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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Engordar o populismo

Novas taxas aduaneiras dos EUA sobre produtos do Canadá, México e China

Depois de declarar guerra comercial, com o anúncio da imposição de pesadas taxas aduaneiras, ao Canadá, México e China, e de ameaças disso à União Europeia, Trump recuou. 

As taxas sobre as importações do México e do Canadá, anunciadas no fim-de-semana para hoje entrarem em vigor, foram suspensas por 30 dias. As notícias dizem que a decisão de Trump resulta de ambos os países terem concordado em tomar medidas para reforçar a segurança das suas fronteiras e combater o tráfico de droga.

Sabemos que Trump funciona assim. Disruptivo. Que toma decisões impensadas. E insensatas. Que negoceia na base da ameaça. Que avança e recua, sem nunca poder deixar a ideia que recuou. Ou que perdeu. Ele nunca perde! 

Por isso  as notícias têm que ser assim: uma suspensão por 30 dias, contra o compromisso dos seus vizinhos em reforçar as fronteiras. Assim, Trump não perde. Assim, a decisão não foi impensada e absurda: foi apenas um passo para obter um ganho. Não lançou o caos económico, reforçou a segurança, o bem maior.

O trumpismo, como todos os populismos, de que é expoente máximo, engorda assim. Com um mundo de gente à volta a mascarar a realidade, deixando passar o que é preciso que passe. Sem que ninguém diga que a guerra comercial que Trump quis lançar é irresponsável, mas também contraproducente. E que um exército de gente com mais poder que ele o obrigou a recuar!

A cartilha

Montenegro rejeita críticas e diz que a sua ida de lancha ao Douro "não foi  motivo de nenhuma perturbação" nas buscas pelos militares desaparecidos

Poucas horas depois de aparecer aos portugueses numa lancha, que procurava resgatar ao Douro os corpos dos militares vitimados pela queda de um helicóptero, em operação de combate a um incêndio, Luís Montenegro falava de eleitoralismo, na chamada "Universidade de Verão", a segunda reentrée do partido, a seguir ao Pontal. Para dizer que "quem fala em eleitoralismo é quem está a pensar em eleições", quando é ele próprio que não pensa noutra coisa.

Bem pode esperar sentado quem espera por reformas. Ou simplesmente por uma governação séria. Montenegro está muito mais interessado em seguir a velha cartilha de Marcelo que nessas coisas triviais

 

 

Os (i)limites de Marcelo

Comentário de Marcelo gera críticas - Diário do Distrito

Que o Presidente Marcelo comenta tudo, sobre tudo e sobre nada, já não é novidade. Há muito que se sabe disso. Que nem sempre o faz cumprindo com os mínimos da sensatez e da elegância, também é sabido. 

Que chegasse à deselegância de chamar gorda a uma mulher, ridicularizando em público a senhora a sentar-se numa cadeira, ("olhe que a cadeira pode não a aguentar") parecia o limite do intolerável que a Marcelo se tolera. Mas não, não era ali o limite. Ontem, na visita oficial ao Canadá, no meio de emigrantes que ali estavam, no país que os recebeu, os integrou e lhes deu a dignidade que nunca encontrariam no seu, em manifestação de apreço pelo presidente do país que tudo lhes negou, provavelmente à espera da selfie que é a imagem de marca do populismo que o alimenta, a fasquia subiu para níveis já intransponíveis. 

De dedo em riste a apontar para o decote de uma jovem, advertindo-a que se poderia constipar, Marcelo não foi só infeliz. Nem ridículo. Foi deselegante, machista e bota de elástico salazarento. Tudo impróprio para um Presidente, mas de todo intolerável sabendo que, atrás do seu dedo estendido, seguiam as câmaras das televisões que iriam expor ao mundo não só o decote, mas a cara e o corpo de uma jovem que, provavelmente, apenas estaria ali porque a mãe, ou o pai, a teriam convencido a vir conhecer o mais alto responsável do país longínquo que, apesar de tudo lhes ter negado, continuam a amar.

PS: Claro que a fotografia que encabeça este texto nunca poderia ser a do decote da jovem.

Quatro dias para matar uma ideia de décadas

Putin admite posicionar armas nucleares na Belarus contra a Otan -  20/12/2021 - Mundo - Folha

Não há dúvida que, nos últimos quatro dias, o mundo mudou apagando 80 anos de História, como se de repetente tivesse ficado subterrada por uma avalanche de lama levantada por um tsunami que não veio do mar, mas do Kremlin.

A ameaça de Putin em recorrer a armas nucleares vai muito para além da dimensão retórica. Nunca o mundo esteve tão perto da ameaça nuclear!

A velha ideia - que foi fazendo caminho de décadas - que as armas nucleares não serviam para ser usadas, mas para evitar que fossem usadas, está a morrer. Era uma ideia sustentada no princípio do bom senso e do equilíbrio psíquico de quem tinha a capacidade de premir no botão.

Aconteça o que acontecer hoje, ao quinto dia, no encontro entre delegações russa e ucraniana na fronteira com a Bielorrússia, perto de Chernobyl, a velha ideia já foi devorada pela realidade - para que sejam usadas basta que existam. Porque Putin não se confirma apenas como um louco e imprevisível que tem o poder de premir o botão. Ele personifica um padrão de gente louca e imprevisível à procura de chegar ao poder nos mais diferentes pontos do globo.

Esta guerra teve já o condão de unir a Europa como nunca antes. Veremos se será também capaz de mostrar o perigo que é o populismo que esse padrão vem espalhando. Pelo mundo e pela Europa. E por Espanha. E por Portugal!

A vacinação e a espiral de demagogia e populismo

Elemento do projeto espiral pontos | Desenho de tatuagem geométrica,  Modelos de tatuagens, Resumo

 

A demagogia e o populismo são os mais perigosos vírus para a democracia, sabemos disso e estamos hoje confrontados as evidências disso mesmo.
 
São vírus poderosos e sempre em mutação, adoptando novas variantes. Há estirpes que muitas vezes até se confundem com o antídoto. Não há vacina contra este vírus e, se houvesse, desconfio muito que a classe política se disponibilizasse para a inoculação.
 
As prioridades da vacinação contra a covid são um bom exemplo da forma como essas estirpes afectam os nossos decisores políticos. Numa democracia sã e madura, segura, não envergonhada e sem fantasmas, o Presidente da República seria naturalmente a primeira pessoa a ser vacinada, mesmo simbolicamente. E depois o primeiro-ministro, e depois os restantes ministros, estamos a falar de duas dezenas de pessoas, não muito mais.
 
Por cedência à demagogia e ao populismo os mais altos cargos dos órgãos de soberania em Portugal ficaram fora da lista inicial de prioridades da vacinação. Um mês depois, com o governo com quase tantos infectados como o Benfica, e com o Presidente da República a protagonizar uma história de falso positivo como no Sporting, o governo decide dar prioridade a todos os titulares de órgãos de soberania. 
 
Ou todos, ou ninguém. Ou há moralidade, ou comem todos. Não há uns mais iguais que outros. 
 
Isto não é evidentemente bom senso. É tão só uma nova cedência à demagogia e ao populismo que em si mesma é demagógica e populista, e que, evidentemente, vem aumentar em espiral novas estirpes do vírus cada vez mais difíceis de identificar. 
 
É o que se passa com os deputados que se apressaram a recusar a vacina. Já não sabemos que estão simplesmente a usar o seu bom senso, e a evidenciar a insensatez da decisão, ou se estão a entrar com os dois pés na espiral de demagogia que têm à frente.
 
E assim fica mais difícil...
 
 

Uma lição*

Cine a fost, de fapt, Ion Aliman, primarul din Deveselu mort de COVID-19  care a fost reales edil? - Stirile Kanal D

 

Numa altura em que o populismo impera na maior parte do mundo há pequenas notícias que muitas vezes dizem muito.

Sabe-se que o populismo cresce sempre a partir da deterioração da relação entre governados e governantes, muito por força do enfraquecimento da qualidade dos titulares de cargos públicos e da consequente degradação do exercício do poder.

A notícia que hoje aqui trago chegou-me num dia desta semana, que ficou justamente marcada pelo primeiro debate entre os candidatos às eleições presidenciais americanas, e que se tornou numa montra exuberante do que é, e de que é capaz, o populismo.

A notícia provinha da Associated Press, e dizia que, algures na improvável Roménia, a população de Deveselu, uma vila com cerca de três mil habitantes no sul da Roménia, reelegeu com 64% dos votos o seu presidente da câmara. Não seria notícia não se desse a circunstância de as eleições se terem realizado no domingo, 20 de Setembro, e o Sr Ion Aliman – assim se chamava presidente da câmara – ter falecido na quinta-feira anterior, vítima de covid.

Sem possibilidade material de alterar os boletins de voto, o seu nome lá permanecia no dia das eleições. Diz a notícia que a caminho da assembleia de voto, a população passou pelo cemitério a depositar uma flor na campa do autarca e, chegada à urna, depositou-lhe o voto. O voto que, segundo os relatos, sentiam dever-lhe pela forma como exerceu o poder, sempre ao lado deles, e nunca contra eles.

Não valeu de muito, até porque obriga a novas eleições, mas fica a lição. E que grande lição!

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Debates, democracia e populismo

Bloco central” aprova fim dos debates quinzenais. Primeiro ...

 

Hoje debate-se o estado da nação. No Parlamento, onde se vai passar a debater menos.

António Costa e Rui Rio acordaram (de acordo, mas também de acordar, com espreguiçadela e tudo) em acabar com os debates quinzenais, propostos pelos próprios social-democratas há treze anos, governava um tal de José Sócrates. Tanto quanto se conhece a proposta partiu mesmo de Rui Rio, com o argumento que o chefe do governo tem de trabalhar. Primeiro ministro é para trabalhar, não é para debater, entende o presidente do PSD. Não pode fazer duas coisas ao mesmo tempo!

A António Costa dá jeito. E dá especialmente jeito que tenha partido do seu principal adversário, transformado em aliado principal.

O parlamento é o centro do debate democrático. É assim em todas as democracias. Os cidadãos já têm a sensação que a democracia lhes é limitada ao exercício do direito de voto de quatro em quatro anos. E quantos sentirem isso, mais crescerá a abstenção. Desvalorizar o Parlamento é desvalorizar ainda mais a democracia, e é acelerar a dinâmica viciosa da abstenção. 

O populismo gosta disto, evidentemente. Não é preciso chamar-se André Ventura para ser populista. E já tínhamos percebido no desprezo de Rui Rio por muitos dos rituais da democracia a sua própria maneira de ser populista. E se é inaceitável que tenha imposto a disciplina de voto aos deputados do seu partido numa matéria como esta, é simplesmente chocante que, no fim, tenha declarado que o Parlamento saiu dignificado.

 

Desconfinamento político

Rio sobre TGV: "O Dr. Costa ouviu a notícia, acreditou nela. Já ...

 

O desconfinamento chegou também à política. O André Ventura desconfinou do CM - jornal e TV - onde tão confortavelmente estava há anos confinado, tranquilamente a tecer a teia que teceu.

Há quem diga que esse chega para lá tem alguma coisa a ver com a ajuda do Estado aos media, a que o também desconfinado Rui Rio se atirou como gato a bofes, e com a fatia - a terceira maior do bolo, logo atrás da que calhou à Media Capital e à Impresa, a maior de todas - que chegou à Cofina, agora entretida em dar cabo do tipo dos cruzeiros do Douro, que se limitou a correr aos saldos que o Paulo Fernandes obrigou a Media Capital a abrir. Quem sabe?

Rui Rio, que em confinamento jurava, todo ele fervor patriótico, apoio ao governo para o que desse e viesse, saltou fora. E de repente, de político altamente responsável, dos interesses do país acima de tudo, concentrado no apoio ao governo no combate ao inimigo invasor, passa a vilão. A simples populista, a quem tudo serve para se abater sobre as instituições do país, algumas delas, como a Justiça e a Comunicação Social, velhos - e sempre suspeitos - ódios de estimação pessoal.

Poderá parecer que estes extremos estão demasiado esticados. Mas é apenas um zoom para melhorar a nitidez da imagem.

É certo que as coisas não estão nada fáceis para Rui Rio. As sondagens não ajudam nada, e até as presidenciais, donde nada de mal haveria a esperar, provam que, para que nos piores momentos as coisas corram mal basta que possam correr mal, como, para fazer lei, dizia o engenheiro Murphy, lá para meados do século passado. Mas, aproveitar o desconfinamento para logo começar a ziguezaguear por aí fora, não as melhora. E cada vez mais se sujeita a ser preso por ter e por não ter cão!

 

 

O populismo não precisa de argumentos. Basta-lhe a atoarda!

Cigano7Online-->Dedicated To RICARDO QUARESMA

 

O sombrio André Ventura vai espalhando impunemente a sombra do racismo que apregoa pela sociedade portuguesa. Desta vez saiu-lhe ao caminho um cigano. Com voz, que é coisa que os ciganos não têm.

Chama-se Ricardo Quaresma, e é jogador de futebol. Internacional português. Tem voz e soube usá-la, o que não é menos meritório. E deixou o mais que tudo do Correio da Manhã sem argumentos de resposta. O discurso populista é assim, não tem argumentos. Não precisa, basta-lhe a atoarda.

Sem argumentos, o deputado, líder auto-suspenso do Chega, e candidato presidencial declarou "lamentável que um jogador da selecção nacional se envolva em política" e apelou às autoridades do futebol para não deixarem passar em claro um intromissão destas. Logo ele que fez do pior que o futebol tem o trampolim para a política. Naturalmente para o pior que a política tem...

 

Novo mundo*

Resultado de imagem para trump bolsonaro boris salvini

 

 O mundo novo que se abriu há quatro anos com o brexit, e com a eleição de Trump, está aí. À vista de todos, e com tudo à mostra.

Os últimos dias foram ricos em manifestações deste mundo novo. Como se não bastasse o que se passou na reunião do G7, e o que se está a passar na Amazónia, ou o apoio declarado e expresso de Trump à política e à personalidade de Bolsonaro, e ao brexit e a Boris Johnson, assistimos em Itália e no Reino Unido, a dois autênticos golpes de Estado. O primeiro, em Itália, à primeira vista, fracassado. O segundo, à primeira vista, bem-sucedido! 

 Em Itália, Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro e representante deste novo mundo na paisagem política italiana, derrubou o seu próprio governo para seguir para eleições, atrás das sondagens que lhe prometem o reforço da sua expressão eleitoral e a possibilidade de conquistar o poder neste novo mundo.  Saiu-lhe furado. As instituições italianas funcionaram e, em vez das eleições ambicionadas por Salvini, saiu um novo governo do actual quadro parlamentar, pronto a concluir a legislatura.

No Reino Unido, Boris Johnson fez diferente, mas com a mente no mesmo objectivo. Para concluir o brexit até à data de 31 de Outubro, o novo primeiro-ministro britânico e parceiro de Trump, decidiu fechar o Parlamento. Fechado, sem deputados a discutir e a votar, Boris Johnson decide sozinho como e quando abandona a União Europeia. Sendo que o quando é já, e o como é sem acordo. Custe isso o que custar, incluindo a própria integralidade do Reino Unido, porque do outro lado do Atlântico há um tio Sam a acenar com “tremendous” acordos comerciais. Fechado o brexit, parte para eleições. E, com as receitas conhecidas, ganhá-las-á – espera ele. Ele e os seus parceiros deste novo mundo!

Até aqui as coisas parecem correr-lhe bem. Mas ainda não são favas contadas. Há ainda muita coisa que lhe poderá correr mal. E pode até ser que nem corra tudo mal sempre aos mesmos…

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

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