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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Pântano

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Demitido, e readmitido num par de horas, Rui Vitória é o rosto de Luís Filipe Vieira no pântano que criou na Luz, e onde enfiou o Benfica. Um pântano fatal, donde ninguém sai com vida. Um pântano de interesses e mentiras, onde tudo conta menos o próprio Benfica.  

Neste momento não resta a Luís Filipe Vieira outra saída que não seja apresentar a sua própria demissão. Noutro caso, ficam os benfiquistas obrigados a impor-lha!

Sensação de ... pântano*

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O tema é, evidentemente, incontornável. Não sei se já tudo foi dito, mas sei que há sempre mais qualquer coisa a dizer sobre os escândalos ligados à Raríssima, que a jornalista Ana Leal, da TVI, revelou ao país no passado fim-de-semana.  

Entretanto vimos como numa deprimente entrevista à mesma jornalista, um Secretário de Estado revelou toda a sua miséria moral. E ficamos a conhecer os nomes ligados aos diferentes órgãos, consultivos ou directivos, daquela IPSS. Por exemplo, o Conselho Consultivo de Reflexão Estratégica, que numa instituição sem fins lucrativos não deixa de ser estranho, é presidido por Leonor Beleza e integra o consultor de comunicação António Cunha Vaz, Fernando Ulrich (presidente não executivo do BPI), Isabel Mota (antiga deputada do PSD, ex-secretária de Estado e actual presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian), Graça Carvalho (ex-Ministra da Ciência e do Ensino Superior nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes), Maria de Belém (ex-ministra da Saúde em governos socialistas e ex-candidata presidencial), e Roberto Carneiro (ex-ministro dos governos de Cavaco Silva), entre outros. Pela assembleia-geral passaram o ministro Vieira da Silva, obviamente envolvido até às orelhas, e a antiga deputada do CDS, Teresa Caeiro.

Maria Cavaco Silva, antes de ter sido feita madrinha dos portugueses por Marcelo - também ele por lá tido e achado - foi a madrinha da Raríssimas nos anos em que o marido ocupou a Presidência da República.

Na Raríssimas não estava apenas todo um regime. Todo o arco da governação, como se diz. Estava o regime e todos os seus vícios.

Por isso, o Instituto da Segurança Social nunca soube de nada. Por isso o Ministro Vieira da Silva não soube de nada. Por isso o Presidente da República também não soube de nada. De concreto e de objectivo, acrescentou. Por isso ninguém recebeu carta nenhuma. Por isso desapareceram as cartas registadas e com AR enviadas à Segurança Social...

E por isso somos invadidos por uma imensa angústia de más sensações. Pela sensação que não é raro o caso da Rarríssimas. Que não é excepção, mas regra. Pela sensação que o país é na verdade governado a partir do submundo. E pela sensação que, se mais trabalho de investigação jornalística deste nível fosse feito, o país desapareceria engolido pelo pântano em que se transformou.

E no fim, com todas estas sensações à flor da pele, vem o primeiro-ministro António Costa pousar leve, levemente, a cereja no topo do bolo, afirmando em Bruxelas que “o ano de 2017 foi particularmente saboroso para Portugal”!

Provocação não é certamente. E a insensibilidade não bate assim…

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

A POSSE E A POSE

Por Eduardo Louro

 

Cavaco tomou posse e voltamos à normalidade institucional: toda a gente na plenitude dos seus poderes, sem constrangimentos!

O pior foi o discurso! Bom, o pior não foi propriamente o discurso, foi o estado em que deixou as coisas…

Que o discurso de tomada de posse de Cavaco seria incomodativo para Sócrates – não vale a pena dizer para o governo: o governo é Sócrates, e Sócrates é o governo – já todos sabíamos. Já aqui o tinha previsto ao apontá-lo como uma das marcas de uma semana bem complicada para Sócrates: nenhuma novidade, portanto.

Também, a propósito desse discurso, aqui deixara dois votos: que limpasse o discurso de vitória e que desse sinais de que percebia a sua quota-parte de responsabilidade no estado do país, a condição sine qua non para se revelar parte da solução.

Se fui bem sucedido na previsão – não era difícil acertar – já nos votos que formulara não tive direito a nada. O que é condição suficiente para baralhar o discurso por completo!

É que, ao não limpar o discurso de vitória, este da tomada de posse confunde-se com a parte II do ajuste de contas. E, ao não deixar transparecer a mais leve responsabilidade neste estado de coisas, retira credibilidade ao diagnóstico. Que, apesar de há muito estar feito por toda a gente neste país, constituía o prato forte do discurso e o mais consensual!

Assim lá se ficou pela tareia a Sócrates com ameaças de “ainda vais levar mais”. Ah! E com os incentivos à revolta da geração à rasca… Ou da geração P…

Parece-me que, em qualquer país decente do mundo, qualquer primeiro-ministro minimamente decente teria entregue em Belém hoje, bem cedinho, logo pela manhã, um bilhetinho com a demissão!

E lembrarmo-nos que já ouvimos falar de pântano e de trapalhadas!

 

O PÂNTANO

Por Eduardo Louro

 

Ontem o secretário-geral da OCDE era citado como tendo dito que Portugal e Espanha estavam a fazer um trabalho brilhante na consolidação orçamental e no controlo do endividamento externo. O governo, evidentemente, amplificou estas palavras até ao limite!

Hoje o Diário Económico cita a Reuters, a quem uma fonte da UEM terá referido que "Portugal está a afogar-se, não vai ser capaz de resistir para além do fim de Março” e que já toda a gente tinha percebido isso.

O gabinete do Primeiro-Ministro, evidentemente, negou tudo, garantindo que o país não vai recorrer a ajuda externa.

Marques Mendes, ontem na TVI 24, tinha esse pedido de ajuda por inevitável. Mais, garantia que o governo tinha por clara essa mesma inevitabilidade.

Eu acrescentaria que o governo apenas está à espera de poder retirar as iniciais FMI dessa ajuda. Logo que lhe seja possível camuflá-la como ajuda da UE pedirá essa ajuda. Claro que o próprio pedido também há-de ser travestido!

Até porque o ministro das finanças alemão – em entrevista ao jornal japonês Nikkei, citada pela Reuters, – garante que a Alemanha está disponível para apoiar Portugal desde que o país avance para reformas estruturais. Dava um único exemplo: o corte das pensões dos funcionários públicos. Ora aí está: em reformas estruturais o FMI não faria melhor!

E o BCE lá voltou hoje a comprar mais dívida portuguesa para que os juros não continuassem a disparar.

Entretanto, e sem que nada tenha a ver com isto, Sócrates lança a primeira pedra de uma nova barragem - a de Foz Côa, agora sem gravuras - e anuncia mais uma parcela do paraíso!

Se isto não é o pântano, então o que é o pântano?

 

Do pântano ao inferno

Por Eduardo Louro

 

Há nove anos também tivemos orçamento. Cheirava muito a queijo mas tinha vida. Havia vida para além do orçamento e nem se ouvia falar de défice, quanto mais de vida para além dele. Também não se falava de dívida e, de mercados, só fosse do peixe, do Bulhão ou da Ribeira!

E no entanto, de repente, quando ninguém esperava, chegou o pântano! O pantanal veio por aí fora, mais rápido e surpreendente que um tsunami, e transformou tudo num imenso e pelos vistos insuportável lamaçal!

O governo fugiu, e o país, nas palavras de alguém que também haveria de fugir pouco depois, viria a ficar de tanga!

Hoje, nove anos passados, o país secou, secou e … de pântano transformou-se num inferno. A arder por todo o lado. Insuportável!

Ontem terá sido o dia D. Um vento mais forte de um quadrante qualquer fez alastrar as chamas a uma velocidade maior que a do tsunami. E o governo volta a fugir!

Vai fugir como fugiu o de Guterres mas até a tanga já nos leva. Agora deixa-nos nos nus e descompostos! Espero que fiquemos também envergonhados!

Há apenas quatro meses o governo e o então novo líder do PSD estavam de acordo. Era preciso aprovar um PEC – que logo se percebeu que apenas tinha E (de embuste), sem P (seja de plano seja de programa) nem C (de crescimento) – para acalmar os mercados e lá se dançou o tango.

É hoje claro que para o primeiro-ministro aquilo não passou de baile. Não era para levar a sério, era para continuar a fazer de conta. O seu parceiro de tango é que, como agora se vê, parece que levou aquilo um pouco mais a sério!

Entretanto o primeiro-ministro lá ia deixando correr o marfim. Num país virtual, ora tecnológico ora de novas oportunidades, em second life.

Percebia-se que o par dançava cada vez mais afastado, num tango já sem ponta de sensualidade. Nem um ligeiro encosto, um leve sarrafar!

Até que chegamos à beirinha do orçamento. O Presidente da República quer um orçamento negociado entre os dois para garantir a sua vidinha sem chatices: é música para os ouvidos de Sócrates! Que, porém, nada faz para se aproximar do par, que até parece cheirar mal dos sovacos, a precisar de patcholi.

Passa a dançar a solo, substituindo a música: agora é o Estado Social, tocado até à exaustão. Até o disco ficar riscado!

Claro que sabíamos no que ia dar a conversa do Estado Social. Simples: aumentar impostos mas nunca cortar na despesa! Subliminar: não reduzimos a despesa do Estado para não pôr em causa o Estado Social e para combater o défice temos que aumentar impostos. Outra vez!

Já ninguém se lembra que há quatro meses se havia acordado aumentos de impostos mas também redução de despesa! E que todos garantiam a pés juntos que não haveria mais aumentos de impostos!

E pronto! O ministro das finanças, como se acabasse de ser apanhado por uma enorme surpresa, a mesma surpresa do disparo do défice nos últimos dias do ano passado, lança o grito de desespero: digam-me como é que eu consigo reduzir o défice em 4,5 mil milhões sem aumentar impostos

Logo a seguir é Pedro Silva Pereira: se não aprovam o nosso orçamento com os impostos que quisermos vamos embora. Já hoje, e desde Nova Iorque, é o primeiro-ministro que o confirma.

Está visto: esta gente, para reduzir o défice, só conhece um instrumento e uma única maneira de lhe mexer: aumentar impostos, ir-nos ao bolso!

Eu, por mim deixava-os ir embora. De vez e para bem longe. Pena que não fiquem a arder nas chamas do inferno que aqui criaram!

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