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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Passos, Montenegro e a sueca

Depois da intervenção de Passos Coelho, António Costa terá de vir à campanha  eleitoral, até porque a situação está fácil para o PS" | CNN Fim de Tarde |  TVI Player

Passos apareceu logo no arranque da campanha, levando a malta do comentário televisivo ao êxtase: era trunfo forte de Montenegro, jogado logo no início.

Não é. Passos é hoje uma carta seca. Bem se vê que nunca jogaram à sueca. Na política, como na sueca, as cartas secas - ou furadas, é a mesma coisa - jogam-se logo no início. Os trunfos guardam-se para a melhor oportunidade. E o ás de trunfo está sempre à espreita da bisca. 

Os profissionais que trabalham na campanha de Montenegro sabem jogar à sueca. Se tinha que ser - e tinha porque, estando no baralho, tinha que estar naquela mão - então que fosse logo no início, para não atrapalhar lá mais para a frente. E para dar tempo para ser esquecido. 

 A direita do comentário político é que, pelos vistos, nem as cartas distingue. Para eles são todas do mesmo naipe!

"Indecente e má figura"

PASSOS COELHO DIZ QUE ANTÓNIO COSTA DEMITIU-SE "POR INDECENTE E MÁ FIGURA"  | JORNALONLINE

Há 40 anos Paulo de Carvalho cantava que "10 anos é muito tempo". Eu, que também já achei que era muito, já acho que é pouco. Coisas da idade. 

Na política, e em especial no espaço mediático da especialidade, é como cantava o Paulo de Carvalho. É muito tempo. Tanto que permite que uma "indecente e má figura" faça a "indecente e má figura" de querer fazer de um soundbite uma substancial declaração política.

É por essas e por outras que por aqui se vai lembrando o que há 10 anos ia acontecendo...   

 

Nevoeiro

Montenegro em choque com Passos Coelho

Pedro Passos Coelho (PPC) anda em pulgas para regressar ao topo da actividade política, disso não há dúvidas. Como as não há que, no PSD, e em Belém, esse é um regresso ansiado. Sebastiânico!

Para que estas vontades - a de PPC, as do Partido, e as de Marcelo - frutifiquem, o problema chama-se Luís Montenegro (LM). Ou, mais precisamente, a relação pessoal entre PPC e LM. As circunstâncias acabaram por impedir que essas vontades se possam cruzar sem que sejam rompidos laços de lealdade, sem traição. E a traição, em política como na vida, tem custos!

Terá sido isso que impediu PPC de aproveitar a oportunidade de suceder a Rui Rio. Para ele, teria sido essa a oportunidade. Mas LM já estava há muito na corrida, tinha, de há muito, terreno marcado. Aproveitar essa oportunidade teria sido atravessar-se-lhe à frente. Admito que, então, mais por princípios e valores que por receio de custos de traição, PPC não tenha querido/podido aproveitar essa oportunidade.

O regresso de PPC pela tomada do Partido, e a parti daí à eventual chefia do governo - aquela que seria, afinal, a sua verdadeira aspiração, não está, portanto fácil. A não ser que LM perca claramente as europeias do próximo ano. Ganhar por "poucochinho" deixaria tudo na mesma, porque PPC não é António Costa.

Daí que sobrem duas vias para o regresso: Parlamento Europeu, no próximo ano; ou Belém, dois anos depois. 

Diz-se que Belém não lhe interessa. Que não é aquilo que o faz vibrar. Gosta de mandar. De Belém manda-se pouco, e intriga-se muito, o que não faz muito o seu género. Acrescentaria eu que Belém é muito difícil - não tem suficiente química com país para entrar em mais de 50% eleitorado. A não ser com a estratégia que Marcelo já colocou em marcha, ao lançar esta semana que Ana Gomes, “pode vir a ser Presidente da República”. Que nunca terá o apoio do PS, eleitorado que dividiria na primeira volta com Artur Santos Silva. Pelas suas contas, que por aí não estarão erradas, com Ana Gomes pelo caminho, PPC ganharia facilmente ao actual Presidente da AR. 

Encabeçar a lista para o Parlamento Europeu também não é o regresso que ambiciona. É apenas um regresso cómodo ... e bem remunerado. A vitória eleitoral é previsível, e será mais uma para o currículo. Conveniente para LM sem que, no entanto, a possa reclamar pessoalmente. Será sempre mais uma vitória de PPC que dele próprio. E alimentará o nevoeiro ...

Que alimenta mais o "passismo" que o próprio Passos!

"Horizonte político"

Passos Coelho admitiu ter “um horizonte político” e Marcelo quis “fixar” o  dia - Expresso

Passos Coelho e Marcelo voltaram a cruzar-se. E quando se cruzam, o sebastianismo agita-se.

Aqui há uns meses - em Outubro, se não estou em erro - tinham-se encontrado numa homenagem a Agustina Bessa-Luís, e o Presidente não quis perder a oportunidade: “o país pode e deve esperar muito do seu contributo no futuro”. Voltaram a encontrar-se no início da semana, no Grémio Literário, na comemoração do décimo aniversário de uma desconhecida organização, a que chamam Senado, mas que  não tem senadores. Tem jovens, cerca de 200, de vários partidos e sensibilidades de direita. 

Desta vez Passos falou, e foi quanto bastou para o Presidente exaltar os seus princípios, valores e apreciações ... e o seu futuro. Outra vez. Só que, desta, para Marcelo o futuro é agora. Tão agora que mandou fixar a data: "fixem esta data - 27 de Fevereiro". A data em que Passos anunciou o futuro na forma de "horizonte político".

Marcelo não tem ilusões. Conhece bem o estado a que o PSD chegou. E, lá no fundo, acredita que só o criador pode parar a criatura!

Acerta sempre!

SIC Notícias | Medidas para o Natal são "contraditórias" e "arriscadas" ,  diz Marques Mendes

 

Marques Mendes ganha bom dinheiro a fazer-nos crer que passeia por todos os corredores, que tem as melhores informações, que os seus informadores são a própria fonte da informação, e que se pode deitar a avinhar tudo.

Acerta sempre. É como aquele velho médico, no tempo em que não havia ecografia, que acertava sempre no sexo dos bebés das grávidas que o consultavam.

- "É um menino. Registo já aqui na agenda".

E escrevia menina. Se fosse um menino ninguém lhe perguntava por contas, e tinha acertado, Se fosse menina era tudo confusão na cabeça daquela mãe, porque ele até tinha escrito...

- "Lembras-te que eu escrevi. É tudo confusão tua, olha e vê bem o que aqui está escrito".

Ontem avançou que [Pedro Passos Coelho] "mais ano, menos ano vai fazer o regresso à vida política activa" ... Não sabe bem é se será para chefiar um governo ou para a Presidência da República.

No espaço de uma semana tivemos a reaparição de Durão Barroso, Santana Lopes, Cavaco e... Passos Coelho. É gente a mais para tão curto espaço de tempo.

O homem da Goldman Sachs já não tem ilusões. Aparece porque gosta de aparecer e porque isso lhe dá importância. Estará provavelmente cheio de massa, mas não tem capital político. Poderia até dizer-se que está politicamente falido.

Santana Lopes também não tem um chavo de capital político, as sua ilusões é que parecem um gato, com 7 vidas. Mas mais moderadas, basta-lhe uma Câmara Municipal, pequena que seja. E para isso basta-lhe aparecer a correr para os braços de Rio.

Cavaco precisa de fazer prova de vida de tempos a tempos. E é hoje uma múmia política.

Sobra Pedro Passos Coelho. E sobram os aplausos e as saudações que vieram de todo o lado direito do sistema. Tudo isso depois de André Ventura, o homem providencial, ter anunciado que com Passos é que era...

Está a nascer um bebé. E, convenhamos, Marques Mendes desta vez não quis deitar-se a avinhar se é menino ou menina. Quis dar o também o seu empurrãozinho ao carrinho.

Não vale tudo. Pois não!

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O PS ficou muito zangado, a Ana Catarina Mendes disse até "que não valia tudo",  que é o que os políticos dizem sempre que se fazem de zangados, porque a Catarina Martins disse que António Costa foi igual a Passos Coelho. Que sobre o sistema financeiro fez exactamente o mesmo que Passos Coelho..."

Não sei se fez exactamente o mesmo, sou até capaz de conceder que não tenha feito exactamente o mesmo. Mas não fez nada de substancialmente diferente, e como disse exactamente o mesmo, não ficam quaisquer diferenças para reivindicar. Pode, por isso, ficar muito zangado com a Catarina e o Bloco, mas não tem, por isso, ponta de razão. Pode ter razão noutras zangas. Nesta, não!

Evidentemente que António Costa, e  o seu governo, não têm as mesmas culpas no "cartório" do sistema financeiro português que Passos Coelho, Portas e  Maria Luís, com larguíssimas responsabilidades na forma como quiseram ser a cobaia da resolução bancária na União Europeia, com o BES, como deixaram arder o Banif, como assobiaram para o lado na Caixa Geral de Depósitos, que queriam privatizar, como entregaram a um dos seus boys ( e que boy saiu este Sérgio Monteiro) a venda do Novo Banco, ou até como reconduziram Carlos Costa no Banco de Portugal em cima das eleições, há quatro anos. Mas quando, ele como Centeno, repetem como Passos, Portas ou Maria Luís, que a tragédia do Novo Banco não custa um euro aos portugueses, ninguém mais pode dizer que não sejam exactamente iguais.

É que, neste caso, não é sequer preciso ser. Basta parecer!

Não dizer que os milhares de milhões de euros que o país tem de entregar ao fundo de resolução são milhares de milhões que são desviados das funções que o Estado não vai realizar, penalizando todos os portugueses. Não dizer que os bancos, ao longo dos 30 anos que têm para os pagar, não irão pagar - eles sim - um euro que não repercutam no custo dos serviços que nos prestam, e que, para além do que deixamos de receber de serviços do Estado, vamos ainda pagar tudo, até ao último cêntimo. Dizer que pediram uma auditoria, mas que não pode ser à gestão recente, porque isso seria até deselegante para o Banco de Portugal, e não dizer que isso quer exactamente dizer que o Novo Banco foi negociado sem que se saber bem o que se estava a negociar. E não dizer que o valor fixado para a garantia do Estado, a que preferem chamar mecanismo contingente, não foi estabelecido com transparência e que ficou exactamente para gastar à vontade do freguês. E não dizer que é essa garantia que faz com que o banco se não preocupe nada em valorizar activos de que se está a desfazer ao preço da uva mijona. E não dizer que muitos destes milhares de milhões que estão a ser sugados da nossa economia estão a ser transferidos para os negócios que vivem da carteira de crédito malparado dos bancos... é, para além de dizer, fazer exactamente como Passos Coelho.

Goste-se, ou não! 

E vem-nos à memória...

Imagem relacionada

(Imagem daqui)

 

Está a decorrer no Tribunal de Leiria a fase de instrução do processo dos incêndios de Pedrogão Grande, em Junho de 2017, com treze os arguidos, entre os quais os presidentes, então em funções, dos três municípios abrangidos: Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande. 

Na última sessão, um então administrador (José Revès, assim se chama) da empresa (Ascendi Pinhal Interior) concessionária da manutenção da "estrada da morte", explicou ao juiz de instrução  que "aquando da intervenção da troika no nosso país houve uma renegociação do contrato de concessão com o Estado, em Maio de 2013, o que obrigou a diminuir os serviços. Por isso, a faixa de gestão de combustível passou para exclusivamente três metros".

Puxamos um bocadinho pela memória e lembramo-nos todos das apregoadas renegociações das PPP rodoviárias do governo de Passos Coelho. E dos anunciados ganhos para o Estado que se festejaram. Mas já não precisamos de puxar tanto pela memória para nos lembramos das responsabilidades de António Costa, e de todos os seus ministros, nas trágicas mortes naquela estrada...

Pois é ... e o Estado falhou.

E vem-nos à memória, não uma frase batida, como canta o Sérgio, mas o que se está a passar na Saúde...

Quinta-feira (d)e outros dias...

Passos promete dizer e juntar muitas coisas em complemento às memórias de Cavaco

 

Presente na sessão de apresentação do boletim de coscuvilhice e lavagem de roupa suja de Cavaco, Passos Coelho, que considerou tratar-se de uma “contribuição muitíssimo relevante para o entendimento dos tempos da ‘troika’, prometeu dizer e juntar-lhe muitas coisas no livro que, também ele, está a escrever

Chama-se a isto ter uma vaga ideia de técnicas de marketing. O suspense, determinante na arte da escrita de ficção, está criado. Nunca se sabe se o que tem para dizer acrescenta ao entendimento dos tempos da troika, se há coscuvilhice, ao voyeurismo e às adjectivações baratas de Cavaco. Ou - sabe-se lá? - se, num golpe de arrojo, o que tem para dizer não é uma resposta de manual à de falta de experiência que generosamente Cavaco lhe aponta...

  

Cátedra papista

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Não há volta a dar. Passos Coelho tem o condão de dividir o país... Desta vez é o destino que deu à sua carreira - depois de abandonar, primeiro, a liderança do partido e, logo a seguir, o Parlamento - que divide o país. Se não ao meio, perto disso...

O país começa logo por dividir-se quanto à natureza da coisa: se é um destino ou uma origem. Porque, na realidade, trata-se de iniciar agora uma carreira profissional. Na verdade nunca se lhe conheceu profissão, do seu passado profissional nada se conhece se não umas trapalhadas pouco edificantes na Tecnoforma. 

Estou em crer que é exactamente isto que dá importância ao assunto. Não tinha origens, não tinha sítio nenhum para regressar. Não tinha referências, que não umas breves alusões a uma suposta apetência para abrir portas

E por isso o país diviede-se entre os que acham que poderia manter-se Assembleia da República, prolongando o seu estado profissional e os que acham que, aproveitando-se da condição de ex-primeiro ministro, poderia ter dado o salto para qualquer instituição nacional ou internacional, pública ou privada. Uma parte do país acha que manter-se deputado seria resignar-se a um comodismo indigno do estatuto que atingiu. Outra que, aproveitar-se desse estatuto, não seria ajustado à dimensão da sua seriedade e à sua condição austera. E outra ainda que acha que quem só tem jeito para abrir portas só serve mesmo para porteiro.  

A melhor saída era mesmo tentar a carreira académica. Nisto, nem o país nem a doutrina se dividem. É o meio, onde está a virtude. A virtude e o passaporte para o segundo fôlego da sua carreira política, daqui a uns anos: nem a passividade do dolce fare niente, nem a ambição desmedida do lobismo, nem a falta de escrúpulos do exercício da magistratura de influências. 

A parte gaga da coisa não está sequer na (falta de) competência académica. Em última análise, quem serviu para governar o pais também servirá para dar umas aulas. Alguma coisa pode ter aprendido que possa agora ensinar... A parte gaga está no papismo mais papista que o papa da qualificação que lhe foi entregue. Professor catedrático, no escalão mais alto do vencimento, com as exigências e as dificuldades que as Universidades colocam a quem nelas faz profissão e carreira, não fica muito bem neste retrato... 

 

 

 

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Portas

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Não surpreende que Passos Coelho tenha procurado - e pelos vistos encontrado - na(s) Universidade(s) a porta de entrada na vida profissional, agora que, pelos vistos, fecha a porta da política. Não surpreende que alguém cuja única especialidade conhecida era a de abrir portas, seja tão expedito a abri-las para si próprio. Não surpreende sequer alguém que levou vinte anos a fazer uma licenciatura, depois de passar pela chefia de um governo, fique automaticamente qualificado para professor universitário. O que verdadeiramente surpreende é o despudor da imprensa que temos.

Sem ela, sem essa imprensa, Passos não teria exponenciado a sua especialidade em portas. Foi com ela que, em muito pouco tempo, Passos transformou a  pequenina portinha de saída que o diabo lhe tinha apontado na porta grande por onde vai sair este fim de semana.

Não me admiraria muito numa parceria entre os principais players do negócio dos media e algumas universidades privadas para explorar a fileira da porta, sob a cátedra de Pedro Passos Coelho.

 

 

 

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