A França é campeã mundial de futebol, vinte anos depois. Os franceses vieram à Rússia para ganhar e... ganharam!
O jogo da final de Moscovo confirmou isso mesmo, o pragmatismo do futebol da selecção francesa, cheia de grandes jogadores, dos melhores para cada posição, simplesmente programados para ganhar. Foi isso que mais se notou nesta final, num jogo disputado entre uma equipa preparada para jogar futebol, do bom, e outra para ganhar. Entre o futebol cínico e o futebol sexy,
Ganhou o futebol cínico. Ganha muitas vezes, ganha mais vezes ainda quando é servido por grandes jogadores. Pelos melhores!
Ao intervalo a França ganhava por 2-1. Com um remate à baliza. Um único, e mesmo esse num pontapé de penalti. E com 31% de posse de bola. Na segunda parte não melhorou a posse de bola, mas rematou um pouco mais: fez quatro remates. Que lhe renderam mais dois golos.
Poderia dizer-se que foi esta a história do jogo, uma história de eficácia. E que, dito isto, fica a estória contada. Fica tudo dito sobre o jogo. Mas não, há mais qualquer coisa a dizer.
A Croácia surgia mais desgastada que a França. Porque se desgasta mais - o seu futebol de construção é mais desgastante - e porque, obrigada a jogar o prolongamento de 30 minutos em todos os jogos a eliminar, jogou mais 90 minutos, mais um jogo completo. E porque teve menos um dia de descanso. Mas isso não se notou, e os jogadores croatas depressa tomaram conta do jogo, com o seu futebol envolvente, de circulação pelos flancos e de cruzamentos a pedir conclusão na zona de golo.
Não lhe valeu de muito. Na primeira invasão francesa aos terrenos defensivos da Croácia, Griezmann fez uma das suas fitas e sacou um falta já próximo da área adversária, sobre a esquerda. Encarregou-se ele próprio da cobrança, e Mandzukic voltou a marcar. Só que desta vez na própria baliza, no décimo segundo auto-golo deste mundial - recordista na especialidade - mas o primeiro numa final do campeonato do mundo.
Sem rematar à baliza, pouco depois de esgotado o primeiro quarto de hora, a França já ganhava. E sabe-se no que isso costuma dar...
Mas não deu. A Croácia, qual formiguinha, não se deixou impressionar e voltou ao trabalhinho, como se nada se tivesse passado. Estava bem habituada a isso - em todos os jogos tinha começado a perder, e no entanto estava ali, na final a discutir o título mundial. Continuou a dominar o jogo, a jogar melhor, a mandar no ritmo e a ter a bola só para si. E apenas 10 minutos depois repunha o empate, num excelente golo de Perisic. A bola veio de um canto, é certo, mas não é justo dizer que foi mais um golo de bola parada...
Só que, mais 10 minutos, e um penalti do VAR voltaria a colocar a França na frente do marcador. Penalti de Perisic, na sequência de um canto, mas tão falso como o livre do primeiro golo. O VAR... tem destas coisas.
E lá voltou de novo a Croácia ao trabalhinho... Até ao intervalo, a deixar incólume um resultado cheio de mentiras...
No início da segunda parte LLoris negou o golo do empate, e percebeu-se a importância do momento. Até porque a equipa francesa subia as linhas e o desgaste croata começava a vir ao de cima. Até chegarem aqueles cinco minutos fatais, depois de fechado o primeiro quarto de hora. Primeiro foi Pogba, aos 60 minutos, num contra ataque que acabaria no aproveitamento de um ressalto, em que Modric acabou ainda por perder a noção do espaço e da bola, a desferir um golpe decisivo no melhor futebol desta final. E aí acabou a resistência da Croácia, já sem capacidade física e mental para voltar mais uma vez ao trabalhinho.
Cinco minutos depois Mbappé, já em compelto aproveitamento das circunstâncias, desferia o golpe de misericórdia numa Croácia finalmente derrotada. O caricato golo de Mandzukic, 4 minutos depois (três golos em 14 minutos numa final de um mundial, é obra!) teve apenas o condão de pôr algum gelo na arrogância francesa.
A França sempre foi uma das favoritas, e não surpreende que tenha sido campeã. Mas, com os jogadores que tem, francamente... Tem que jogar muito mais.
É a Croácia quem vai discutir com a França o título mundial de futebol. E com toda a justiça, mesmo que lá chegue quase em modo "Portugal Europeu de França", ao fim de três prolongamentos consecutivos.
Foi assim, mas ainda nos penaltis, que afastou a Dinamarca, nos oitavos de final, e a Rússia, nos quartos. Foi assim, mas com vitória no prolongamento, que hoje garantiu pela primeira vez presença na final da maior competição de futebol, afastando a surpreendente jovem selecção inglesa. Foi assim, mas também com muito futebol.
A Croácia é uma das quatro melhores selecções (com o Brasil, a Bélgica e a França, todas diferentes mas todas iguais no mais alto patamar deste mundial) da competição, com um futebol atractivo, feito de ataque, sempre virado para a frente. Também ela a viver de uma grande geração de jogadores em plena maturidade...
À excepção da primeira parte, onde a Inglaterra esteve quase sempre por cima do jogo, a Croácia foi sempre melhor em todos os capítulos do jogo, sob a batuta do extraordinário Modric. Um jogador fabuloso, que encontra na selecção croata o espaço de luz para o brilho que o Real Madrid lhe esconde.
A selecção inglesa ultrapassou todas as expectativas, e deixou bem claro que, com a margem de crescimento que a sua juventude lhe garante, será no Qatar um fortíssimo candidato. Se aquilo vier a conseguir ser uma competição de futebol...
No dia em que Cristiano Ronaldo foi confirmado na Juventus, e em que o mundo pôde assistir ao assalto final à gruta de Tam Luang, e ao resgate dos últimos jovens tailandeses, ficou conhecido o primeiro finalista deste campeonato do mundo, a primeira das duas selecções que no próximo domingo disputarão a grande final, que terá eventualmente como espectadores especiais justamente estes jovens que nas últimas semanas emocionaram o mundo.
Depois de um grande jogo de futebol é a França que segue para a final de Moscovo, mercê de um golo do central Umtiti, em mais um golo de bola de parada, num pontapé de canto ainda na fase inicial da segunda parte. A Bélgica não chegou ao céu, foi empurrada para o purgatório, a que chamam jogo de consolação, mesmo que o consolo seja pouco. Ou nenhum...
Este seria sempre o jogo da final antecipada, este seria sempre o confronto entre as duas melhores equipas da competição. Seria assim, se lá estivesse o Brasil. Como foi assim com a Bélgica, uma grande equipa de futebol que explodiu finalmente. Depois de tantos anos de promessas, cumpriu. Cumpriu tudo o que vinha prometendo nos últimos três ou quatro anos, quando esta fantástica geração de jogadores atingiu a maturidade plena.
Passou a França, o único dos grandes favoritos que nunca falhou. Confirmou que é uma grande equipa, cheia de jogadores de altíssimo nível. A maioria deles ainda jóvens - apresentou a mais baixa média de idades num mundial - mas todos eles jagadores feitos, e já em plena maturidade, o que faz desta selecção francesa um caso sério do futebol mundial.
Deve provavelmente grande parte do seu sucesso a esta maturidade. Já evidenciara, antes deste jogo, clara vantagem sobre a Bélgica na forma como geria os jogos, com muito mais tranquilidade, doseando bem a carga emocional, sabendo arrefecer o jogo. Por isso se desgastou sempre menos, física e mentalmente.
Hoje isso foi mais uma vez decisivo. A Bélgica foi muito superior na primeira parte, tal como acontecera no jogo com o Brasil. Mas, também como nesse jogo, não aguentou o mesmo ritmo na segunda parte. A diferença foi que desta vez não conseguiu capitalizar a sua superioridade técnica e táctica (o seleccionador, o espanhol Roberto Martinez, um verdadeiro estratega, consegue sempre surpreender tacticamente o adversário) da primeira parte, acabando por não tirar qualquer rendimento do seu melhor período. Após o intervalo, que Deschamps aproveitou bem, a França entrou melhor. E com o golo, logo ao fim dos primeiros 5 minutos, o jogo mudou por completo. E veio ao de cima toda a sua maturidade, que lhe permitiu gerir o jogo como mais gosta e melhor sabe.
Pode não ganhar a final do próximo domingo, mas que é bem provável que a França conquiste na Rússia, na sua terceira final, o seu segundo título mundial, lá isso é.
E quando faltam três jogos para que o pano caia, já se pode dizer que, ao contrário do que a determinado momento se chegou a recear, o grande futebol passou pela Rússia. Chegou atrasado, mas a tempo de nos mostrar como eram descabidas, num mundial discutido por equipas europeias, as ditas ambições do campeão europeu.
Estamos a meio da primeira pausa no campeonato do mundo, na ponte dos oitavos para os quartos de final da competição.
São oito as selecções que partem agora, já a partir de amanhã, para as grandes decisões. De fora estão os que não passarão de uma pequena nota de rodapé na História deste mundial, mesmo que sejam nomes grandes da História. E de outras histórias... De fora estão grandes jogadores, com Cristiano Ronaldo e Messi á cabeça. Sem grande surpresa.
Nas oito selecções apuradas apenas duas são grandes nomes do futebol mundial. À excepção da França e do Brasil, as grandes selecções estão fora. A Itália não chegou sequer a pôr lá os pés, a Alemanha foi o escândalo da primeira fase, e a Argentina, a Espanha e até Portugal, pela sua condição de campeão europeu, são as vítimas mais sonantes dos oitavos de final.
Brasil e França não são apenas os dois nomes maiores ainda em competição. São claramente as duas mais fortes equipas da prova e, em condições normais - a França não terá grande dificuldade em desenvencilhar-se do Uruguai do nosso descontentamento, e o Brasil, mesmo defrontando a terceira melhor equipa em prova, a Bélgica, não deixará de fazer valer o seu favoritismo -, protagonizarão uma final antecipada nas meias-finais. Uma delas terá de se contentar com o terceiro lugar.
Bafejadas pela sorte das circunstâncias - lembrar que a Bélgica foi penalizada por ter ganho à Inglaterra e, com o pleno de vitórias, ter ganho o grupo - do outro lado do alinhamento estão as restantes quatro selecções, onde a Croácia, um dos melhores projectos de jogo da competição, e a Inglaterra, a subir de produção e em clara rotura com o british kick and rush, são as equipas mais capazes. Uma delas será finalista. A Rússia? Às vezes há milagres, como bem sabemos.
Não há Ronaldo nem Messsi, mas há Cavani (espera-se que possa recuperar), Neymar (a ter que rebolar menos) e Mbappé (o jogador da póxima década), o trio atacante do PSG. E Coutinho, e Hazard. E Willian, e Modric e Pogba. E percebe-se que será essa final antecipada a decidir o melhor do mundial. Se não mesmo o melhor do mundo!
Terminou a primeira fase do campeonato do mundo de futebol. A partir de agora é o mata-mata, como dizia o outro - quem perder, vai para casa.
Esta fase inicial, agora encerrada, é normalmente o calcanhar de Aquiles deste tipo de competições. Porque é frequente que seja grande o desiquilíbrio de valores, e sabe-se como a falta de competitividade tende a nivelar por baixo, e a levar a um certo relaxamento nas principais selecções. Mas também pelo calculismo que este tipo de apuramento envolve, pior ainda quando se conhece desde logo o alinhamento futuro da competição. E, por fim mas o mais importante, porque tudo isto rouba qualidade ao espectáculo, fazendo com que os jogos se arrastem, com reduzidos motivos de interesse e mesmo, especialmente na última jornada, com quebra do compromisso desportivo. É inaceitável, mais ainda quando os bilhetes têm preços exorbitantes, verdadeiramente pornográficos. O jogo de hoje, entre o Japão e a Polónia, fica como um dos piores exemplos disso. Com a agravante de ter apurado o Japão - a única selecção fora do eixo Europa-América a apurar-se - em detrimento da palpitante selecção do Senegal, através de um critério a que chamam de "fair play".
Alguma coisa a FIFA terá de fazer contra isto. Mas o mais provável é que não faça nada!
Das 16 equipas eliminadas, e já de regresso a casa, apenas 4 são europeias. Desde logo a maior de todas as surpresas - a Alemanha, campeã em título. A Polónia, também decepcionante, a Islândia, que desta vez já não conseguiu surpreender, como fizera no europeu, de França, e a Sérvia, de quem sempre se espera o melhor ou o pior. E que invariavelmente confirma o pior. As restantes doze esvaziaram completamente as representações do resto do mundo, resistindo apenas o México, da América Central e o Japão, da Ásia.
Apenas três selecções conseguiram ganhar todos os três jogos desta fase: Uruguai e Bélgica, nos dois gupos mais desiquilibrados, e ainda com a agravante de um sorteio ultra-favorável, que atirou para o fim o jogo mais competitivo, já com o apuramento decidido. E a Croácia, esta sim com grande mérito e, de resto, a que apresentou o futebol mais excitante.
A eliminação da Alemanha não foi apenas a maior surpresa, foi mesmo o maior escândalo da competição. Disse aqui logo no arranque da prova que os alemães eram favoritos, mas com algumas reservas. Porque em boa verdade, ao longo deste último ano, esta selecção alemã nunca confirmou a exuberância de há 4 anos, no Brasil. E muito menos a forma categórica como venceu, há um ano, nesta mesma Rússia, a Taça das Conferderações, com uma selecção à base de jogadores mais novos, não consagrados.
Não fosse a Alemanha a assumir este protagonismo, e lá estaríamos a dizer que era o VAR a figura maior desta primeira fase deste mundial. Lamentavelmente, ambos pela negativa. Das chamadas tecnologias salvou-se o olho de falcão, de confirmação do golo. O VAR foi um desastre, exponenciando todos os factores negativos que lhe eram atribuídos, como bem ficou à vista naquele último jogo da nossa selecção, com o Irão.
Com jogos tão pobres não se poderiam esperar grandes exibições individuais. O nosso Cristiano Ronaldo começou bem, mas apagou-se nos outros dois jogos, com a agravante de ter falhado um penalti decisivo, e desapareceu dos tops. Esperemos que regresse.
Nesta primeira fase sobressairam três jogadores, com o brasileiro Filipe Coutinho à cabeça, ofuscando completamente Neymar. Depois, o croata Modric, sempre a aproveitar estes grandes palcos, e o belga Hazard.
Os grandes favoritos são, agora, o Brasil, a subir de rendimento e cheio de excelentes jogadores, e a Espanha que, não convencendo, acabou do lado simpático do alinhamento da competição, praticamente com uma passadeira estendida até à final. A passadeira que a nossa selecção tão bem conhece, e que desta vez entregou de bandeja aos espanhóis. Mesmo que a bandeja tenha acabado por ter sido servida pelo VAR...
O mundial de Putin lá vai indo, já com muitos jogos. Uns de pouco interesse, um ou outro mais romântico - um clássico dos mundias, há sempre aquelas equipas românticas, naifs, que quase nos encantam, mas no fim acabam sempre a perder, como desta vez foi o caso sa da selecção do Peru, contra a Dinamarca - e um ou outro grande espectáculo. Nesta categoria continua a sobressair o Portugal-Espanha.
Surpresas nos empates da Argentina e, mais ainda, do Brasil. E uma grande surpresa: a derrota da Alemanha, num grande jogo do México. Sempre considerei a Alemanha na prmeira linha dos favoritos, com o Brasil e a Espanha, mas já aqui deixara, no primeiro texto desta série, as minhas reservas sobre o actual campeão mundial.
Não é, nem por isso, por essas reservas, nem pela surpresa, que destaco este jogo do grupo F. É porque me parece que constitui um "caso de estudo" para a equipa técnica e para os jogadores da selecção nacional. Não sei se se devem meter todos numa sala e ver este jogo vezes a fio. Ou se basta verem o jogo uma só vez e retirarem-se depois, todos, para umas horas de reflexão.
A equipa mexicana não tem um jogador que caiba no onze da selecção nacional. E para os 23, se calhar, não se aproveitariam mais que um ou dois. E no entanto aqueles jogadores não tiveram medo do campeão do mundo. Não entraram a tremer, nem em momento algum duvidaram de si próprios. Entraram a saber o que tinham de fazer para discutir o jogo e o resultado, não abdicando do seu futebol, das suas capacidades e das suas aptidões.
Jogaram e foram quase sempre superiores à Alemanha. Porque, tacticamente, o colombiano Juan Osório "deu um banho" a Joachim Löw mas, acima de tudo, pela atitude mental dos jogadores mexicanos. Ganharam por 1-0. Mas, se tivessem a qualidade dos jogadores portugueses, a jogar o que jogaram, teriam goleado os campeões do mundo.
É isto!
É por isto que Fernando Santos, e a sua equipa técnica, e os seus jogadores, deveriam ver este jogo e, depois, "partir pedra" em cima dele!
O mundo do futebol está incrédulo, com o afastamento da Itália do Campeonao do Mundo do próximo ano, na Rússia.
Tem o seu quê de insólito. É apenas a terceira vez que a Itália falha um Mundial, antes falhara em 1930 e em 1958, há 60 anos; e é o único campeão do mundo - e a Itália conquistou o antepenúltimo campeonato do mundo, na Alemanha, foi quatro vezes campeão mundial, tantos quanto os germânicos, e apenas menos um que o Brasil - ausente da Rússia. Mas não se pode dizer que seja uma grande surpresa...
A Itália tem hoje um único jogador de nível mundial: chama-se Gianluigi Buffon, é guarda-redes e tem 40 anos. É um Senhor - ainda ontem, quando o público italiano assobiava o hino da Suécia, ele aplaudia - e é a grande vítima da actual falta de qualidade do futebol italiano, falhando o feito único, e de todo irrepetível, de jogar seis campeonatos do mundo!
A selecção nacional de futebol vai discutir, com a da Suíça, o apuramento para o Mundial da Rússia do próximo ano, na próxima terça-feira, no Estádio da Luz. Porque hoje ganhou, em Andorra, a um adversário que, não sabendo jogar à bola, e num campo esquisito, se previa complicado.
E foi. Sabe-se que, a quem não sabe jogar à bola, tudo serve para dar pontapés. Nem precisa de duas balizas, basta-lhe uma - aquela em que não quer que a bola entre. Mas também a selecção portuguesa estava condicionada por circunstâncias que tornariam o jogo ainda mais complicado, especialmente pela sua constituição inicial, marcada por meia dúzia de jogadores, entre os quais Cristiano Ronaldo, no limite dos cartões amarelos, em risco de serem excluídos do próximo e decisivo jogo com a Suíça.
Dir-se-á que, para ganhar à selecção de Andorra, qualquer que seja a equipa nacional dá. É verdade, mas os melhores resolvem senpre melhor os problemas que têm pela frente. Por isso Fernando Santos teve mesmo de lançar mão de Cristiano Ronaldo, no arranque da segunda parte. Nunca se poderá provar que, sem o melhor do mundo - não gosto nada de expressão, mas vá lá... -, Portugal ganharia o jogo. Mas a verdade é que foi ele a marcar o golo que desbloqueou a partida - e já lá iam 66 minutos - e que a qualidade do jogo da selecção subiu claramente depois da entrada de Cristiano Ronaldo. E que o André Silva, que até aí parecia que nem sabia jogar à bola, passou a ser outro jogador. Ao ponto de marcar o segundo, que a 10 minutos do apito final fechou o resultado.
E pronto. Agora é esperar pela Suíça, e esperar que só haja as duas hipóteses que Fernando Santos coloca: ganhar ou ganhar!
Porque os helvéticos até agora só ganharam: nove vitórias. A primeira no tal jogo inicial com a selecção nacional, recém campeã da Europa, e sem Ronaldo... Com mais golos marcados e menos sofridos que o adversário de terça-feira, a Portugal basta ganhar para assegurar o primeiro lugar no grupo de qualificação, e garantir desde já, sem os sobressaltos do play-off, a presença na Rússia.
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