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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

O tipo do Fiesta branco a cair de podre

Por Eduardo Louro

 

Umas centenas, que tranquilamente apreciavam a candura de um mar tão tranquilo que nem parece gémeo do outro, que do outro lado do promontório faz as delícias de não sei quantos Mcnamaras, e aproveitavam os últimos raios de sol deste cinzento e nada solarengo 2014, e outras centenas, de miúdos, e miúdas que se limitavam a aquecer as gargantas de cerveja para que mais logo estivessem no ponto, para a passagem de ano, enchiam a marginal. Linda, como sempre.

De repente um Ford Fiesta branco, a cair de podre, atravessa-se na rua com pouco trânsito, já condicionado para as festividades de logo á noite. Do vidro sai um pirilampo azul, que é colocado sobre a capota e, do carro, sai de imediato um tipo corpulento que, depois de meter a chave à porta do carro, segue com ar duro em direcção ao carro que fizera parar com aquela atravessadela brusca e desajeitada. Do curtíssimo diálogo que se segue nada se percebe. O tipo corpulento regressa ao interior do seu Fiesta, a cair de podre, que mantém atravessado, mas agora com uma nesga por onde acaba por passar o veículo interceptado, que encosta mais à frente. Logo depois o velho Fiesta regressa à sua posição inicial de completo bloqueamento do trânsito, e dele volta a sair o tipo corpulento, que volta a fechar o carro com a chave e passa a dar indicações à fila de carros entretanto criada para desviarem para a rua á direita para, acto contínuo, regressar ao velho Fiesta branco a cair de podre e desaparecer engolido pelo ex-libris que é a Praça Souza Oliveira. Encostado à direita continuava o carro tido por interceptado, e lá dentro o homem que poderia – sabe-se lá – explicar alguma coisa desta história esquizofrénica que por momentos, poucos é certo, trouxe um cheirinho recambolesco de Hill Street Blues ao fim de ano da Nazaré!

Bom 2015 para todos!

Emoçoes fortes

Por Eduardo Louro

 
Surfista Maya Gabeira sofre acidente na Nazaré

 

Dia de emoções fortes na Nazaré. Porque as ondas não faltaram ao encontro. Porque o surfista brasileiro Carlos Burle poderá ter batido hoje o recorde de Garrett Mcnamara. Mas, acima de tudo porque, antes, salvou a compatriota Maya Gabeira (na foto) da morte...

A jovem brasileira caiu quando, pouco de pois das 7 da manhã, surfava uma onda gigante. Foi recuperada das águas, inconsciente, a partir da intervenção corajosa e arriscada do seu colega. Partiu um tornoselo, nada mais. Felizmente!

Mcnamara não foi à àgua - vai estar por cá ainda todo o próximo mês - e percebe-se que está aberta a caça ao seu recorde. Se não caiu irá certamente cair, batido por um ou por outro. Ou por ele próprio!

A FALSA ONDA

Por Eduardo Louro

 

António Costa esperava por uma vaga de fundo, uma onda que o levasse, na sua crista, ao ponto mais alto do poleiro socialista. Ouviu falar na onda da Nazaré, que levaria o nome desta minha praia - será sempre a minha praia, mesmo que aquela não seja a minha onda - ao topo do mundo,  e pensou que… era aquela. Que aquela onda gigante não tinha aparecido na Nazaré para Garret McNamara surfar e voltar a  bater o seu recorde mundial, mas apenas para o levar ao destino que há muito o destino lhe traçara.

Foi já tarde, bem tarde, que percebeu o que se estava a passar. Aquela era uma onda demasiado grande e, como o pobre faz da esmola quando é grande, desconfiou. E não a pegou, deixou que morresse na praia... perante desespero dos socratistas.

Aquela era a sua – deles - onda, onde tudo tinham apostado, convencidos da já crónica fraca memória dos portugueses. E convencidos também que, com o sol da ambição a bater-lhe nos olhos, Costa não perceberia que aquele seria um sol de pouca dura!

Uma sucessão de erros de cálculo que acabou num triste espectáculo. Mas clarificador!

Sócrates, lá por Paris, deve ter ficado a perceber que, para apanhar a onda, terá que ser ele a trepá-la. Não tem cá tropas que lhe façam isso.

António Costa deve ter percebido que não lhe chega ter boa imprensa. Precisa de tropas - que não tem – porque com as tropas dos outros não chega lá. Saiu pela porta pequena, e com sérios riscos de até Lisboa perder.

Seguro, que não tem autoridade nenhuma para acusar quem quer que seja de falta de lealdade – porque disso pode toda a gente acusá-lo, conspirou na sombra durante todo o consolado de Sócrates mas sempre sem coragem para dar a cara, sempre escondido por trás dos arbustos -, provavelmente com mais facilidade do que alguma vez imaginara, ganhou novo fôlego. Que, já se percebeu, não lhe servirá para muito…

Quem se fica a rir é Passos Coelho, que sabe que pode dormir descansado. Assim a consciência lho permita…

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