Não estivessemos já habituados a tamanha falta de vergonha e diríamos que este sol de Agosto é terrível, e faz mesmo mal à cabeça desta gente...
O CDS resolve ir suicidar-se a Angola, e pelo caminho descobre que o MPLA é um partido irmão. Para reforçar a fraternidade altera até a certidão de nascimento da líder, para fazer dela angolana.
Um secretário de Estado, dos poucos que ainda falam - os outros foram todos ver a bola à conta da Galp e perderam o pio, que não a vergonha - diz que vai mudar a lei, para que nela caibam tods os 19 administradores da Caixa. Os que o BCE aceitou, os que mandou primeiro para a escola, e os que chumbou. Só se tinham lembrado de a alterar para lá caberem os ordenados exigidos pelos novos administradores, esquecendo-se do resto. Mas nunca há problema: nem se confere a legalidade, e se as nomeações são ilegais, altera-se a lei. Tantas vezes quantas as necessárias.
Não há qualquer problema em colocar na administração banco público o co-líder de um dos maiores grupos nacionais. Provavelmente a SONAE nem trabalha com a Caixa Geral de Depósitos. E que importância tem que não tenham qualquer experiência no negócio?
Sócrates continua a reclamar uma nova oportunidade, convencido que está – no seu já crónico divórcio da realidade – que a merecerá. Não só não a merece como nem sequer tem legitimidade para a pedir!
Ontem, no debate com Jerónimo de Sousa - um debate onde teve entrada de leão e saída de sendeiro -, talvez na única resposta objectiva e directa a uma pergunta da Clara de Sousa, disse que a tradição política em Portugal manda que o Presidente encarregue o partido mais votado de formar governo. A pergunta era se admitia que, ganhando as eleições, mas com uma maioria parlamentar do PSD e do CDS, o presidente entregasse a governação àqueles dois partidos.
Aquela resposta diz que não! De forma alguma ele aceitará ficar de fora do governo se ganhar as eleições, colocando o que chama de tradição política acima da Constituição. Que, como se sabe, diz que o presidente indigita para formar governo depois de ouvidos os partidos e tendo em consideração os resultados eleitorais. Sócrates não vê como lhe possam negar uma nova oportunidade!
Como hoje foi tema do dia, as Novas Oportunidades – essa coisa a que Sócrates lançou mão para artificialmente melhorar as estatísticas da qualificação dos portugueses – estão a ser utilizadas para lhe dar uma ajuda na sua nova oportunidade. Parece que se trocam diplomas por votos… Se para Sócrates todos os meios servem para sacar dos portugueses uma nova oportunidade, como é que poderiam aí faltar as Novas Oportunidades? Novas Oportunidades que, tivesse ele tido a oportunidade de as lançar uns anos antes, e bem úteis lhe teriam sido... Parece que estou a vê-lo chegar com os projectos daquelas moradias (lembram-se?) debaixo do braço a um CNO qualquer e a receber em troca um diploma de engenheiro civil. Bem, seria mais pacífico que o outro… e teria até evitado a chatice do tal inglês técnico feito ao domingo!
Depois de todo este esforço para que os portugueses lhe dêem mais uma nova oportunidade como é que poderiam ser o presidente e a Constituição a retirar-lha?
Se já tínhamos todas as razões para não votar Sócrates agora temos mais uma: não lhe dar nova oportunidade de se aproveitar das Novas Oportunidades. Nem de pressionar o presidente que, como bem sabemos, reage mal à pressão! Nunca sabemos o que de lá vem quando lhe apertam os calos…
Uma coisa é certa: as Novas Oportunidades chegaram à campanha. E vieram para ficar! Para já é um debate especial no parlamento. E na sexta-feira lá estarão no debate, bem no centro!
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