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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

ONU - uma velhinha de 80 anos

Arranca 79.ª Assembleia-Geral da ONU com foco no progresso dos ODS - Balai

O Planeta reuniu os seus líderes em Nova Iorque, na 79ª Assembleia Geral da ONU, a Organização Internacional criada em 1945, sobre os destroços da guerra, para que nada mais de terrível voltasse a acontecer. 

Lá reunidos, reconhecem todos que acontecem coisas cada vez mais terríveis, a que o planeta não vai conseguir resistir. As guerras, as alterações climáticas, a fome, a desigualdade - reconhecem - são coisas cada vez mais insuportáveis. Como reconhecem que acontecem porque querem que aconteçam, num simples passo para declarar a inaptidão e a incapacidade da Organização criada para as evitar.

Afinal foram todos para Nova Iorque ajudar uma velhinha de quase oitenta anos atravessar a rua. Fizeram boa figura. Fica sempre bem!

Está visto: há coisas que não se podem dizer ...

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres

Paddy Cosgrave ("war crimes are war crimes even when committed by allies,”) já foi ... 

Guterres (é "importante reconhecer" que os ataques do grupo islamita Hamas "não aconteceram do nada"; e "o povo palestiniano foi sujeito a 56 anos de ocupação sufocante"que se cuide... Nem sei com o que mais se deve preocupar: se com a exigência de demissão do embaixador de Israel nas Nações Unidas; se com a sobranceira pergunta (“em que mundo vive"?) do seu MNE.

A mesa do tudo na mes(m)a

Putin diz a Guterres que ainda acredita em solução diplomática

 

Putin recebeu Guterres, lá na ponta da intimidatória mesa de 6 metros. E disse-lhe que ele estava a ser enganado sobre o que se estava a passar em Mariupol, como já tinha sido enganado sobre o que tinha acontecido em Bucha. Guterres também lhe disse que ele estava enganado, que a Ucrânia não é palco de uma operação militar especial mas de uma invasão. O mesmo que já tinha dito ao ministro dos negócios estrangeiros, mas sem o gancho com que, segundo boa parte da imprensa portuguesa, deixara Lvarov completamente grogue: «Há um facto verdadeiro e óbvio: não há tropas ucranianas na Federação Russa, mas há soldados russos na Ucrânia!». O Luís Delgado, na Visão, até diz que "Lavrov engoliu, ficou roxo, e sem pulsação visível"... 

Querem dizer que correu tudo bem para Guterres, e tudo mal, para o Kremlin. E no fim com tudo na mesma. Parece um bom resultado para uma negociação de paz transmitida em directo!

Francamente...

Guterres sem as chaves da porta

Ukraine war live: Guterres calls for independent war crimes investigations  during Moscow visit | Euronews

 

Ao 62º dia de guerra, depois de meio mundo lhe ter pedido que fizesse alguma coisa, que deixasse de se limitar a contemplar a guerra à distância,  de lamentar e de simplesmente  se mostrar abalado, Guterres, na fatiota de Secretário Geral da ONU que lhe assenta que nem uma luva, chegou hoje a Moscovo. Foi falar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo,  Serguei Lavrov, que ainda ontem falava de III Guerra Mundial. E com Putin. 

Depois segue para a Ucrânia, onde depois de amanhã falará então com Dmytro Kuleba, e com o presidente Zelensky, que queriam ter sido os primeiros da ser visitados

Não é quem deveria ser primeiro que importa. O que importa é que esta iniciativa do Secretário Gerar da ONU é tardia. Tardia de mais de dois meses. O que já aconteceu já não pode ser evitado. E, pior ainda, torna inevitável o que ainda está para acontecer.

Criada para guardar as chaves das portas da paz, a ONU ou perde-as ou chega atrasada!

 

 

Uma boa notícia

Deputado britânico diz que clube Chelsea 'deveria ser confiscado' como  retaliação à invasão russa da Ucrânia - Page Not Found - Extra Online

 

Na Ucrânia a guerra continua, implacável, ao atingir o fim da primeira semana e sem fim à vista.
 
Hoje, a Assembleia Geral da ONU aprovou, com 5 votos contra - Rússia e Bielorrússia evidentemente, e ainda a Síria, a Coreia do Norte e a Eritreia - e 35 abstenções, entre as quais as de Angola e Moçambique, uma resolução que condena - "deplora" - a agressão russa e "exige" à Rússia que ponha fim a esta intervenção militar e retire, imediata e incondicionalmente, as suas tropas da Ucrânia. Nada que acrescente nada!
 
Aviões russos violaram o espaço aéreo da Suécia, acrescentando provocação à provocação de Putin.
 
E Abramovich, após se se ter afastado da administração do Chelsea pouco depois da invasão, anunciou que iria vender o clube londrino, renunciar aos créditos que sobre ele detém, e doar o produto da venda às vítimas da guerra. 
 
Talvez seja a única boa notícia do dia. Para que seja boa notícia nem é preciso ver aqui arrependimento, altruísmo, solidariedade ou generosidade. Basta ver-se apenas uma manobra de sobrevivência!
 
É boa notícia que no círculo de Putin haja gente que se importe com a sobrevivência, e que perceba que só a encontra em contra-mão. São boas notícias as que nos possam dar indicações que, se não recuar, Putin poderá começar a chocar de frente com os que lhe estão mais próximos.

Previsíveis e imprevisíveis

Conselho de Segurança da ONU: você sabe como funciona?

 

A guerra que está a mudar o mundo, e que prossegue no seu sexto dia, depois do arremedo de negociações de ontem - que não deu em nada, como seria de prever - confirma tudo o que se sabe das guerras: sabe-se como começam, mas nunca se sabe como acabam.
 
É previsível que não deixe nada na mesma, imprevisível é o que ficará de diferente!
 
Zelensky, o já heroico Presidente Ucrânia, numa emocionante intervenção (à distância) no Parlamento Europeu, reclamou adesão imediata à União Europeia. Nas actuais circunstâncias não há, evidentemente, como negar-lha. Outra coisa é concretizá-la. E a Geórgia e a Moldávia, mais dois vizinhos da Rússia, não perderam a oportunidade de igualmente a reclamar. 
 
A União Europeia não ficará evidentemente na mesma, mas também já nunca ficaria, mesmo sem essa previsível nova onda de adesões!
 
Na ONU, na Conferência de desarmamento hoje reunida em Genebra, a participação do ministro dos negócios estrangeiros da Rússia através de uma gravação - se outras razões não houvesse a proibição imposta aos aviões russos de sobrevoar o espaço da União Europeia impedia-lhe a presença física - foi boicotada. Na altura em que a intervenção gravada por Lavrov surgiu no ecrã - para reafirmar o chorrilho de mentiras que constituem a tese de Putin - a sala ficou praticamente vazia.
 
E o porta-voz do primeiro-ministro britânico anunciou que está em cima da mesa a expulsão da Rússia de membro permanente do Conselho de Segurança. Ninguém sabe como isso poderá acontecer, talvez Boris Johnson tenha alguma ideia… Sabe-se é que o estatuto de membro permanente daquele órgão é um problema que, não sendo de hoje, entra hoje pelos olhos dentro do mundo.
 
Até agora os membros permanentes do Conselho Permanente, as potências vitoriosas da II Guerra Mundial, estando sempre presentes, e com interesses próprios, em todas as guerras, faziam-no à mão escondida. Utilizavam o seu direito de veto em favor dos seus interesses em cada conflito, mas a coisa passava. No fim, nunca era o seu próprio nome que estava em causa na Resolução ou na Declaração, e isso bastava para fazer de conta que não havia problema nenhum. Agora, não!
 
É a Rússia a fazer a guerra directamente e sem intermediários. E a usar o seu direito de veto para impedir que este órgão cumpra o seu próprio objecto de zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional. Para impedir que o único órgão do sistema internacional capaz de adoptar decisões obrigatórias para todos os membros da ONU, incluindo a autorização de uma intervenção militar para garantir a execução de suas resoluções, possa funcionar.
 
Se o mundo tinha a noção que a ONU já não servia para muito, agora fica a certeza que não serve para nada. E quando assim é previsível nada pode ficar na mesma. Imprevisível, também aqui, é o que ficará de diferente!

 

Miríade

Operação Miríade. “É muito mau e lastimo muito isto”, diz Fuzeta da Ponte -  Renascença

A corrupção e a criminalidade dentro das forças militares e de segurança tinham um padrão: as multas de trânsito, que muitas vezes acabavam a descambar em autênticos processos de extorsão, nas forças policiais e em especial na GNR, e os aprovisionamentos, nos quartéis militares.  Pequena criminalidade, muitas vezes dentro do socialmente aceitável num país de brandos costumes, que facilmente tolera, e até enaltece, o espertismo. Depois, mais tarde, começaram a surgir, aqui e ali, notícias do envolvimento no tráfico de drogas, subindo a parada para outros patamares menos aceitáveis.

A notícia de ontem, do envolvimento de militares portugueses em missão da ONU na República Centro Africana no tráfico de ouro, diamantes e droga, pela dimensão, pela grau de sofisticação das práticas criminosas, e acima de tudo pelo contexto, é outra coisa. Atinge o patamar do crime organizado à mais alta escala da miséria ética e moral.

Militares, e ao que se sabe, jovens formados nas tropas especiais, e alguns já, depois, integrados nas forças de segurança do país, em representação de Portugal numa missão da ONU no terceiro mais pobre país do mundo, onde lidavam quotidanamente com a fome, a guerra, e a mais vil exploração, movidos por uma inqualificável ganância sem limites, usaram o ouro e os diamantes de sangue arrancados por crianças de tenra idade e subnutridas enfiadas em buracos de lama, para alimentar o luxo a milhares de quilómetros de distância, e com ele a sua própria ganância.

Estavam ali, e sabiam porque estavam ali. Viram com os seus próprios olhos, não precisaram que ninguém lhes contasse toda aquela miséria. E sabiam que estavam ali num esforço nacional e internacional para a combater, E ainda assim, escolheram fazer o que são acusados de terem feito.

Estes crimes não ferem apenas a instituição militar que prometeram honrar, e o país que juraram defender. Matam a sangue frio a honra, a esperança e o futuro!

 

 

Parabéns à Síria? Esta não lembrava ao diabo...

 

No meio da esquizofrenia que tomou conta do mundo vamos encontrar uma carta do secretário-geral da ONU - sim, sim ... António Guterres - para Bashar al Assad, felicitando-o por mais um aniversário da independência, no passado dia 18 de Abril.

Na carta, António Guterres “exprime nesta ocasião as mais calorosas congratulações ao povo da Síria e ao seu governo”. Acrescenta depois que “conta com o envolvimento da Síria para construir uma ONU mais forte”. Valha-nos isso!

Valha-nos isso, valha-nos esse acrescento,  porque é isso que nos permite perceber que, sendo grave, a esquizofrenia tem mais contornos. Tem nouances

Já tínhamos percebido que, se a ONU conta para pouco, o seu chefe máximo, o secretário-geral, conta ainda para menos. Na verdade, para o mundo, esquizofrénico como está, não conta mesmo nada. E como não conta nada, não vale a pena fazer nada. Coisa nenhuma. O que se calhar nem é coisa que desagrade assim tanto a António Guterres...

O que não tínhamos ainda confirmado, embora já todos tivessemos desconfiado, é que lá dentro, bem dentro das suas quatro paredes, também não conta para nada. Daí que ache que, também aí, dentro de casa, o melhor é deixar passar o tempo sem grandes incómodos, às ordens da soberana burocracia e ao serviço do seu reino incontestável.

Só assim se percebe que uma fonte oficial do seu gabinete venha esclarecer o que a tal nouance, do tal acrescento, deixara perceber. Que aquela é uma carta genérica, destinada a celebrar os dias nacionais de todos os países espalhados pelo mundo. E que António Guterres, no meio de toda esta esquizofrenia, não se tenha ao menos lembrado de lembrar à máquina burocrata que há muitos países a que se não pode dar parabéns. Sob pena de se tornar obsceno para as pessoas decentes que ainda há por este mundo fora. E de acabar por destruir as pequenas gotas de prestígio que ainda possam restar numa função que já não tem mais nada...

 

Decorar não é agir!

Resultado de imagem para onu antonio guterres

 

Assinalam-se hoje os 100 dias de Guterres como Secretário Geral da ONU. Ontem viram-se algumas críticas à sua (in)acção, em especial da parte de uma directora da Amnistia Internacional, que falou mesmo de "completa inacção". 

Ontem, também, reunidos em Madrid, os primeiros ministros dos sete países europeus do Sul, entre os quais naturalmente António Costa, apressaram-se a revelar "compreensão" pelo ataque americano à Síria. "Compreensão" complementada pela advertência que "não pode haver solução militar para o conflito".

Se "compreender" um ataque militar num "conflito que não pode ter solução militar", é obra; "compreender" o brusco e unilateral ataque americano, sem "compreender" os interesses e as motivações pessoais de Trump, não o é menos. E vem isto de pequenos países do marginalizado sul da Europa, bem longe de serem potências instaladas, que ainda há semanas, o melhor que tinham para dizer de Trump era falar de um burgesso mentalmente instável.

Por isso, e voltando ao princípio, pode ser fácil acusar Guterres de completa inacção. Mas a verdade é que, como estávamos fartos de saber, ninguém liga nenhuma ao lugar que ocupa. É uma figura decorativa que às vezes dá jeito ter à mão. Mais nada, e sem novidade nenhuma. Decorar não é agir!

Um dia que mexe

 Imagem relacionada

 

António Guterres, ou Tony Guterres, espécie de nome artístico que o mundo do showbiz da política internacional lhe quer atribuir, vai hoje ser empossado como Secretário Geral da ONU, uma das mais prestigiantes funções do mundo, mesmo que a sua importância real pouco tenha a ver com isso.

Em New York, para assistir ao acto de posse, quando forem três da tarde em Portugal, estará o mundo inteiro. De cá, partiram o presidente Marcelo, o primeiro-ministro António Costa... e o Padre Milícias, para dar um ar de inner circle do homem que o país hoje venera e há pouco anos crucificava.

Com os olhos e o coração em Nova Iorque ninguém vai sequer notar que são hoje conhecidos mais uns capítulos do despudor da governação, e do caracter, de Passos Coelho. Sabia-se o que tinha feito em última hora com a TAP e com os transportes públicos. O que não se sabia é que, nos quatro ou cinco dias do seu segundo governo, saído do último fôlego de Cavaco, teve ainda tempo de entregar aos angolanos a participação do Estado Português na Empresa Nacional de Diamantes de Angola. Nem que Passos Coelho, que ainda no fim de semana se manifestava surpreendido com a forma como subitamente tinha disparado o volume do mal parado da Caixa, tinha afinal mantido escondidos dois pareceres da Inspecção-Geral de Finanças que relatavam justamente o agravamento das imparidades no banco público. 

Não admira que, já com a careca toda a descoberto, todos o queiram ver pelas costas. E que os candidados à sucessão comecem a sair da toca, todos ao mesmo tempo.

 

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