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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Patetices... Mais patetices...

Por Eduardo Louro

 

O preço do petróleo continua em baixa e Angola vai passar por dificuldades. As empresas portuguesas vão ter que se preparar para alguns atrasos nos pagamentos, avisou Rui Machete. Que, como se sabe, com um microfone á frente e a cabeça um bocado oca, depois de tomar balanço ninguém mais pára... Daí que, logo de enfiada e sem tomar fôlego, tenha tratado de sossegar toda a gente. Em especial os angolanos, com a imediata iniciativa de ajuda. Não temais, Portugal vai ajudar. Desde logo com a receita mágica: austeridade

Não há volta a dar, angolanos. Agora terão de ser pelo menos dois anos de austeridade. E nisso, já sabem: podem contar com Portugal, de austeridade sabemos nós. Nisso, Portugal tem uma larga experiência e inestimável Know How. Os amigos são para as ocasiões, e Angola tem a sorte de ter em Portugal um amigo dos velhos, e que sabe de austeridade como ninguém...

E a gente a pensar que Angola teria de deixar de ser simplesmente uma petro-economia, que teria de acelerar estratégias de diversificação da sua economia, e de acrescentar valor à imensidão dos seus recursos naturais...

Que imbecis que somos. Então não se está mesmo a ver que austeridade é que é a solução? 

Não fora esta mente brilhante, este verdadeiro pateta visionário a quem Passos Coelho, em boa hora, entregou a condução da política externa portuguesa, e ninguém teria visto aquilo que está mesmo à frente dos olhos. 

Entre a patetice e a loucura

Por Eduardo Louro

 

O primeiro-ministro resolveu assinalar os dois anos da sua vitória eleitoral com uma série de patetices. Dir-se-ia que dois anos destes não poderiam ser assinalados se não com patetices, mas não era preciso tanto.

Na Amadora, numa reunião partidária e de apresentação de uma candidatura autárquica da coligação no governo, Passos Coelho apresentou-se e falou como primeiro-ministro. Num discurso patético disse não ter medo de eleições nem dos portugueses, ele que não aparece em sítio nenhum senão protegido por um exército de seguranças. Falou de transformação nacional – e essa percebemo-la todos os dias – e de transformação local. Que as eleições são distintas, mas também interligadas, porque não há compartimentos estanques na política.

Disparates, coisas sem nexo. Patetices, mas nenhuma com a dimensão da que faria – que não fez - capa de jornal:  "Hoje Portugal e os portugueses são vistos como gente trabalhadora, cumpridora e honrada".

Choca que nos diga que não éramos cumpridores nem honrados, mas uma cambada de calões e preguiçosos. Choca a arrogância de tal transformação, da parte de quem destruiu o pouco que ainda havia para destruir. Choca que, depois de condenados à pobreza e à miséria, tenhamos passado a ser gente séria e cumpridora. Choca que, depois de destruído o trabalho de centenas de milhares de portugueses, lhes passe a chamar gente trabalhadora.

Mas choca muito mais a intolerável ideia de regeneração pela pobreza. A honra na pobreza, pobrezinhos mas honrados. A ideia que estes dois anos mais não são que a penitência a que fomos condenados por todos os pecados cometidos. O castigo implacável, mas merecido, de quem nunca quis trabalhar, sempre foi rebelde e incumpridor, desonesto e desonrado, de quem sempre viveu acima das possibilidades. A ideia que o governo impôs aos portugueses estes dois anos de privação para remissão de todos estes pecados. Que Passos, o bom pastor, em apenas dois anos nos redimiu. Libertou-nos. Regenerou em apenas dois anos um povo e uma nação com quase nove séculos de História!

Mais do que patético, isto é loucura!

PATETAS E PATETICES

Por Eduardo Louro

                                                                      

A defesa que o primeiro-ministro, a maioria e o PSD fazem do envolvimento de Miguel Relvas neste processo das secretas atinge o patético. Quando essa defesa tem Luís Filipe Meneses como protagonista, como já vi em duas circunstâncias – a última das quais há momentos na SIC Notícias – passa a tesourinho deprimente, digno da famosa e saudosa rubrica dos Gato Fedorento.

Vou deixar de lado o tesourinho deprimente para me centrar apenas no mais patético dos argumentos da defesa oficial do primeiro-ministro. Que irá conduzir a outro patético argumento do PSD.

O grande argumento que vem sendo apresentado, e que foi hoje reafirmado pelo primeiro-ministro no Parlamento, é que os pedidos feitos a Miguel Relvas através dos tais sms não tiveram consequências. Não foram atendidos e – mais - alguns dos nome sugeridos acabaram mesmo por ser demitidos das secretas. É tão patético quanto isto: se a marosca foi descoberta e divulgada pelo Expresso logo no processo de constituição do governo, a partir da nunca explicada retirada do nome de Bernardo Bairrão da lista de secretários de estado (recordo que o seu nome constava, como secretário de estado do Ministério da Administração Interna, da lista já entregue ao Presidente da República e que tinha sido anunciado por Marcelo Rebelo de Sousa no seu programa dominical da TVI, fazendo uso do seu estatuto de bem informado que tanto e tão bem lhe rende), como é que o governo, sentindo-se apanhado, iria dar os seus bons ofícios aos pedidos de Silva Carvalho?

O lobo estava ali, de boca bem aberta. Então e o governo ia meter a cabeça lá dentro?

Patético!

Um dos muitos outros patéticos argumentos do PSD é que o ministro Miguel Relvas não é tido nem achado nisto pela simples razão que não era ministro à data daqueles sms. Era então um simples cidadão que, como qualquer outro, não está livre de receber sms, mesmo que indesejados. Mesmo que não os leia! O primeiro-ministro diria hoje no Parlamento que não demite ministros por receberem sms, o que não deixando de ser igualmente patético, vai contra o patético argumento.

Que não colhe pela mesmíssima razão. Porque todos bem sabemos que quando Miguel Relvas foi empossado já lá estava o lobo com a boca toda aberta. Como todos bem sabemos que Miguel Relvas era virtualmente ministro, pelo menos, desde o discurso de tomada de posse do Presidente da República!

Que usem argumentos patéticos – e são tantos outros, como, para referir apenas mais um, o de que tudo isto não passa de uma guerra entre empresas (a Impresa, de Pinto Balsemão e a On Going, de Nuno Vasconcellos) – é lá com eles. É o que faz há muitos anos este leque de políticos que permitimos que tenha nidificado no nosso país. Que continuem a tratar-nos como patetas é que me custa mais! 

PATETICES

Por Eduardo Louro 

 Carlos Queiroz: "Comigo, já estávamos no Europeu"

"Comigo à frente da selecção Portugal já estaria apurado para o campeonato da Europa"!

Nem mais. E nós que pensávamos que os ares de Teerão lhe poderiam fazer bem à cabeça!

Mas não. Bastou que o seu Irão goleasse a fortíssima selecção do Bahrein – reduzido a 10 logo no primeiro minuto, no que foi a expulsão mais rápida na história do futebol – e que a selecção nacional regressasse aos seus tempos para que fizesse logo, sem perder tempo, prova de vida.

E, com este Queiroz que há muito perdeu a cabeça, prova de vida é isto! E quando não é isto…é pior!

Mas nem tudo é mau. É que também se pronunciou a propósito do tema mais importante da actualidade: Hulk! Não, não foi para dizer se ele deve esperar para cumprir pena de prisão ou pirar-se já daqui para fora. Foi mesmo para desmentir que tivesse passado pela cabeça de alguém convidá-lo para a selecção nacional!

E disse que isso era uma patetice. E quem o diz é pateta!

Eu, que ouvi ontem Pinto da Costa afirmar que o Carlos Queiroz lhe havia pedido para consultar o Hulk nesse sentido – e aproveitar para acrescentar que o jogador recusara de imediato, porque aspirava legitimamente a jogar na selecção brasileira, como ontem mesmo se confirmava com a primeira titularidade – gritei: Bingo! Carlos Queiroz chamava pateta a Pinto da Costa, coisa que muita gente pensa mas ninguém ousa dizer… Logo ele, por quem, como se sabe, Pinto da Costa nutre pública simpatia!

Pena que, com tanta patetice, esta não passe de mais uma. Assim ninguém leva a sério o que seria a sua mais forte prova de vida: chamar pateta a Pinto da Costa!

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