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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Acontece ...

Dever ético após morte de grávida e bebé: presidente da ULS Amadora ...

Estamos nos últimos tempos a ser diariamente bombardeados com acontecimentos que nos anunciam a derrocada da nossa democracia.

Basta juntar as peças.

André Ventura permanentemente nas televisões, e agora até a abandonar os estúdios. 

No meio da agonia do SNS, uma grávida e o seu bebé morreram. Para a ministra Ana Paula Martins houve uma falha grave - foi mal informada. E agiu em conformidade: aceitou a demissão do administrador do hospital que lhe deu a informação errada. Para ela, a falha grave não foi ter morrido uma grávida e o bebé; foi o administrador tê-a tê-la informado erroneamente sobre a vítima. Para a ministra, a grávida que acabou de morrer, como todas as grávidas que têm os seus partos em todos os locais e circunstâncias possíveis, menos numa sala de partos, são mulheres "recém-chegadas a Portugal, com gravidezes adiantadas, que não têm dinheiro para ir ao privado. Grávidas que algumas vezes nem falam português, que não foram preparadas para chamar socorro, por vezes nem telemóvel têm.” São pobres, e morrem porque são pobres. E vêm para Portugal para aproveitar as borlas do SNS.

Já tínhamos ouvido isto. Sabemos onde. Agora alguém achou que era a hora de o governo incorporar este discurso.

Dois dias depois de ter tomado posse, um deputado municipal de Setúbal, do Partido Socialista, foi detido e constituído arguido pelo crime de roubo. Ao que dizem as notícias por assalto a menores na via pública, para financiar o seu consumo de drogas.

Até aqui, histórias destas, aconteciam no Chega. Não quer dizer que não sejam muitas - e velhas - as histórias de criminosos nos partidos centrais do regime. São conhecidas, e nem têm nada a ver com estas histórias de "pilha galinhas" que só conhecíamos no Chega. São de outra dimensão. Estas histórias têm a ver com outra coisa - a dificuldade de recrutamento dos partidos políticos em crise. 

Viu-se nestas autárquicas, um pouco por todo o país, mas claramente nas áreas onde a perda de influência é mais gritante, a falta de exigência que o PS colocou na escolha dos candidatos. Sem campo de recrutamento, para participar, o PS aproveitou tudo o que veio à rede.

Os acontecimentos destes dias não são apenas o Chega a alargar os limites, que não tem. São também os partidos do regime a  incorporar, um, as suas ideias; o outro, as suas práticas.

 

Demissão... demissão...

Por Eduardo Louro

 

 

A contestação social que tem atravessado o país e que, tudo o indica, se agravará rapidamente, tem-se centrado no objectivo da demissão do governo. É certo que não é apenas a rua a exigir a demissão já, essa é uma exigência praticamente transversal na sociedade portuguesa, desde as manifestações mais espontâneas às mais preparadas e organizadas. Das acções estritamente corporativas às politicamente mais abrangentes. Das galerias às bancadas da Assembleia da República, ou à Aula Magna…

É uma exigência compreensível e mesmo legítima. O governo violou e continua a violar todos os compromissos eleitorais que assumiu, violou e viola direitos, mesmo que constitucionalmente garantidos, despreza e ignora princípios democráticos básicos, mente e engana os portugueses como nenhum outro. Como se tudo isto não fosse suficiente falhou todos os objectivos que se propôs alcançar, e em nome dos quais exigira sacrifícios desmesurados aos portugueses. Contra tudo e contra todos defendeu o indefensável, foi para além da troika, destruiu a economia e o país... Disse uma coisa e o seu contrário, mandou os portugueses embora e cortou-lhes a esperança, de que é feito o futuro.

Tudo isto é verdade e tudo são razões mais que suficientes para que os portugueses se queiram ver livres deste que é seguramente o mais incapaz e incompetente governo que o país conheceu. Mas não vale de muito demitir o governo, seja lá de que forma for. Caído o governo, e sendo de todo improvável uma substancial alteração do comportamento do eleitorado, será o PS a ganhar as eleições e António José Seguro a formar governo - muito provavelmente com os mesmos que hoje governam. O que vai dar exactamente no mesmo: substituir Passos Coelho por Seguro é manter o mesmo perfil, a mesma impreparação, se não também a mesma política.

Seguro é o Passos Coelho do PS, eventualmente mais incapaz ainda. Tomou o aparelho do partido e escondeu-se, fingindo-se de morto, à espera que o poder lhe caísse no colo. Replica agora no país o que fez no partido, na garantia do mesmo resultado. Basta ver como anda desaparecido... Quando o país fervilha e as decisões apertam, Seguro está escondido algures, atrás de um arbusto qualquer, à espera que passe… António José Seguro já não é apenas o líder baço que não convence nem entusiasma ninguém. É uma figura ausente e vazia, simples refém de uma clique que já se atropela na fila para o pote.

Com esta liderança o PS não é alternativa. E se os socialistas não têm lucidez e sentido patriótico para perceber e resolver isto, não resta outra alternativa aos portugueses que, antes e em vez de exigir a demissão do governo, passarem a exigir na rua a demissão desta liderança socialista!

PUGILISMOS

Por Eduardo Louro

 

Augusto Santos Silva, que tinha alguma fama de caceteiro e um bocado dado às causas do murro – quer dizer, da luta – não gosta de murros na mesa. Gosta mais de murros no estômago!

Assim que apanhou o Seguro a jeito não lhe poupou uma série de ganchos, com a direita e logo a seguir com a esquerda. Bem direitinhos ao estômago! 

MEMÓRIAS DO CONGRESSO DA AMNÉSIA

Por Eduardo Louro

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E pronto. Foi mais um congresso do PS, o segundo em menos de 6 meses. Em cinco, o último – em que toda aquela gente se reuniu para exaltar Sócrates - foi há precisamente cinco meses. E no entanto parece que foi já há tanto tempo… Tanto que já ninguém se lembra!

Este congresso apenas não ficará na memória de toda a gente como o congresso da amnésia porque houve alguém que se lembrou de alguma coisa. Não fosse António José Seguro – que também já não se lembrava que tinha passado os três dias daquele fim-de-semana do princípio de Abril agachado atrás dos arbustos – lembrar-se de umas palavras de Almeida Santos há muitos anos e estaríamos a gora a falar de um congresso de esquecidos. E para esquecer!

Mas não, o novo líder guardara, bem e durante muitos tempo, umas palavrinhas do velho presidente para, agora e ali, lhas devolver: “Caro António, ainda vamos ouvir falar muito de si!” O que se faz por um elogio…

No último congresso elogios ao querido líder foi coisa que não faltou. Foi de mais, foi moléstia! Quem não se lembra do arrebatador Zé do António Vitorino? Desta vez o líder se os quis teve mesmo que deitar mão ao faça você mesmo. Nem que para isso tivesse que romper com a amnésia geral do congresso. E que prognosticar um grande futuro a Almeida Santos … o novo presidente honorário!

De resto, nem tudo foi mau. Ficamos a saber "que as pessoas estão primeiro" e que o PS recusa a política de soundbytes e da televisão. Como se viu logo no arranque...

A SUCESSÃO DE SÓCRATES

 

Por Eduardo Louro

 

António Costa disse que não. E a gente percebe. O que não percebemos é o argumento que apresentou: ser secretário-geral do PS é incompatível com a responsabilidade de  ser presidente da câmara de Lisboa…

Esta é que não lembraria ao diabo! Para António Costa e para o PS governar uma câmara é mais exigente que governar o país: a Câmara de Lisboa exige dedicação exclusiva, e como o PS também, nada feito. Já o governo do país não! Não coloca as mesmas exigências e é perfeitamente conciliável com o governo do partido, como de resto está mais que provado ao longo de toda a história da democracia portuguesa: todos os primeiros-ministros acumularam com a liderança partidária.

O próprio Pedro Passos Coelho apenas vai confirmar essa regra: nem mesmo as circunstâncias de extraordinária exigência governativa, que o partido de António Costa e o governo do seu amigo Sócrates lhe deixaram em herança, se podem comparar com a da governação da câmara de Lisboa.

O que vale ao PS é a sua fraca representação autárquica. Tivesse mais presidentes de câmara e não encontraria sucessor para Sócrates!

Valeu que Francisco Assis não ganhou a câmara do Porto e que o António José Seguro andava tão escondido atrás dos arbustos que ninguém se lembrou dele para a câmara das Caldas da Rainha (em Braga reina o Mesquita Machado).

E aí estão eles, prontos para a travessia do deserto. E se Assis utilizou métodos convencionais para anunciar a candidatura, já Seguro (e não formoso) utilizou mecanismos modernos: começou num elevador (para marcar atabalhoadamente terreno) e acabou à pressa no facebook para, pelo menos desta vez, se antecipar ao adversário.

 

Apetites

Por Eduardo Louro

   

 

Sem que o esteja anunciado anuncia-se para o primeiro trimestre do novo ano um novo jornal. Ano novo, jornal novo: um semanário! Promovido, ao que se diz, pelo famoso Rui Pedro Soares, dirigido por Emídio Rangel e pronto a fazer cumprir um velho desígnio do PS, tantas vezes perseguido, outras tantas atingido e outras tantas ainda falido.

Mas assim é que é: quem quer controlar jornais ou fá-los ou compra-os! O Rui Pedro Soares, para não falhar este desígnio, aposta nos dois tabuleiros: quer comprar o SOL, ao que se diz em troca da indemnização que reclama, mas, prevenindo qualquer eventual insucesso nesta pretensão, avança no plano B e vai fazer o seu próprio jornal!

Não tenho dúvidas sobre o sucesso do projecto. Por uma lado um eminente gestor – o boy Rui Pedro – e, por outro, um senhor comunicação que lançou a TSF e a SIC e recuperou a RTP! Uma dupla perfeita e … de sucesso!

Ao primeiro, capacidade empresarial não falta. Como se viu na PT, onde foi o verdadeiro mentor da ambiciosa estratégia de desenvolvimento empresarial a partir da decisiva aposta na indústria de conteúdos de que a TVI era, obviamente (e apenas!!!) o principal pilar. Nem sequer capacidade de gestão, como se viu no Tagus Park. Nem capacidade financeira, depois do curto mas intenso processo de acumulação de capital que a sua passagem pela administração da PT lhe proporcionou – ao que se diz 1,533 milhões em salários em 2009 acrescidos de 1,8 milhões de indemnização pelo abandono prematuro do Conselho de Administração.

Ao segundo, a Emídio Rangel, não lhe falta perfil. Ao profundo conhecimento operacional acumulado em jornais, rádio e televisão, juntou as recentes aptidões de comentador e defensor oficial da situação. É o dois em um do projecto!

Só há um pormenor, um pequeno problema. Não, não é o facto do negócio de jornais ser um quase ilimitado sorvedouro de recursos, porque dinheiro, para estas coisas, nunca será problema: ninguém liga nenhuma ao Eric Cantona. É o mercado! Ou será que, também para estas coisas, nunca haverá crise? Que haverá sempre os mesmos do costume dispostos a assegurar muitas páginas de publicidade?

Afinal os negócios não estão parados. E há apetites insaciáveis!

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