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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Cada um é para o que nasce

Por Eduardo Louro

 

O Ministério Público está a investigar o(s) negócio(s) da PT que a levaram à ruína. Tudo começou com a venda da VIVO à Telefonica, se bem se lembram. E depois veio a OI, e o descalabro. Pelo meio, tudo o que serviu para a classe política se prostituir nos negócios... Nesses e noutros, ainda sem investigação...

Mas nesses sabe-se que houve envolvimento pessoal de Sócrates - e nos outros também, Sócrates estava em todas - e de Lula da Silva. Por cá, Sócrates está preso. Por lá , sabe-se que Lula da Silva não está nos seus melhores dias, e que está presa gente que lhe é muito próxima, como  José Dirceu e Octávio Azevedo, já detidos  no âmbito do escândalo “Lava Jato”.

Quem está fora disto é Passos Coelho, que garante que Lula nunca lhe meteu cunha nenhuma. E que, da sua parte, se limitou a manifestar-lhe a estranheza por nenhuma empresa brasileira surgir interessada nas privatizações em Portugal.

Está visto que cada um é para o que nasce. E Passos nasceu para isto: o seu negócio é privatizações!

 

 

Day after

Por Eduardo Louro

Ontem foi dia de grandes decisões.

Em Frankfurt, Draghi anunciou o euromilhões, a basuca ou, mais prosaicamente, simplesmente lançou mão da última arma de estímulo monetário. Tarde, depois de já não ter por onde mexer nas taxas de juro, mas também superando as expectativas, anunciou um programa de compra mensal de 60 mil milhões de euros de dívida soberana (88%) e privada (12%), durante, pelo menos, 19 meses. 

Em Lisboa, a Oi (e os outros grandes accionistas) levou a melhor sobre o país, os pequenos accionistas e até o Presidente da Assembleia Geral, na decisão de vender a PT à Altice.

Hoje sentem-se as primeiras consequências. Que não deixam de ser curiosas: as acções da PT valorizaram mais 20% (40% em dois dias) e, a contar já com a desvalorização do euro, anunciam-se aumentos dos combustíveis já para a próxima segunda-feira!

Porta pequena, cheque grande

Por Eduardo Louro

 

 

Zeinal Bava já saiu da OI. Com um cheque de 5,4 milhões de euros...

À PT saiu muito mais caro, sem dúvida. Teria poupado uns bons milhares de milhões se tivesse feito o mesmo que os brasileiros, se lhe tem entregue um cheque idêntico há 14 ou 15 anos, como agora uns meses depois de ter entrado!

Mas isso só torna maior o escândalo em que isto tudo de tornou...

Dizia  que “ter sucesso é errar menos”. Não terá dificuldade em encontrar outra forma de explicar o sucesso. Por exemplo: ter sucesso é sair pela porta pequena com um cheque grande!

Histórias de uma multinacional portuguesa

Por Eduardo Louro

 

Há pouco tempo a PT era aquilo que seria a primeira multinacional portuguesa a sério. Uma empresa genuinamente portuguesa, moderna e inovadora, que inventara o pré-pago – um mimo – aberta para o mundo e disposta a abraçá-lo.

A sua gestão era glorificada, com títulos e prémios à escala mundial, nunca vistos em Portugal. Zeinal Bava, o prodígio da gestão, era disputado por todo o mundo!

Resistira à espanhola Telefónica, tendo apenas de lhe entregar a brasileira Vivo, mas à custa de muitos milhões: 7,5 mil milhões! Resistiria depois à bem portuguesa Sonae, mesmo que tendo de queimar em dividendos muitos dos muitos milhões da Vivo. Para se voltar de novo para o Brasil onde, perdido o lombo suculento, ainda havia umas peles. Como a OI.

Mas não se atirou às peles, entregou-se às peles… Salvava-se o gestor prodígio e, há precisamente um ano, era assinado o acordo para a fusão com a OiI, de que haveria de resultar a CorpCo que, sob a liderança do génio de Bava, se propunha tornar num player mundial, numa multinacional brasileira gigante no mundo global das telecomunicações.

Sabe-se o que aconteceu depois. Os galardoados prodígios da gestão afinal estavam enrolados com os Espírito Santo e quando isso se descobriu lá se foram não apenas os 900 milhões de euros mas também todas as auréolas. E pior – a respeitabilidade!

E aquilo que era há pouco o maior projecto multinacional da economia portuguesa vai simplesmente desaparecer. Não desaparece nas condições que o Grupo Espírito Santo desapareceu, mas desaparece exactamente como desapareceu o grupo com que se deixou prostituir. Talvez por isso a OI queira hoje misturar-se com os italianos da TIM, descartar a PT e devolver Bava à procedência.

E hoje a notícia é que a OI quer vender a PT – para ter almofada para a italiana – e que os franceses da Altice a querem comprar. E que por isso as acções até estão a subir!

Ah… o grupo francês da Altice é o dono da ONI e da Cabovisão. E vem-nos à memória, não uma frase batida - como na canção - mas uma OPA batida. Que a gestão da PT, à custa de uns muitos milhões, repeliu há pouco mais de sete anos. Engraçado!

Alta finança à portuguesa

Por Eduardo Louro

 

 

Henrique Granadeiro, mais de um mês e de muitos milhões euros depois, apresentou a demissão. Não que tivesse alguma coisa a ver com a operação que mandou 900 milhões de euros pelo buraco do GES abaixo. Não sabia de nada e ficou até muito surpreendido!

 Os brasileiros da OI também não sabiam de nada, mas logo que souberam trataram de corrigir os números da fusão, baixando o peso da PT de 37 para 25%. Zeinal Bava, esse também não sabia de nada. E também deixou a administração da PT, para se dedicar em exclusivo à OI, que comunicou a ocorrência da forma curiosa que se pode ler no comunicado: "Zeinal Bava, diretor presidente da Oi, deixará de exercer o cargo de presidente do conselho de administração da nossa controlada PT Portugal SGPS e os cargos de administração que exerce em determinadas sociedades detidas por esta empresa". Quer dizer, a PT deixou de ser parceira de fusão para ser agora uma empresa controlada pelos brasileiros.
E no meio disto tudo, segundo conta hoje o Expresso, haverá mails de Ricardo Salgado que sugerem que os administradores brasileiros e o próprio Zeinal Bava tinham conhecimento da operação. Mas logo apareceu quem disesse que poderão ter sido forjados...e que portanto é possível que uma empresa em Portugal aplique 900 milhões de euros sem conhecimento da sua administração.

É este o maravilhoso mundo dos negócios... A alta finança à portuguesa!

 

Já não há assim tanto para contar... (IV)

Por Eduardo Louro

 

O baralho das cartas começou a cair… A Rio Forte não pagou e o contrato de fusão da PT com a Oi foi imediatamente revisto, com a PT a perder uma grossa fatia na fusão. E com Granadeiro – será que não lhe competiria iniciativa nenhuma? – a deixar a vice-presidência…

A On Going desaparece da administração, mas isso é o menor dos males que a apoquentam. Está agora entalada entre o seu principal credor – o BES – e a acelerada desvalorização do seu principal activo – a PT.

Adeus PT. Oi CorpCo!

 Por Eduardo Louro

 

A PT e a brasileira OI anunciaram hoje a há muito previsível – desde que, há meses, Zeinal Bava assumiu a presidência da operadora brasileira – mas sempre desmentida fusão.  Que dará origem à CorpCo, o maior operador de telecomunicações de língua portuguesa, com 100 milhões de clientes, que integrará o top 20 mundial do sector.

Mas uma empresa brasileira, sedeada no Brasil e a partir daí governada por Zeinal Beiva. Que a anunciou como operador de quatro continentes, mas onde verdadeiramente apenas um conta: Timor não conta e sempre pouco contará, e Angola, que contava, irá deixar de contar. Por várias razões, entre as quais a forte presença de Isabel dos Santos na Zon, e agora na também nova fusão com a Sonaecom.

Adeus PT, adeus a um dos maiores e mais qualificantes investidores nacionais e adeus a um dos mais qualificados centros de decisão nacional, a dar um ar de canto do cisne ao Data Center da Covilhã (na imagem), acabado de inaugurar.

Não estou nada certo do interesse nacional nesta fusão. Mas, pelo contrário, estou bem certo do interesse dos principais accionistas nacionais, em particular do BES e da Ongoing, de Nuno Vasconcelos, ambos com assento na administração. O que, pelos vistos, levanta grande perplexidade no Expresso, como se percebe pelo que escreve o Nicolau Santos, que pergunta o que é que eles (Ongoing, evidentemente) “fazem no board,” “quem lhes deu a mão” e o “que é que a nova empresa ganha com isso”.

À última, responde ele próprio: “nada, só perde”. Às duas primeiras, como ele não responde, respondo eu: é simples, ao que há muito se sabe são accionistas de referência da PT; à qual foi atribuída a representação de 38% no capital da nova empresa.

A pergunta poderia ser outra: como é que a “completamente descredibilizada” Ongoing atingiu tal posição?

Mas essa era para fazer há muito tempo, agora é muito tarde!

 

 

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