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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Fim de festa?

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Temos todos a ideia que o chico-espertismo é coisa portuguesa. Com certeza. E nos negócios, com mais certeza ainda.

Na Altice - tinha de ser! - há um português. É o senhor Armando Pereira, que até já abriu uns "call center" lá na terra. 

A Altice de Armando Pereira comprou, há mais de três anos, a PT, e está em processo de compra da TVI, com a benção de Carlos Magno. Como já comprara a ONI e a Cabovisão. Compra tudo, com habilidades e com dívida. Numa palavra - chico espertismo!

Da habilidade de impôr o nome e a marca Altice para depois cobrar royalties por isso, já aqui falamos. São cerca de 50 milhões de euros por ano. De outras habilidades, como as que têm por objecto os trabalhadores, vamos sabendo todos os dias, mesmo que delas pouco se fale.

A dívida, essa já vai nos 50 mil milhões de euros, e a isso é que a Bolsa não está a achar grande piada. Em pouco mais de uma semana a empresa perdeu metade do seu valor em Bolsa... Cheira a fim de festa...

Mas não foi apenas com chico-espertismo que a PT morreu às mãos de Ricardo Salgado, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, e foi a enterrar pela Altice, em cerimónias fúnebres presididas pelo anterior governo...

 

 

A ironia de um ciclo

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É sempre assim. Há sempre alguém que faz um esforço enorme para atingir um objectivo e ... corre mal. Logo a seguir, sem o menor esforço, traquilamente, outro qualquer estica a mão e agarra-o.

Todos nos lembramos do esforço de Sócrates para que a PT abarbatasse a TVI. O que o homem fez, pelo que teve de passar... Agora, sem qualquer sinal de esforço, na maior das tranquilidades, aí está a TVI - mais que a TVI, a Media Capital toda, embora já sem as acções da União de Leiria - nas mãos da PT. Que já não se chama PT, e tem agora o afrancesado nome de Altice.

Pelo qual a ex-PT já paga royalties. Sim, porque, tal como nos almoços, também não há nomes grátis. E para duplicar a receita, e ajudar a compor a carteira para ir às compras, vai passará a pagá-las também pela utilização da marca, logo que a mesma Altice substitua a marca MEO. Mas aqui não há nada a dizer, toda a gente percebe uma estratégia de marketing que entra pelos olhos dentro: substituir uma marca desconhecida e sem qualquer notoriedade, como é o caso da MEO, por outra com a força e a imagem avassaladora que a Altice tem no mercado!

Os ciclos abrem-se e fecham-se. Não deixa de ser irónico que o ciclo da destruição da PT se tenha iniciado com a tentação da TVI, e se esteja a fechar com a sua aquisição.

Cada um é para o que nasce

Por Eduardo Louro

 

O Ministério Público está a investigar o(s) negócio(s) da PT que a levaram à ruína. Tudo começou com a venda da VIVO à Telefonica, se bem se lembram. E depois veio a OI, e o descalabro. Pelo meio, tudo o que serviu para a classe política se prostituir nos negócios... Nesses e noutros, ainda sem investigação...

Mas nesses sabe-se que houve envolvimento pessoal de Sócrates - e nos outros também, Sócrates estava em todas - e de Lula da Silva. Por cá, Sócrates está preso. Por lá , sabe-se que Lula da Silva não está nos seus melhores dias, e que está presa gente que lhe é muito próxima, como  José Dirceu e Octávio Azevedo, já detidos  no âmbito do escândalo “Lava Jato”.

Quem está fora disto é Passos Coelho, que garante que Lula nunca lhe meteu cunha nenhuma. E que, da sua parte, se limitou a manifestar-lhe a estranheza por nenhuma empresa brasileira surgir interessada nas privatizações em Portugal.

Está visto que cada um é para o que nasce. E Passos nasceu para isto: o seu negócio é privatizações!

 

 

E passou a haver coisas para contar na comissão parlamentar de inquérito (X)

Por Eduardo Louro

 

 

A Henrique Granadeiro seguiu-se, na Comissão de Inquérito Parlamentar ao BES, Pacheco de Melo, o administrador financeiro – CFO, como eles gostam de dizer – da PT. Que sabia algumas coisas e tem alguma memória – muito boa mesmo, como chegou a referir.

E a memória dele choca com a história de Granadeiro. E ajuda-o a contrariar o anterior Presidente do Conselho de Administração, que ontem assumiu a responsabilidade por apenas 200 dos 900 milhões de euros torrados no GES. Pelo contrário, segundo Pacheco de Melo, só não é responsável por 200. É responsável por 700 milhões. Com Zeinal Bava, que também ao contrário do que disse – ou do não disse? – teve conhecimento de tudo.

O CFO – que se mantém ainda na PT – diz que apenas foi moço de recados de Granadeiro, tratando das coisas no BES com Morais Pires, moço de recados de Ricardo Salgado. Que tratava de tudo com Granadeiro e Bava!

Nem por isso ficam menos graves as confusões de Henrique Granadeiro com a História de Portugal, a que ontem recorrera para, na sua relação com os accionistas da PT, se equiparar a Egas Moniz. Que deu por primo de Afonso Henriques, a quem se teria penitenciado pelo que grantia ter sido a sua única falha ("Desta vez falhei, mas em todas as outras cumpri"). A História de Portugal registou Egas Moniz como aio de Afonso Henriques, nunca como primo. E dela não consta que se tenha penitenciado perante o primeiro rei de Portugal de coisa nenhuma. Foi descalço e de corda ao pescoço até Toledo, acompanhado da sua esposa e filhos, para colocar a sua vida e a dos seus ao dispor de Afonso VII, rei de Leão e Castela, pela falha de Afonso Henriques. Que quebrou a vassalagem jurada sete anos antes, para colocar fim ao cerco de Guimarães. 

Mas como é que estes gestores podem conhecer a História de Portugal se não conhecem as suas próprias pequenas peripécias? 

 

Apanhado pelo clima

 Por Eduardo Louro

 

Que me tenha apercebido, a primeira reacção de um membro do governo às decisões do dia de ontem veio de Pires de Lima, em Davos.  O que não admira. Para Passos Coelho, a intervenção do BCE na compra de dívida era um disparate, e o governo não tem nada a ver com o que se passa na PT.

Como não podia deixar de ser Pires de Lima aplaudiu entusiasticamente a medida do BCE, o que não deverá causar grandes embaraços a Passos Coelho. E não foi menos entusiasmada a reacção que dispensou à decisão da assembleia Geral da PT, exaltando até o valor da oferta da Altice - por acaso inferior ao da venda que a mesma PT fez à Telefonica, aqui há anos, no verdadeiro ínício do fim, de uma simples participação na Vivo - e aproveitando para voltar a dar nas orelhas da anterior gestão da empresa.

Até aí tudo bem, até porque só se perdem as que cairem no chão... Só que fez isso através do elogio precoce, infundado e suspeito à futura gestão francesa da PT. Que, e aí está a estocada, não vem para cá para fazer investimentos no futebol...

Não faço ideia do que tenha sido o retorno do investimento da PT no futebol. Sei, mesmo que daí nada releve, que foi o seu principal concorrente quem, cá no país, abriu a entrada no futebol. Sei também, e mesmo que também daí nada volte a relevar, que muitas congéneres pelo mundo fora investiram no futebol. E sei, e isso sim é o que releva, que ele próprio, no seu anterior emprego, decidiu também investir no futebol. E só não terá investido tanto como a PT, que sponsorizou os três grandes, porque se ficou pelos dois mais pequenos dos três. Não sei se o que parece, é. Mas um é o seu e o outro é da área da sede da empresa que lhe entregaram para gerir. Com ou sem investimentos em futebol!

É de todo evidente que deveria ter batido com outro instrumento, mas há muito que percebemos que há um certo clima que insiste em atingir sucessivamente os nossos ministros da economia. Apesar de tudo, e da boa imprensa em particular, Pires de Lima não deixa de ser mais um apanhado pelo clima. E não é por andar a dizer que ja se podem baixar impostos...

Day after

Por Eduardo Louro

Ontem foi dia de grandes decisões.

Em Frankfurt, Draghi anunciou o euromilhões, a basuca ou, mais prosaicamente, simplesmente lançou mão da última arma de estímulo monetário. Tarde, depois de já não ter por onde mexer nas taxas de juro, mas também superando as expectativas, anunciou um programa de compra mensal de 60 mil milhões de euros de dívida soberana (88%) e privada (12%), durante, pelo menos, 19 meses. 

Em Lisboa, a Oi (e os outros grandes accionistas) levou a melhor sobre o país, os pequenos accionistas e até o Presidente da Assembleia Geral, na decisão de vender a PT à Altice.

Hoje sentem-se as primeiras consequências. Que não deixam de ser curiosas: as acções da PT valorizaram mais 20% (40% em dois dias) e, a contar já com a desvalorização do euro, anunciam-se aumentos dos combustíveis já para a próxima segunda-feira!

Curiosidades ... Ou mais que isso?

Por Eduardo Louro

 

Em todas as últimas privatizações, todas as administrações das empresas objecto de privatização estiveram invariavelmente de acordo com o modelo de privatização escolhido pelo governo. Em todas as últimas privatizações, as administrações das empresas objecto de privatização asseguraram a sua continuidade na gestão das empresas privatizadas...

 

Terra Peregrin

Por Eduardo Louro

 

Há coisas assim... E há pessoas assim, que conseguem fazer coisas assim: uma empresa criada na passada sexta-feira, já enchia as páginas dos jornais no domingo!

A OPA até pode nem dar em nada, mas ... Que campanha publicitária daria tamanha notoriedade à Terra Peregrin? Quanto custaria?

Notável. O que é possível fazer com um daqueles nomes da lista da "empresa na hora"!

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