"Uma vergonha"
As vagas de desinformação e populismo não param. Sucedem-se umas atrás das outras ao ritmo das marés vivas nas praias que não podemos pisar.
A última vaga foi a do aumento dos funcionários públicos. Não importa se foi um aumento de 0,3%, qualquer coisa como 3 a 4 euros no ordenado, em média. Depois de anos de cortes salariais. Isso não importa mas, acima de tudo, não importa mesmo nada que se trate simplesmente de uma consequência da entrada em vigor do Orçamento de Estado para este ano, superavitário e produzido e aprovado quando não havia bola de cristal que permitisse vislumbrar as circunstâncias que vivemos.
Em vez de oops - este aumento é tão bom, não era? - ouviu-se a palavra mágica da desinformação, da demagogia e do populismo: vergonha! Desta vez até Rui Rio cedeu.
Hoje ou tudo é uma vergonha, ou tudo se resume na sua expressão mais simples a uma vergonha. Não é preciso saber nada de coisa nenhuma. É uma vergonha e ponto final.
De tal forma que, por vergonha, não digo que é uma vergonha que o Ministério da Saúde tenha permitido que os seus profissionais tenham os únicos a ficar privados dos seus 3 ou 4 euros deste mês. Logo eles, médicos e enfermeiros hoje por hoje a tropa de elite do país que a nação aplaude... Mas digo que é mais um tiro no pé do Ministério de Marta Temido!