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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Narrativas*

Vale de Chícharos: um bairro feito de precariedade | AbrilAbril

 

Não é muito frequente, mas numa ou noutra ocasião já todos demos com um belíssimo automóvel, daqueles que custam verdadeiras fortunas e nos deixam de queixo caído e vista turva, desfeitos contra um muro que um certo dia decidiu estorvar-lhe o caminho.

Acontece o mesmo, mas com muito mais frequência, com certas narrativas. É cada vez mais frequente encontrarmos excelentes narrativas espaparradas contra o duro muro da realidade. Para assistir em directo a mais um desses choques brutais entre a realidade, dura e inamovível, e o brilho incandescente de narrativas de última geração, basta-nos espreitar por trás dos números da pandemia que não desarmam na área metropolitana de Lisboa. E ver o que se passa com a habitação e com as miseráveis condições de vida de largos milhares de pessoas, maioritariamente imigrantes oriundos das ex-colónias, nos concelhos do Seixal, Almada, Loures ou Amadora.

Convencidos que os bairros de lata faziam parte da História, e que essa chaga social era há muito definitivamente um problema resolvido, olhamos incrédulos para o Jamaica, para Santa Marta de Corroios, para o Segundo Torrão ou para a Urbanização Vale do Chicharro, a mais recente revelação. E vemos lá despedaçada num montão de lata, já não a sedutora e glamorosa Lisboa cheia de turistas, que essa já lá vai e nunca nos deixou ver nada, mas a não menos insinuante Lisboa da fase final da Liga dos Campeões que aí vem. Ou talvez não, sabe-se lá!

Sem a pandemia não chegaríamos lá. Continuariam a contar-nos que os bairros de lata há muitos tinham desaparecido, que somos um país de sucesso na primeira linha do desenvolvimento, que a todos garante as mesmas oportunidades. Que somos os melhores do mundo, que até passamos como referência mundial ao choque com a pandemia. E que não há segunda vaga nenhuma, o que estamos a fazer é mais testes. Como país de primeira que somos…


* A minha crónica de hoje na Cister FM

A bola de neve da propaganda

Por Eduardo Louro

 

Passos Coelho foi hoje à Maia encerrar uma conferência qualquer, ao que se anunciava em rodapé, promovida por autarcas. Por autarcas do seu partido, embora isso não constasse no rodapé informativo...

O seu palco preferido. O espaço priveligiado para quem, exactamente como o seu antecessor, vive em negação da realidade e numa narrativa sem quaisquer pontos de contacto com a verdade. Que, cantando, espalhará por toda a parte se a tanto o ajudarem o engenho e a arte!

E assim vai fazendo, espalando propaganda por plateias escolhidas a dedo, sempre disponíveis para aplaudir. Depois, as televisões fazem o resto. Como hoje, com a SIC Notícias e a RTP Informação a transmitirem em directo um discurso de não sei quantas horas (não sei porque não resisti a mais de 25 minutos). E, claro, os aplausos encomendados…

Surreal! Surreal o discurso, mais ainda o frete destas televisões. A SIC por opção – opção clara, militante - e a televisão pública por… obrigação!

E assim, em escalada, como se de uma bola de neve se tratasse, se vai impondo ao país um discurso que já chega ao limite, nas palavras dessa eminência parda que responde pelo nome de Marco António Costa, de chamar antipatriota a quem lhe não bata palmas…

 

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