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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

França? Ah... Pois ...

França. Deputados aprovam moção de censura contra o Governo

A moção de censura - na verdade eram duas, uma apresentada pela esquerda, que bastou, e outra pela extrema direita - contra o executivo liderado por Michel Barnier foi aprovada. O governo mais curto da História da França - três meses - caiu, e não poderá haver eleições antes de Junho do próximo ano.

Macron, que destruiu o sistema partidário francês, nem sequer está no país quando "Paris está a arder". 

A França é hoje dívida, défice, e desgoverno. A Alemanha é pouco menos. A União Europeia vai ter que ter que competir com a China, vai ter que se haver com Trump, vai ter de se defender de Putin... E para isso vai ter que reerguer o que sobrar da Ucrânia.  Ah... Pois ...

Fim de linha para Miguel Albuquerque

Miguel Albuquerque oficializa renúncia à presidência do Governo da Madeira

Depois de Alberto João Jardim lhe apontar o dedo da rua - "a Madeira não pode ficar refém de um homem só", declarou, alto e bom som - Miguel Albuquerque já não tinha por onde se segurar. Agora, que o JPP (Juntos pelo Povo, o terceiro partido na Madeira, com nove deputados) anunciou que também vai votar a favor da moção de censura, do Chega, depois de nove anos agarrado ao poder, está a cair desamparado.

Menos de seis meses depois das últimas eleições, oito meses depois das penúltimas. 

Miguel Albuquerque quis ser Jardim. Só que não é Jardim quem quer. É quem pode, e já nem Jardim pode. Nem quer!

Censura e amores que se pagam

Rejeitada moção de censura. Só Chega e Iniciativa Liberal votam a favor

Hoje houve moção de censura ao governo apresentada pelo Chega, que António Costa agradeceu.  Como, em Janeiro, o Chega tinha votado a do Iniciativa Liberal, igualmente bastante interessante para Costa, desta vez a IL retribuiu. 

Amor, com amor se paga. Mesmo se se odeiam, como dizem. 

André Ventura já gastou as cartas todas. Mas dá-as por bem empregadas. Só ajudou Costa e o seu partido, mas também é de lá que lhe tem chegado a maior ajuda. 

Lá está: amor, com amor se paga. 

Notícias de um fim-de-semana sem notícias

Criando botão estilo interruptor com CSS3

(Foto daqui)

 

Quando logo pela manhã, bem cedinho, dei uma vista de olhos pelos jornais fiquei com a ideia que este foi um fim-de-semana em que, sem que tivesse acontecido grande coisa, muita coisa aconteceu. 

Admito que esta ideia construída assim tão à pressa tenha a ver com a forma como gastei o tempo num fim-de-semana bem generoso, que me abandonou aos pequenos prazeres da vida. E, naturalmente como condição indispensável, com os botões todos no "off". E como nem o Benfica jogava...

Às vezes estamos de tal modo formatados para esponja que, sempre que ostensivamente viramos as costas à actualidade, acabamos capturados num certo complexo de culpa. Depois de "hoje não quero saber de nada do que se está a passar" vamos querer saber tudo o que se passou e parece-nos que não perdemos grande coisa. Mas ficamos desconfiados...

É certamente por isso, por ter ficado desconfiado, que no fim desse passar dos olhos pelos jornais fiquei com essa ideia.

O fim-de-semana começara com o anúncio du uma moção de censura. A apresentação de uma moção de censura ao governo é sempre um acontecimento político relevante, como não pode deixar de ser. A não ser que seja apresentada por Assunção Cristas...

Trata-se de mais uma entrada maldosa de Cristas às penas de Rio. Que nem se queixou, entretido que estava lá com o seu CEN (Conselho Estratégico Nacional), novidade e inovação. E que, tanto quanto deu para me aperceber, correu bem. Pelo menos as hostes vinham animadas, e com o segredo bem guardado de uma certa fezada. Até já dizem que agora é que é!

A remodelação do governo também nunca pode deixar de ser um acontecimento. A não ser que que não toque em nada do que está sob os holofotes da crítica e da contestação... Um remodelação só para substituir ministros premiados nas listas das europeias, é meio pífia.

Pois é. Aconteceu muita coisa. Mas não aconteceu grande coisa... Diz-se que a popularidade de António Costa está nos mínimos da legislatura, e a maioria absoluta há muito que deixou de passar nos sonhos do primeiro-ministro. Que o PSD está a subir nas sondagens. E que, na Aliança de Santana Lopes, há um vice com uns problemas que vêm dos tempos em que foi presidente da Câmara da Covilhã. Que também nunca foi uma Câmara fácil, como nos lembramos...

Falar disto...

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Ontem disse aqui que era preciso uma lata do diabo para o CDS e Cristas apresentarem uma moção de censura tendo por objecto os incêndios deste ano. Não que a quota parte de responsabilidade do governo nesta tragédia não fosse merecedora de censura. Porque foi. Apenas porque a do CDS, como partido de governo que tem sido, e a de Cristas, responsável pela total liberalização do eucalipto no anterior governo, não é menor. Bem pelo contrário!

Bem sei que a direita tem feito tudo para branquear o eucalipto, mas não há volta a dar: o eucalipto, sendo um inimigo da floresta e da agricultura em geral, e um aliado dos incêndios é, particularmente em Portugal, o grande responsável pelas piores consequências dos incêndios.

O eucalipto é uma espécie predominantemente cultivada na Nova Zelândia sob especiais cuidados de localização, num país com área geográfica e densidade populacional muito particulares. Que Portugal, geograficamente, mas também naquelas condições de dimensão e demografia, nas antípodas da Nova Zelândia, se  limitou a importar sem se importar com mais nada, tornando-se no país europeu com a mais alta taxa de eucaliptização, e no paraíso das celuloses.

Falar de eucaliptos, é falar disto. É falar de ignorância, e é falar de interesses. E não é possível falar disto sem falar de Cristas, por mais moções de censura que engendre para que se não fale justamente disto! 

Lata e censura

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Hoje é dia de moção de censura. É a 29ª do regime, e a sétima apresentada pelo CDS, que iguala o PCP na liderança desta tabela. Apenas uma atingiu as últimas consequências  - foi apresentada pelo PRD em Abril de 1987, contra o primeiro governo de Cavaco. Ironicamente, o governo caiu, mas Cavaco não. Ficou bem de pé, e por lá permaneceu para o resto da vida... O PRD, esse morreu, enterrado na própria sepultura que cavou!

É certo que houve uma outra - duas, melhor dizendo: uma do PS e outra do PC, em simultâneo - que provocou a queda do governo. Mas porque o governo (de Mota Pinto) se antecipou à censura, e apresentou a demissão. Estávamos em 1979, na altura dos governos de iniciativa presidencial (Ramalho Eanes), e às portas da AD de Sá Carneiro e Freitas do Amaral.

Nesta, de hoje, e como a maior parte das outras condenada ao fracasso, o que mais surpreende é a lata de Cristas e do CDS. É que se trata de matéria que envolve todo o arco da governação, onde PS, PSD e CDS repartem responsabilidades há mas de 40 anos, e onde sobressai com particular brilho Assunção Cristas, dona da pasta da floresta em mais de quatro dos últimos seis anos, e com inusitadas responsabilidades directas no aprofundamento da sua eucaliptalização.

Mas quem tem lata para dizer que enquanto foi ministra não aconteceu nenhuma tragédia destas, tem lata para tudo...

 

SEM NOVIDADES

Por Eduardo Louro

 

Acabou por se não dar muito pela moção de censura. Nada de especialmente bombástico, nem sequer um soundbyte. O mesmo de sempre, sem nenhuma novidade… 

Claro que emergiu Paulo Portas, mas isso não é novidade. Faz parte da sua queda para submarinos: submerge durante largos períodos, para de vez em quando regressar à superfície.

A maior novidade acabou por ser a data da carta de Seguro, a sossegar as entidades europeias. A tão apregoada carta, há tanto anunciada, afinal levou a data de hoje. Uma brincadeira, mais uma!

Mas, para que nem tudo ficasse na mesma, e já que o Tribunal Constitucional – quem sabe se para tapar com uma peneira os mais de três meses que leva para se pronunciar por qualquer coisa que, posta noutros termos (em fiscalização preventiva), teria de decidir em 20 dias – anunciara dar notícias das suas decisões sobre o orçamento depois da apresentação da moção de censura, ficamos agora a saber que o segredo será desvendado já na sexta-feira.

Ninguém percebe o que é que uma coisa tem a ver com a outra, nem por que razão o Tribunal Constitucional decidiu não comunicar a sua decisão antes da votação da moção de censura. O destino desta iniciativa parlamentar era conhecido, nenhum tipo de suspense havia para alimentar e não havia bancada parlamentar que fizesse depender o seu sentido de voto da constitucionalidade ou não das normas do orçamento que esperam pelo veredicto. Mas, mesmo se em tese houvesse, isso só tinha que passar ao lado do Tribunal Constitucional. Não podia ser de outra forma!

Mas enfim, se calhar estas trapalhadas todas existem para isso mesmo: para que alguma coisa fique desta moção de censura!

CENSURA DA CENSURA

Por Eduardo Louro

 

A temperatura política subiu bem mais que a meteorológica nesta parte final da semana. E não teve nada a ver com a chegada da Primavera, o equinócio não trouxe nada de novo ao nível das condições climatéricas.

É a moção de censura ao governo que o PS – o antigo Partido de Soares, que foi Partido de Sócrates, e é agora Partido de Seguro – anunciou ao final da noite da passada quinta-feira, anúncio solenemente confirmado ontem no Parlamento, na discussão quinzenal com o governo que, evidentemente, mais faz subir o mercúrio do termómetro político do momento. Sabe-se qual é o destino de uma moção de censura a um governo que dispõe de maioria parlamentar, e nessa medida há sempre alguma dificuldade em desenquadrar a decisão de uma daquelas medidas folclóricas que fazem parte do jogo político. Não servem para nada mas têm significado político: os media animam-se, os comentadores excitam-se e os políticos levam-se a sério!

A anunciada moção de censura do PS é tudo isso e ainda mais alguma coisa. António José Seguro apresenta-a exactamente no registo que, no passado, utilizou nas suas abstenções violentas dos dois orçamentos anteriores. Ou no que usou para a violenta declaração do seu voto de aprovação do tratado orçamental imposto por Merkel, aquele que impõe o défice zero. Défice que Portugal não consegue baixar dos 5%, nem depois de secar os bolsos dos seus pobres contribuintes, nem de esgotar a imaginação com artifícios contabilísticos, mas que, pelas mãos desta maioria e do PS, foi o primeiro, pela ratificação do tratado, a comprometer-se a anular.

É por isso que Seguro anuncia a apresentação da moção de censura sem anunciar a data da sua apresentação. Uma moção de censura para data incerta, que denuncia a pressa – gato escondido com rabo de fora - com que foi decidida. Recordando o soundbyte de Seguro de há dois meses atrás - Qual é a pressa? – dir-se-á que a pressa veio de Sócrates. Diria que, gerido o dossiê António Costa, o regresso de Sócrates obrigou Seguro a mexer-se!

E é também por isso que, enquanto anunciava a moção de censura para daqui a umas semanas, Seguro tranquilizava a troika. Que a moção de censura não punha em causa qualquer compromisso, que tudo seria integralmente respeitado!

O problema não está, evidentemente, se o PS poderia dizer o contrário. O problema está apenas no simples facto de que não há solução para o país sem rever ou renegociar os compromissos assumidos. E que o PS, apenas porque anunciara uma moção de censura inconsequente, não precisava nada de ir a correr para a troika com juras de amor e fidelidade eternos!

O anúncio da moção de censura sem data está para a abstenção violenta na votação do orçamento como a carta logo enviada à troika está para a votação do tratado orçamental. Tudo na mesma, portanto!

A LIÇÃO DA MOÇÃO DE CENSURA

Por Eduardo Louro

 

A moção de censura do PCP ontem debatida no Parlamento não servia para nada. António José Seguro declarou-a logo inoportuna, mesmo dizendo que o governo merecia censura.

Mas afinal serviu. Serviu para o Pedro Silva Pereira lembrar que a actual direcção do PS é que não serve para nada. Serviu para Pedro Silva Pereira passar um atestado de incompetência a António José Seguro. E serviu para ficarmos a saber que o Socratismo está de volta, mesmo que Sócrates vá renovando matrículas em Paris!

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