasor da Humanidade que se dá pelo nome de ignorância. Essa sim, medonha!

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Gente (é como quem diz) que mete medo*

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Já conhecíamos a Sophie, da Websummit do ano passado, e agora de uns anúncios, em que começou a contracenar com o Cristiano Ronaldo para acabar, por enquanto, com o Mário Crespo, reformado dos écrans, mas activo nos écrans…

Menos conhecido do grande público é o Hal, mais novo. Criado à imagem de uma criança, simula expressões faciais e estados emocionais, tem tudo a que tem direito - olhos interactivos, coração, sons pulmonares e intestinais, dedos capazes de sangrar e até pulsação – e é o novo amigo dos médicos no treino da prática clínica em crianças.

Ou a Vera (na foto), em tudo parecida com a Sophie, uma espécie de prima afastada, que acabou de chegar ao negócio do recrutamento de recursos humanos, ao headhunting. Isso mesmo, um robot naquilo que se pensaria ser a última fronteira da actividade humana – só um humano poderia contratar um humano. A verdade é que a Vera está já ao serviço de grandes empresas nessas tarefas de entrevistar e a avaliar gente para preencherem os seus quadros com as pessoas certas.

Isto é, os robôs já não ameaçam só substituírem-nos nos nossos empregos. Ficam-nos com os empregos e vão ainda decidir se servimos para mais alguma coisa. Assustador!

Já não é da Sophia que temos medo. Medo, a sério, é da Vera!

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Medo. Muito medo!*

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Há muito que muita gente desconfia das novas tecnologias e em particular das redes sociais. Uns por cepticismo militante, desconfiam de tudo e desconfiam mais de tudo o que é novidade. Não é a esses que me refiro, até porque os coloco no mesmo saco dos outros, no outro extremo, que nunca desconfiam de coisa nenhuma e se entregam acriticamente, de alma e coração, a tudo o que de novo lhes apareça pela frente.

Outros porque vêm outros utilizá-las como janelas escancaradas para a sua vida, mesmo que para lá espreitem como espreitariam por qualquer buraco de fechadura. E outros porque, reconhecendo-lhe um potencial inesgotável, desconfiam da utilidade que a perversidade, nas suas mais diversas formas, lhe possa dar.

Notícias dadas esta semana por dois jornais de referência mundial, o New York Times e o London Observer, a partir de investigações que levaram a cabo, fizeram disparar todos os alarmes destes últimos.

Não deixaram apenas o Facebook em alvoroço. Em alvoroço e sem umas larguíssimas dezenas de milhares de milhões de dólares. Deixaram-nos com medo. Com muito medo. E no entanto apenas confirmavam aquilo que há muito corria: que o Facebook tinha sido usado para eleger Donald Trump, no ano passado, na América. A novidade, nestas notícias, é que identificou quem e como – uma empresa inglesa, a Cambridge Analytica, já a espalhar o negócio pelo mundo fora, pronta a intervir na manipulação de tudo o que seja eleições por todos os continentes – e através da apropriação dos dados de 50 milhões de americanos, utilizadores da rede, com o envolvimento de gente da ciência e da Universidade.

Sabe-se que o mesmo já tinha acontecido no Brexit. Que os catastróficos resultados do referendo à continuidade britânica na União Europeia tinham sido manipulados a partir das redes sociais. Que o mesmo aconteceu mais recentemente nas eleições no Quénia, ou acabou de acontecer em Itália. Disse-nos Matteo Salvini, o líder da extrema-direita italiana, quando, conhecidos os resultados, se apressou a agradecer: “Graças a Deus internet, graças a Deus redes sociais, graças a Deus Facebook.”

Olhamos para este fabuloso mundo da conectividade digital e vemos Trump, brexit… Rússia, Putin, cibercrime e ciberespionagem … Fake news… E temos medo. Muito medo…

Porque jornalismo sério, como este do New York Times e do London Observer, capaz de denunciar estes crimes contra a humanidade, a liberdade e a democracia, não passa já de um simples e raro resquício do passado…

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

 

Medo

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Não sei se estamos mais perto da mais destruidora das guerras que possamos imaginar. Sei que nunca, incluindo mais de três décadas de guerra fria, se falou tanto disso. Como se não bastasse, como se isso não fosse razão para termos muito medo, há ainda dois loucos à solta...

Medo

 

Imagem relacionada

 

A decisão do governo de baixar, por via dos impostos, o preço do gasóleo para as transportadoras nos postos de abastecimento fronteiriços - deixando desde já o anúncio Imagem relacionadaque a ideia será aplicá-la à totalidade do território no espaço de um ano - poderá até ter alguma racionalidade orçamental, no plano da receita fiscal. Não tem é nenhuma racionalidade económica... E é, politicamente, um monstro. 

Sustenta-se no medo. E o medo não é apenas mau conselheiro: é o epicentro da implosão do poder!

 

Quem tem ... tem medo

Por Eduardo Louro

Jovem interrompe conferência de imprensa de Mario Draghi

 

Na imagem - a imagem do dia, do mês ou até do ano - da jovem a saltar para a mesa de Draghi o que é aterrador é o medo do patrão do BCE, face á aparente tranquilidade da expressão de Vitor Constâncio. Sabendo nós do tradicional medinho do português, imagine-se o estado em que terá ficado, no italiano, aquela coisa que tem quem tem medo...

 

Nota: Imagem da SIC

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