Daniel Chapo foi empossado Presidente da República de Moçambique. Sem a presença do Presidente Marcelo, que não quis assinar por baixo. Assinou Paulo Rangel, porque Moçambique não é a Venezuela. Dirá ele, sem se safar da coça que levou do Venâncio Mondlane, o auto-declarado “Presidente eleito pelo povo”.
O Presidente Biden despediu-se da Casa Branca, num discurso em que basicamente disse aos americanos que agora terão que se deitar na cama que fizeram. E anunciou o acordo de cessar fogo, que dura o que durar, e até pode nem chegar a durar, entre Netanyahu e o Hamas. Trump - Presidente dentro de três dias, já no próximo domingo - levantou-se logo da cama para dizer que foi ele que tratou de tudo.
Mas também foi o dia de não a presidente. Centeno acabou a dizer que não vai ser Presidente porque não vai ser candidato. Porque não quer, ou porque não pode, é que não explicou. E não custava assim tanto explicar. Custou-lhe certamente muito mais explicar que queria continuar governador do Banco de Portugal, quando sabia muito bem que o governo lhe viria logo explicar que não.
Que nem pensasse!
Ah ... e foi ainda o dia que mostrou a careca do "presidente dos presidentes". Por muito que há muito, como estava toda a gente careca de saber, tivesse a careca à mostra.
Há declarações capazes de definir em poucas palavras toda uma personagem, e toda uma vida, por mais longa e cheia (de tudo) que tenha sido. E há pessoas capazes de as fazer sobre si próprias. Ao declarar ontem, sobre o seu funeral, na apresentação de um livro com um caixão na capa, que “não quero ver lá ninguém de luto, de preto, quero ver toda a gente vestida de azul, porque o azul é cor do céu, a cor do manto da Nossa Senhora e a cor do FC Porto”, Pinto da Costa demonstrou-o.
Já tinha dito quem não quer "ver" no funeral. Ontem acrescentou como não quer "ver" os que lá quer "ver". "Ver" depois de morto não é a afamada "fina ironia" de Pinto da Costa. É Pinto da Costa a ditar o seu próprio epitáfio, inevitavelmente centrado no auto-endeusamento!
Parece que "o macaco" foi preso, e os carros que ostentava apreendidos, tal como milhares de euros, droga, bilhetes - os famosos bilhetes - e umas armas.
A operação tem nome - "pretoriano". Não está mal escolhido, numa alusão à guarda pretoriana de Pinto da Costa. Mas é pouco imaginativo, como decorre dos incidentes naquela igualmente famosa Assembleia Geral Extraordinária do Futebol Clube do Porto, bem se podia chamar-se "Al Capone".
O célebre mafioso americano só foi preso por evasão fiscal. Este Al Capone à moda do Porto nem por isso nunca seria detido. Acabou por ser por "violência doméstica".
Boa parte dos adeptos portistas começou a descobrir por estes dias, ontem e hoje, depois de 40 anos de práticas criminosas, de coacção e agressões, que Pinto da Costa fez do FC Porto uma organização à imagem da Mafia e, do Porto, uma cidade geminada com Palermo.
Já o Ministério Público, mais dado à política que à bola, depois de 40 anos disto, e de 20 de "apito dourado", precisou disto para desconfiar que é capaz de haver alguma razão para abrir um inquérito.
A descoberta dos adeptos portistas, a gente percebe: já não ganham. Enquanto ganhavam tudo ia bem, o guarda Abel era um zeloso agente da autoridade, a escolta pretoriana de Pinto da Costa um grupo de escuteiros, e o Madureira um cidadão exemplar. Que só agora o Ministério Público tenha encontrado motivo para abrir um inquérito, é que cheira a mistério.
Pinto da Costa e o Porto anunciaram uma acção judicial contra Ferderico Varandas. Aposto que se ficaram por aí, pelo anúncio.
Este artigo do Eduardo Dâmaso - sim ainda há jornalistas a sério, e sérios, na Cofina - vem apenas lembrar o que toda a gente quer que se esqueça. Já lá vão 18 anos, e quando tudo voltou ao mesmo, isto não pode ficar esquecido. Varandas fez bem em levantar a pedra pesada que foi posta sobre o assunto. E, com este artigo, o que o Eduardo Dãmaso está a dizer é que Varandas bem pode esperar sentado pelo processo de Pinto da Costa. Ele e nós todos!
A operação "cartão azul" está a revelar indícios do rasto do dinheiro das comissões com as transferências de jogadores do Porto, que tem no centro Pinto da Costa e a sua vasta entourage. Trata-se basicamente de comissões largamente inflaccionadas em milhões de euros (20 milhões, subtraídos à SAD portista, segundo o Ministério Público) distribuídos por pessoas e entidades sem intervenção os respectivos negócios, que eram depois encaminhados para ... Pinto da Costa e a sua entourage. Directamente para contas dos próprios, mas também para um saco azul, alegadamente destinado a pagar contas da(s) mulher(es) de Pinto da Costa, bruxas e ... resultados desportivos.
Quando há pouco mais de três meses o cartão era vermelho, e Luís Filipe Vieira foi detido ninguém ficou surpreendido. Tudo aquilo que era objecto de suspeita, e que levou à detenção e à posterior abdicação do então Presidente do Benfica, era expectável. À luz da realidade das contas e à luz da realidade de Luís Filipe Vieira. Neste caso não é muito diferente. Ninguém terá ficado muito surpreendido, nem as virgens ofendidas que por aí aparecerão. Todas os indícios vindos a público eram igualmente expectáveis, incluindo as suspeitas de utilização de fundos das comissões para influenciar resultados desportivos. Surpresa só para quem achava que Pinto da Costa é muito mais esperto, e tem muito mais poder que Luís Filipe Vieira. E que por isso ninguém o apanhava.
Mas só meia surpresa. É que na verdade não foi preso. Nem constituído arguido. Nem sequer apanhado e, que se saiba, nem foi dar uma volta a Vigo...
Vamos a ver se a cor importa. E se este cartão azul não desbota para amarelo!
O Porto voltou a não ganhar. Desta vez no jogo da primeira mão das meias finais da Taça, ontem em Braga. Depois de não ter ganhado, no domingo, e também em Braga, o jogo da primeira jornada da segunda volta do campeonato. E de não ter também ganhado o anterior, o último da primeira volta, no Jamor. com o B SAD.
Quando o Porto não ganha, amua. Jogadores e treinador não falam, deixam os jornalistas pendurados. Só falam dirigentes, por ordem hierárquica. O Sérgio Conceição também fala, mas é só para os adversários e para os árbitros. Com a gentileza habitual, e reconhecida.
Na ordem hierárquica dos dirigentes, depois de um tal Francisco J Marques e de Vítor Baía, chegou ontem ao topo. Foi a vez de Pinto da Costa, a última instância da pressão. E fez lembrar Donald Trump e o ataque ao Capitólio. Não quer incitar à violência, não quer incendiar, mas ... Apela à serenidade, mas diz que não pára de receber mensagens dos adeptos, e não sabe o que pode acontecer. Só sabe que "basta"!
Hoje as sedes da Liga e da Federação Portuguesa de Futebol acordaram vandalizadas. Com "basta" e ameaças de morte nas paredes. O árbitro do jogo de ontem, Luís Godinho, foi objecto de ameaças de morte, estendidas à família. E contactos de árbitros e familiares foram durante a noite partilhados nas redes sociais.
É esta a serenidade a que Pinto da Costa ontem apelou. É esta a serenidade que Sérgio Conceição passa sempre que não ganha. E é esta a serenidade que Luís Gonçalves transmite a partir do banco do FC Porto.
Não é a primeira vez que brincam com estas coisas. Espera-se que desta vez haja coragem para acabar com a brincadeira.
Para tentar disfarçar os fracassos da época de transferências Pinto da Costa não arranjou melhor que engalanar a contratação do japonês Nakajima como um profundo golpe no Benfica. E não conseguiu mais que 40% do passe, o que faria se tivesse ficado com tudo...
É que toda a gente sabe que na Luz não se suspirava por outra coisa...
Falhado o Filho, ficou o Espírito Santo. Diz-se que o Pai já não é o que era, e que quem manda agora é o filho. Às mãos do Todo Poderoso... Que também é Jorge, mas não é Nuno. Que é Espírito Santo. Definitivamente, já não há Santíssima Trindade que valha. Nos tempos que correm, Espírito Santo, só de orelha...
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