8 mil milhões
A população mundial atinge hoje os 8 mil milhões de seres humanos, num crescimento que tem sido exponencial.
No ano 1000 a população mundial era de 330 milhões de pessoas. Há 11 anos tinha-se atingido os sete mil milhões de humanos no planeta. Os seis mil milhões tinham sido atingidos doze anos antes.
No ano 1 da nossa era, a população do planeta era de 170 milhões de pessoas. Mil anos depois, era de 330 milhões. Não duplicou sequer. Só no ano 1800, já a Humanidade contava com 200 mil anos de existência, atingiu os mil milhões. Os primeiros mil milhões de população mundial demoraram 200 mil anos a atingir. Para os segundos, atingidos em 1927, foram precisos 127 anos. Os terceiros foram alcançados em apenas 33 anos, em1960. Os quartos, em 14 anos, em 1974. Os quintos, em 13 anos, em 1987. Os sextos, em 12 anos, em 1999, como os sétimos em 2011. E, os agora 8.000 milhões, em 11 anos apenas.
Se a este ritmo de crescimento da população mundial acrescermos um ritmo idêntico, se não superior, do crescimento das suas necessidades de consumo, ficaremos com a ideia do que foi exigido ao planeta para responder a tamanha evolução. E da exaustão a que chegou até à emergência climática, há tantos anos no topo da agenda mundial. Mas sempre sem resposta, como se viu agora na COP 27. E em todas as anteriores 26!
Acresce, no entanto, que é um crescimento profundamente desequilibrado, paradoxal mesmo. Cresce nas regiões mais pobres do planeta, e minga drasticamente nas mais ricas.
Para resolver este desequilíbrio, e garantir a sobrevivência do mundo mais rico, não há outra alternativa que a imigração. E, no entanto, a moda por esse mundo rico fora é exactamente impedi-la. Um paradoxo, de que parece muita gente não dar conta.
Sobraria outra via - promover o desenvolvimento dos territórios mais pobres e, através dele, a desaceleração do crescimento da sua população. Mas nisso também não há quem esteja muito interessado!