A política brasileira não pára nem para intervalo. O novo ministro do Turismo (empossado na sexta-feira passada) e a mulher decidiram-se por uma sessão fotográfica no gabinete ministerial. E decidiram - a senhora quis partilhar o seu "primeiro dia como primeira dama do ministério do turismo do Brasil" - dar-se a conhecer ao mundo. Que não perdia nada por não conhecer o embevecido ministro e a sua voluptuosa esposa. Como se vê pela foto, já bem mais famosa pelo seu bumbum, que o ministro pela sua patetice...
Dilma vai aos Estados Unidos discursar na ONU e deixa a presidência entregue ao traidor-mor, o vice Michel Temer, antecipando - imagine-se - aquilo que está prestes a acontecer. Mas tudo aponta para que, ao impeachement de Dilma, se suceda o próprio impeachment de Temer. Não pelas acusações de corrupção que sobre ele pesam, mas porque a figura central de todo este processo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha - o mais acusado dos acusados de corrupção, e com o seu processo na Comissão de Ética guardado numa gaveta do congelador - ou da geleira, como por lá lhe chamam - já ameaçou fazê-lo. A não ser que Temer se comprometa a protegê-lo...
É isto a política no Brasil. Isto e aquilo que se viu naquele pavoroso desfile de deputados que esconderam a sua insignificância atrás de um voto de raiva e ódio, invocando Deus, filhos, netos e primos, versículos bíblicos aprendidos nas igrejas do dízimo, ou circunstâncias das suas regiões, cidades, sindicatos ou corporações. E até a "memória do coronel Brilhante Ustra", um dos maiores torturadores da ditadura militar, o pavor de Dilma Rousseff, a quem teria chegado a introduzir ratos na vagina... E, no país do futebol, sempre aopontapé. A mesas, cadeiras ... tudo. Mas acima de tudo na gramática. Não na bola.
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