Nada mais irónico. No coração da maior crise de sempre no Ministério da Educação, a única demissão acontece por plágio... Este governo já só dá para rir!
Pouco a pouco, e ao fim de um mês, vamos começando a tomar os primeiros contactos com os ministros do novo governo. Os tais que não tinham experiência política e que eram jovens…
Ontem, e particularmente hoje, foi a vez do ministro da economia. Pois, o Álvaro, como manifestou gostar de ser tratado logo de início, também não se saiu lá muito bem. O registo não foge muito do tom geral já deixado pelos seus colegas de governo, muito à volta do “não podemos falhar e não vamos falhar”, do “estamos a estudar e iremos apresentar medidas”. Mas nada de coisas palpáveis e concretas a deixar perceber que estar na oposição não serve para nada que respeita à preparação para governar. Parece que foram surpreendidos, que o poder lhes caiu do céu e que agora é que vão começar a pensar nos problemas. Mesmo no caso do Álvaro, que até estava farto de escrever sobre os problemas do país. E das suas soluções!
Acresce, no caso em apreciação, que o Álvaro utiliza um tom professoral pouco simpático num discurso que contraria o compromisso assumido pelo chefe do governo de não se desculpar com a pesada herança. O super ministro é mesmo o campeão desse discurso: não apresenta nenhuma medida, nem sequer uma ideia – ele que tem justamente a responsabilidade de colocar o país no caminho do crescimento – e esgota o seu discurso na análise do passado: do mais distante, até com elogios à política económica dos anos 50 e 60, ao mais recente do desastre do último governo, incluindo o “ambiente de ostentação” que encontrou no(s) seu(s) ministério(s). Há-de haver alguma explicação para isto. É que já o ministro das finanças faz o mesmo: quando nos explicou que nos iria ao bolso buscar metade do subsídio de Natal começou por nos historiar a evolução da economia nacional nos últimos 100 anos.
É pena que estes ministros mais novos e sem experiência política – ainda falta a da Agricultura e adjacentes, eventualmente ainda parada a contemplar as gravatas penduradas nos cabides do ministério – não prestem atenção ao seu colega Ministro da Educação. Também ele não tem experiência política e também ele é professor catedrático. Tem mais uns anitos, é certo. E faz tudo ao contrário dos outros e tudo o que faz, faz bem! Apresenta medidas em vez de anunciar que está a estudá-las, o que prova que já as tinha estudado, que fez o trabalho de casa. E usa um discurso claro, objectivo e credível. Não fala de cátedra, nem como catedrático.
Fala e percebe-se o que diz. E - o mais importante - acreditamos no que diz: todos, até os sindicatos, que aterrorizavam todos os anteriores ministros. Que eram ministras!
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