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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Unificação?

Por Eduardo Louro

António Costa venceu as primárias com dois terços dos votos.

António Costa um terço da Direcção do Grupo Parlamentar a Seguro

António Costa garante um terço de Seguristas nas listas para a Comissão Política e Comissão Nacional.

Ferro Rodrigues vence eleição para liderança do grupo parlamentar com 69% dos votos...

Unificação? Sim, unificação aritmética: 2/3+1/3=1!

Ponto de viragem

Por Eduardo Louro

 

 

O país vibrou com as primárias do PS, disso não me parece que fiquem dúvidas. Muita gente correu a inscrever-se para votar e muita gente seguiu a par e passo a campanha, como o provam as próprias audiências dos debates televisivos.

Não sou dos que pensam que isto represente um sobressalto cívico, que o país tenha de repente saltado da cadeira – ou do sofá – e acordado para o activismo perdido. Que de repente o país se reconciliou consigo próprio, e quer intervir activamente no seu destino. Nada disso, os números ainda não dão para isso. E os partidos ainda são muito como o clube de futebol…

Mas também não acho que se possa ficar pela mera escolha de um novo líder partidário, que foi verdadeiramente a escolha de um candidato a primeiro-ministro, exista ou não essa figura.

Não sei se esta ideia das primárias veio assim tanto para ficar quanto nos vão dizendo muitos dos analistas políticos. Enquanto primárias, não me parece. Mas enquanto forma de legitimação democrática e agente da transparência e da revitalização que é necessário levar aos partidos políticos e, por essa forma, ao regime, não tenho qualquer dúvida que é muito importante que seja uma ideia para ficar. Quero com isto simplesmente dizer que não me parece que se institucionalize como ideia de primárias propriamente ditas, mas que não poderá deixar de ser a forma dos partidos escolherem as suas lideranças.

Para além do que deste processo fique para o futuro do regime, também este resultado expressivo de dois terços que António Costa alcançou, se torna no mais relevante e decisivo facto político desta parte final da legislatura.

É que ninguém no PSD pensará neste momento que Passos Coelho, com o que foi e é o governo e ainda com todos os problemas que o envolvem, e que, tantas as contradições e trapalhadas, estão longe de estar ultrapassados, tenha qualquer hipótese de ganhar as próximas eleições a António Costa. Que, há não muito tempo, sagaz, anunciou ser Rui Rio o seu adversário

Mas Rui Rio não é apenas o adversário que o PSD tem para António Costa. É também, e acima de tudo, o líder que o PSD tem para se coligar com Costa. Quer isto dizer que o PSD percebe neste momento que só com Rui Rio garante a manutenção do poder. Contra António Costa ou com António Costa!

Creio que Passos Coelho percebe isto. E percebe que, se como António José Seguro insistir em resistir ao óbvio, poderá abrir a caixa de Pandora que afastará por muitos anos o PSD do poder. Posso estar enganado, mas não vejo como Passos possa estar a fazer outra coisa que não seja escolher a melhor forma de sair pelo seu pé… 

Mais que o primeiro dos últimos dias do governo, este é um ponto de viragem!

 

 

 

O buraco em que Seguro se enfiou

Por Eduardo Louro

 

Com o terceiro e último debate nas televisões, desta feita na RTP, fechou-se a página pricipal da campanha para as primárias do PS. Agora só falta votar, já no próximo domingo!

A televisão tem uma enormíssima influência em qualquer processo eleitoral, admito que mais nuns que noutros, mas não me parece que menos neste que noutros. Por uma razão decisiva: é que estes debates não são vistos apenas por quem vota neste processo, são vistos por esses e pelos outros, que irão votar nas legislativas que aí vêm, e provavelmente mais depressa do que se esperaria. Estes debates são tão mais decisivos nos resultados das primárias do PS quanto estas são mais primárias das próprias legislativas. Os que forem votar no próximo domingo vão votar no candidato com que mais se identifiquem, mas irão antes de tudo votar no que acharem em melhores condições para convencer o eleitorado do país, que assistiu aos debates...

António José Seguro estava convencido que ganharia com os debates. Não me parece fácil de perceber por quê, nada apontaria para que pudesse levar aí vantagem sobre Costa. Mas a verdade é que começou mesmo por levarvantagem. No primeiro debate, mais por demérito do adversário do que por mérito próprio - é hoje claro -, Seguro, com uma estratégia de grande agressividade que apanhou Costa de surpreza, ganhou em toda a linha. No segundo já não foi assim, nem um foi tão imprevidente nem outro tão ríspido e hoje, no último e no pior dos três, Costa deixou Seguro estendido no tapete, inanimado!

Seguro ainda tentou repetir a estratégia do primeiro debate, mas Costa estava preparado, e não teve dificuldade em defender-se e devolver-lhe os golpes: "Se tu tivesses tido um décimo da agressividade que tens contra mim na oposição a este governo, este governo já tinha caído". Mortal, como diria alguém que já não está entre nós!

Quando, em desespero de causa, deitou mão ao nome de Nuno Godinho de Matos que trazia preparado - tão preparado que, à falta de oportunidade, teve que começar por inventar uma insistência do moderador ("já que insiste ", quando não tinha havido insistência nenhuma) - Seguro enfiou-seu num buraco donde não mais conseguiu sair. Não tinha por onde, mas a verdade é que também não merecia outra coisa que ficar lá!

Novas velhas formas de fazer política

Por Eduardo Louro

 

De golpada em golpada, de habilidade em habilidade, cada vez mais populista e cada vez mais ridículo, lá vai o Tó Zé, seguro que levará a água ao seu moinho. A sua última habilidade, o coelho que tirou da cartola – a proposta de reduzir dos actuais 230 para 181 os deputados da Assembleia da República – não é apenas a face visível do populismo em que decidiu apostar. É, para além disso, a maior evidência de que perdeu definitivamente o rumo. Não sabe onde está, nem para onde vai. Nem sequer para onde quer ir!

A redução dos deputados é, como se sabe, uma medida populista que cai bem em largas faixas do eleitorado que não estão particularmente preocupadas com o que a democracia perde com isso. Com o que se perde, com a perda de representação dos pequenos partidos, na diferença de opiniões e soluções.

Mas é, acima de tudo, uma medida que, ao reforçar ainda mais os dois principais partidos, aprofunda os problemas e os defeitos do regime esgotado justamente nesses, e por esses, dois partidos. E, francamente, não sei o que é mais desprezível: se o populismo, se o oportunismo político de António José Seguro. Que não hesita em dar o braço ao PSD para uma medida que este sempre desejou mas para a qual nunca ousou avançar.

Podia ter apresentado medidas de combate ao despesismo, tantas são as áreas com evidentes e injustificáveis excessos. Mesmo na esfera dos deputados, na Assembleia da República, como, ao que se diz, a sumptuosa cantina, as falsas ajudas de custo, ou as frotas dos grupos parlamentares. Podia falar das Fundações e Institutos que afinal, depois de tanta conversa, acabaram intocáveis. Ou nas contratações pornográficas com os escritórios de advogados, que até almoços cobram… Mas não. Tinha de seguir pela via mais vil e chamar-lhe, pasme-se, uma "nova forma de fazer politica".

Será certamente a sua "forma de fazer politica". Mas não é, longe disso, uma "nova forma de fazer politica".

 

Fica-te mal, António...

Por Eduardo Louro

 

Encerraram no final da semana as inscrições de simpatizantes nos cadernos eleitorais para as primárias do PS, com números que se não forem surpreendentes não andarão lá muito longe. As notícias indicam que tenham adquirido capacidade eleitoral cerca de 150 mil simpatizantes que, com os 90 mil militantes, constituem o universo de cerca de 240 mil portugueses que vai decidir a disputa dos Antónios. 

Depois de terem faltado quatro meses, já só faltam agora duas semanas. E o que para António Costa parecia favas contadas parece agora um rabo difícil de esfolar, o que explica bem o empurrão de quatro meses que Seguro quis dar nesta data.

Com as eleições para as Federações Distritais ficou a saber-se que, pelos militantes, Seguro ganharia. Por poucos (o resultado foi de 10 contra 9 a favor de Costa - mas pode até ser invertido porque as eleiçoes de Leiria, ganhas por Costa, foram inpugnadas e parece que serão repetidas - mas o somatório geral de votos foi favorável a Seguro), mas ganharia, o que parece confirmar a tese do domínio do aparelho. A ideia que paira é que Costa ganhará no universo dos simpatizantes, mas é só isso: uma ideia que anda no ar. 

Mesmo que não pareça em causa a convicção generalizada de que Costa virá a ganhar, é hoje praticamente aceite que resultado será muito mais apertado do que o que se previa. Seguro conquistou espaço nestes meses porque foi picado, e depois de picado passou a revelar uma energia e uma acutilãncia que ninguém lhe reconheceu na oposição ao governo que, curiosamente, continuou a não fazer sem que por isso fosse penalizado. Mas, acima de tudo, Seguro ganhou com uma estratégia dual de vitimização e sacanice. Vestindo sistematicamente a pele de vítima, Seguro conquistou os corações mais sensíveis, nem que para isso tivesse e de lançar mão do seu lado mais sacana que, por sua vez, cativa ainda as mentes mais preversas. Para ilustrar esta estratégia nada melhor que o filme que acaba de fazer chegar à campanha: ele, coitadinho, planta e cuida com todo carinho um cravo que cresce, vermelho e lindo, para o vilão Costa chegar e abusivamente cortar e pôr ao peito. É de sacana!

Costa, por si, mas especialmente pelas companhias, também lhe deu um impulso significtativo, que só não será decisivo porque é atenuado pela crónica memória curta dos portugueses. É que, em cada sessão de campanha, lá estão as câmaras, impiedosas, a mostrar o que de pior o PS tem. Fosse outra a memória das pessoas e aquelas caras, de que há apenas quatro anos toda a gente se queria ver livre, bastariam para enterrar de uma só vez as aspirações todas de António Costa.

Como se ouvíssemos Seguro: fica-te mal António... fica-te mal teres essa gente ao teu lado!

 

PS: Os tribunais, mesmo sem Citius, também não estão a ajudar muito.

Serviços mínimos

Por Eduardo Louro

Costa: "Grande parte do nosso eleitorado ficou órfão"

 

Afinal o pé conteve-se um pouco, e não voltou a fugir assim tanto para o chinelo. E a roupa suja desta vez ficou em casa...

Fez bem António José Seguro em arrepiar caminho. E em emendar a mão e segurar o pé... E fez bem António Costa em preparar-se um bocadinho, depois de perceber que a coisa ontem não tinha mesmo corrido bem...

Não deu para ficarmos exactamente descansados. Ninguém, no seu perfeito juízo, pode ter ficado convencido que o país têm ali quem lhe resolva os problemas, mas - verdade seja dita - também não ficou mais desiludido do que já estava. Como as coisas estão, serviços mínimos, já não é mau de todo..

O costume, mesmo no que não é costume

Por Eduardo Louro

 

 

O primeiro dos três debates fratricidas não correu bem, como seria de esperar. Ninguém saiu a ganhar, por muito que os adeptos de cada um reclamem vitórias estrondosas, cabazadas… O costume – e não mais do que isso – numa coisa que não é costume. 

Também não serviu para esclarecer, e nem sequer para influenciar. Mas também não me parece que houvesse alguém à procura de esclarecimentos para orientar o seu sentido de voto.

Mas consegue perceber-se por que António José Seguro tanto quis estes debates. É que ele acha que é assim que se faz… E que tem muito jeito para aquilo, que sabe fazer-se de vítima como ninguém!

Vem aí mais, já amanhã. Com o pé a fugir para o chinelo, há ainda muita roupa suja para lavar... Que não cheire muito mal!

As primárias no PS

Por Eduardo Louro

 

Aproximam-se finalmente as eleições primárias do PS, uma inovação no panorama partidário nacional que, mesmo que menos entusiasmante do que à partida poderia parecer, não deixará de, mais tarde ou mais cedo, vir a alargar-se a outros partidos. De resto, razões de entusiasmo, à entrada daquilo a que se poderá chamar o período oficial de campanha, quando se multiplicam entrevistas aos dois candidatos e se vão iniciar os debates televisivos – onde, confesso, temo o pior – é coisa que não abunda por aí.

O que se está a passar no PS interessa, e muito, ao país, não fosse este um partido estruturante da democracia portuguesa, com uma contribuição decisiva para o que é hoje o país. Esteve no melhor, mas também no pior destes 40 anos de democracia, e só uma revolução, um verdadeiro furacão, o afastará do centro das decisões do país.

Passa por um período difícil, porque difícil foi também a situação em que Sócrates o deixou. Sócrates não deixou apenas o país atolado em dificuldades, deixou também o partido em estado comatoso, despido de identidade e arrebatado por teias de interesses, na maioria dos casos ilegítimos. Nessas circunstâncias, e nas do país, ao PS não estaria reservada uma simples cura de oposição, mas uma longa e dolorosa travessia do deserto, à procura do poder perdido mas especialmente da regeneração.

Era, teria de ser, esta a missão de quem sucedesse a Sócrates. Não era seguro que fosse Seguro o líder certo: faltava-lhe dimensão e estatuto moral para isso, até pelo caminho que escolheu para chegar ao poder: sempre escondido atrás dos arbustos, sem assumir convicções, e manipulando peça a peça um aparelho cujo funcionamento desde a juventude conhecia bem. E não foi!

Ao longo destes três anos Seguro foi apenas a confirmação de tudo isso, sem rompimentos de qualquer ordem, preferindo sempre o compromisso à frontalidade do confronto, arrastando sem resolver, sem chama, sem capacidade de liderança, sem carisma. Em suma – sem competências de mobilização. Com tudo isto, e com o pecado original da aprovação do Tratado Orçamental – o seu maior erro político, logo a abrir – a Seguro era impossível sequer fazer oposição, quanto mais regenerar o partido.

Pensou que, como fizera para ganhar o partido, para chegar ao poder lhe bastaria manter-se quieto. Que não teria que fazer nada, que o determinismo da alternância faria tudo. Por isso nunca deixará de ver no desafio de António Costa – que julgava atado à sua estratégia de compromisso – outra coisa que traição, mesmo que tenha percebido que todos percebemos que foi o seu desempenho que empurrou as ambições de António Costa para uma decisão que, perante o partido, mas também perante o país, não poderia mais adiar.

Foi certamente por isso que tratou de empurrar o calendário para a frente. Quatro meses depois já pouca gente se lembraria das reais circunstâncias que determinaram a disputa da liderança. Seriam mais quatro meses em que não faria oposição – agora com justificação – mas faria de vítima, no que é verdadeiramente especialista. E sempre lhe poderia dar tempo para – quem sabe? - tirar algum coelho da cartola, como porventura a separação entre política e negócios…

Não é novidade nenhuma que António Costa não se demarcou, antes pelo contrário, da chamada tralha socrática. Dificilmente, por isso e por outras razões, poderá regenerar o partido, mas será certamente ele a devolver-lhe o poder. Percebe-se por isso o entusiasmo das hostes socialistas, como se percebe, até pela reduzida adesão às inscrições nos cadernos eleitorais, que os portugueses não vêm razões para grandes entusiasmos. António Costa será capaz de promover a alternância, mas isso já não basta. Isso é deixar tudo na mesma, são apenas outros a fazer a mesma coisa, mesmo que às vezes por caminhos diferentes…

 

 

Última hora: confirma-se a pulhice

Por Eduardo Louro

 

Nada de novo na reunião da comissão política do PS. Confirma-se a pulhice: Seguro acaba de apresentar a proposta para realizar as primárias em 28 de Setembro ou 5 de Outubro!

Vista esta proposta, mesmo que apresentada à noite, à luz do dia de hoje, quer dizer, tendo em consideração o que está na ordem do dia, dir-se-ia que é uma irresponsabilidade. Que Seguro é um irresponsável!

É verdade que sim, mas é também a confirmação da pulhice. Não sei se todos os pulhas são irresponsáveis. Seguro pode não ser, mas está um pulha irresponsável!

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