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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

A dúvida anda no ar: remodelação ou implosão? Será que o governo está mesmo para cair - de maduro para uns, de podre para outros - ou será que Passos Coelho está para dar ouvidos ao parceiro de coligação, e vai proceder à remodelação? Devolvendo o Álvaro à procedência, eventualmente com a incumbência de criar a confraria do pastel de nata no Canadá...

Relvas, bem se sabe, é apenas a outra face de Passos Coelho. Um não pode ser remodelado sem o outro, e o primeiro-ministro não o pode ser… Logo, Relvas, queira ou não queira o CDS, não será remodelado!

Se calhar é por isso que o ministro Crato guarda/esconde os resultados da investigação à famosa licenciatura de Relvas - que pediu à IGEC (Inspecção Geral da Educação e Ciência) há perto de um ano - desde meados de Janeiro… E que diz agora que está para os divulgar em breve!

Pois…também pode ser o Nuno Crato a acompanhar o Álvaro… Ou pode cair tudo!

Nem esmolas nem IVA a zero são solução

Pesquisar - XXIII Governo - República Portuguesa

As medidas anunciadas pelo governo para mitigar a inflação são o que são, e dificilmente poderiam ser outras. Por várias razões, que vão do "marketing político" à realidade do país.

Enquadram-se em três categorias, à partida as únicas possíveis - salários, apoios sociais e fiscalidade. As categorias são as certas. São estes os três pilares que sustentam a decência dos Estados e das sociedades. Salários e fiscalidade, como agentes de redistribuição do rendimento, e apoios sociais como agente de coesão. Nas medidas, na sua extensão, na sua interacção com a realidade do país, e na sua eficácia é que está o busílis. 

Nestas medidas a fiscalidade não cumpre a sua função. Deixou de fora o rendimento, e ficou-se pela taxa zero de IVA nalguns produtos alimentares. Uma medida de duvidosa eficácia, seja pela regressividade (abrande todos de igual forma), seja pelo risco de ser rapidamente "engolida" pela dinâmica inflacionista, mesmo dando de barato que o compromisso estabelecido entre o sector da distribuição e o governo é para valer, e que o Estado tem condições para velar pelo seu cumprimento. Todos têm consciência disso. Mas todos também sabem, e o governo mais que ninguém, que é central em "marketing político". 

Por isso, porque no actual momento o governo precisa de "marketing" para controlar os danos, como os portugueses de pão para a boca, é que António Costa e Medina não se importaram muito com o ridículo das contradições que caíram, ao anunciar uma medida que repetidamente tinham renegado, com a justificação, ainda por cima acertada, de que não resultaria. 

A fiscalidade teria  cumprido a sua função se tivesse incidido no IRS. Mas não teria, nem de perto nem de longe, o mesmo impacto político. Até porque, pelo eterno problema dos baixíssimos rendimentos e da pobreza, milhões de portugueses já não pagam IRS. 

Nos apoios sociais as medidas ficam-se nos 30 euros mensais, com mais 15 por criança, em certos casos, para as famílias mais carenciadas. É alguma, mas muito pouca coisa para tanta necessidade. 

Não é esse, ainda assim, o maior dos dramas. Esse é o de, entre as famílias mais carenciadas, estarem pessoas que trabalham. Milhões de pessoas que não retiram do seu trabalho um salário suficiente para lhe garantir sequer a subsistência. 

Esse é o drama do país. O trabalho e o salário terá de ser a solução. Os apoios sociais terão de se destinar a quem tem o infortúnio de, querendo, não poder trabalhar.  Não há sociedades sem pobres, o que não é aceitável que quem trabalha seja pobre. E isso, sendo agora agravado, não surgiu com a inflação. É estrutural na economia e na sociedade portuguesa, e não se resolve nem com esmolas nem com IVA a taxa zero!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Cinco mil milhões de euros, vivinhos, em notas, passearam hoje no Chipre. Não em carros blindados, mas em camiões vigiados por terra e ar por gente fortemente armada.

Chegaram de barco, provenientes da Alemanha – pois claro, eles é que são os donos da bola – e tinham por objectivo fazer com que não faltassem notas, hoje na reabertura dos bancos. Que estavam mesmo vazios!

O estado da relação

Juntos na República Dominicana, Costa e Marcelo trocam elogios

As medidas anunciadas no final da semana pelo Ministro das Finanças, mais a Ministra da Presidência e mais a Ministra do Trabalho e Segurança Social, e menos a Ministra da Agricultura, contra a inflação e as suas consequências nos rendimentos - boas, más ou assim-assim, para o caso não importa - foram arrasadas pela oposição. Da direita à esquerda.

"É pouco, e tarde de mais" - dizem. Só que, desta vez, e depois do "retiro de reconciliação nupcial" nas Caraíbas - como lhe chamou o Ricardo Araújo Pereira -, o Presidente Marcelo calou de imediato a sua gente, sentenciando que "são bem tomadas no momento adequado".

Mas se, nesta altura, esta declaração, dá sinais que o retiro nas Caraíbas, com noite extra no Luxemburgo, fez bem ao casal desavindo, o que dizer do que desdisse Marcelo sobre a "maioria requentada" e as fraquezas e cansaços de Costa, agora já cheio de genica e em plena forma? 

Poderia dizer-se que, no "bem bom", os casais são assim e esquecem todas as "facadinhas". Poderia também dizer-se que há casais assim - que nas costas dizem tudo e, cara a cara, já dizem que não disseram nada. Ou que há relações que se alimentam de pimenta...

Mas poderá ainda não ser nada disso, e ser apenas o Presidente a ser o Marcelo de "uma no cravo, outra na ferradura". Ou o cata-vento que o outro lhe chamou, aqui há uns anos...

 

 

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Também vi, claro. Era o grande happening televisivo. Quem é que não viu?

Também assisti, no me toca sem ponta de saudades, a este regresso de Sócrates. E achei-o na mesma, igual a si próprio, sem qualquer cedência à sua narrativa. Ele, que disse estar ali para combater uma narrativa, a que chamou de narrativa …única.

É isso, não há factos. Apenas narrativas. É este também um dos nossos grandes problemas: tudo se resume à narrativa! A uma, a outra ou a outra ainda…

Fora disso, da narrativa e da manipulação de factos e números – arte em que sem dúvida é mestre – apenas uma tareia, diria mesmo um enorme tareão, no Presidente da República. E aí, a sério, acho que só se perderam as que caíram no chão

De resto, narrativas e manipulação à parte, o mesmo Sócrates de sempre, com a mesma crispação de sempre, e a mesma arrogância de quem nunca erra. Que diz assumir as suas responsabilidades mas que é incapaz de admitir uma única. Um único erro: ter constituído um governo minoritário! Que, evidentemente, põe ao serviço de outra das suas especialidades: a vitimização!

Um Sócrates em forma, mesmo que  por duas vezes lhe tenha saído um “é pá” a deixar perceber ainda alguma falta de lubrificação.

No que me parece que esta entrevista falhou foi na sua vertente de marketing. É que, se tinha também por objectivo funcionar como instrumento promocional – e eu acho que tinha - do seu novo espaço de comentário semanal, a estrear já na próxima semana, parece-me que falhou. No fim da entrevista acho que já estávamos todos fartos de Sócrates, e sem grande vontade de o passar a seguir todas as semanas!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, disse que as críticas feitas à Alemanha se devem "à inveja" dos outros países. Que é como na escola, os que têm mais dificuldades têm inveja dos que têm melhores resultados…

Sobre o Sr  Schauble já quase tudo foi dito. Se calhar faltará dizer que o ministro das finanças alemão tem mentalidade de sopeira. É o que eu digo, com todo o respeito pelas sopeiras, a quem só não peço perdão porque me parece que já não as há!

Que seja ignorante, que pense como uma sopeira, poderia ser um problema dele. E, vá lá, dos alemães… Infelizmente não é. É um problema nosso… e grande! É gente desta - gente extraordinária - que manda na nossa vida, no nosso futuro e no futuro dos nossos...

E lembrarmo-nos nós que está agora a fazer 60 anos que foi perdoada a dívida à Alemanha...

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

Bruno de Carvalho ganhou as eleições e é o novo presidente do Sporting!

Não faço ideia se será o Vale e Azevedo do Sporting, nem sequer se serão muitos os pontos de contacto entre estas duas personagens. Lá que parece haver um lado obscuro – ou mesmo mais - em Bruno de Carvalho, parece. Que há coisas que se não percebem, há. Que há ali populismo – mesmo que mais bem embrulhado que o de Vale e Azevedo -, há!

Mas, se a lógica não fosse uma batata, não poderia ser outro a ganhar as eleições para a presidência da agremiação de Alvalade. Nunca poderia ser o José Couceiro que praticamente todas as sondagens davam como certo. Por uma razão simples: o Bruno de Carvalho tinha tido há dois anos praticamente o mesmo número de votos de Godinho Lopes. E mais votantes, que dois anos depois garantiam ainda mais votos!

Ao longo destes dois últimos anos da presidência de Godinho Lopes o Sporting teve um percurso muito idêntico ao do país: sempre a correr para o abismo, com cada mês pior que o anterior. Godinho Lopes rivalizou com Passos Coelho na asneira, no disparate e na profundidade do buraco que foram cavando. Bruno de Carvalho, mesmo que não fizesse nada, mesmo que se mantivesse imóvel, ganharia só com o péssimo desempenho do seu antigo adversário. Acresce que a guerra civil estalou em Alvalade, mas não foi por ele. Sempre se manteve fora da cena de guerra em que o Sporting se foi afundando, nunca alimentando publicamente o que quer que fosse. Manteve aquilo que se convencionou chamar de postura responsável, sem desperdiçar os votos que lhe vinham cair às mãos.

Bruno de Carvalho partiu para estas eleições com a sua base de votação de há dois anos significativamente reforçada, não partiu apenas com os seus de 35%. Era um patamar de saída virtualmente imbatível, mesmo que a campanha eleitoral lhe corresse muito mal. O que nem sequer foi o caso!

José Couceiro, dado como o candidato da continuidade, isto é, aquele que seguraria o status quo muito assente na feira de vaidades em que a aristocracia leonina transformou o clube, partia como herdeiro dos votos de Godinho Lopes. Só que Godinho Lopes não deixava herança, tudo tinha sido desbaratado!

Os resultados das eleições no Sporting só podiam ser os que foram. Na dimensão da crise que tomou conta de Alvalade não poderia sair outra via que não a revolucionária. O problema é que, das revoluções, só se sabe como começam…

Até aqui, até aos resultados desta noite, tudo era previsível. A imprevisibilidade vem a seguir!

O algodão não engana

Jerónimo Martins com lucros de 419 milhões de euros nos primeiros 9 meses  do ano - Comércio - Jornal de Negócios

A malta liberal que enche os espaço mediático não se cansa de dizer que o que se passa nos preços dos bens alimentares não tem nada a ver com as margens das empresas de distribuição. Dizem até que os lucros dessas empresas caíram. 

Elas, essas empresas, pela voz dos respectivos CEO´s ou pela do Presidente da respectiva associação, juram a pé juntos que não. Que até baixaram margens.

A Jerónimo Martins apresentou ontem publicamente as contas do ano passado. "Dizem" elas que as vendas cresceram 21,5%. Bate certo com tudo o que se tem sabido. Sabe-se que os portugueses têm cortado na alimentação. E sabe-se que a inflação nesses produtos não anda abaixo dos 23%. Isto é, o Pingo Doce vendeu menos - os portugueses têm cortado na alimentação - mas, com a inflação, vendeu mais 21,5%. E "dizem" que os lucros cresceram 27,5%. Isto é, cresceram mais que as vendas. 

Portanto, os lucros não caíram, como apregoa aquela malta nas televisões. Subiram. E, subindo mais que as vendas, é difícil, para não dizer impossível, admitir que as margens não tenham subido. E muito. Ao contrário do que dizem as figuras do sector, que garantiam tê-las baixado.

Lembram-se do anúncio do teste do algodão?

O algodão realmente não engana. Já esta gente, não faz outra coisa. E toma-nos por parvos!

Há 10 anos

RECORDAR O NO RECORDAR, ESTA ES LA CUESTIÓN | Alas de escritor

A temperatura política subiu bem mais que a meteorológica nesta parte final da semana. E não teve nada a ver com a chegada da Primavera, o equinócio não trouxe nada de novo ao nível das condições climatéricas.

É a moção de censura ao governo que o PS – o antigo Partido de Soares, que foi Partido de Sócrates, e é agora Partido de Seguro – anunciou ao final da noite da passada quinta-feira, anúncio solenemente confirmado ontem no Parlamento, na discussão quinzenal com o governo que, evidentemente, mais faz subir o mercúrio do termómetro político do momento. Sabe-se qual é o destino de uma moção de censura a um governo que dispõe de maioria parlamentar, e nessa medida há sempre alguma dificuldade em desenquadrar a decisão de uma daquelas medidas folclóricas que fazem parte do jogo político. Não servem para nada mas têm significado político: os media animam-se, os comentadores excitam-se e os políticos levam-se a sério!

A anunciada moção de censura do PS é tudo isso e ainda mais alguma coisa. António José Seguro apresenta-a exactamente no registo que, no passado, utilizou nas suas abstenções violentas dos dois orçamentos anteriores. Ou no que usou para a violenta declaração do seu voto de aprovação do tratado orçamental imposto por Merkel, aquele que impõe o défice zero. Défice que Portugal não consegue baixar dos 5%, nem depois de secar os bolsos dos seus pobres contribuintes, nem de esgotar a imaginação com artifícios contabilísticos, mas que, pelas mãos desta maioria e do PS, foi o primeiro, pela ratificação do tratado, a comprometer-se a anular.

É por isso que Seguro anuncia a apresentação da moção de censura sem anunciar a data da sua apresentação. Uma moção de censura para data incerta, que denuncia a pressa – gato escondido com rabo de fora - com que foi decidida. Recordando o soundbyte de Seguro de há dois meses atrás - Qual é a pressa? – dir-se-á que a pressa veio de Sócrates. Diria que, gerido o dossiê António Costa, o regresso de Sócrates obrigou Seguro a mexer-se!

E é também por isso que, enquanto anunciava a moção de censura para daqui a umas semanas, Seguro tranquilizava a troika. Que a moção de censura não punha em causa qualquer compromisso, que tudo seria integralmente respeitado!

O problema não está, evidentemente, se o PS poderia dizer o contrário. O problema está apenas no simples facto de que não há solução para o país sem rever ou renegociar os compromissos assumidos. E que o PS, apenas porque anunciara uma moção de censura inconsequente, não precisava nada de ir a correr para a troika com juras de amor e fidelidade eternos!

O anúncio da moção de censura sem data está para a abstenção violenta na votação do orçamento como a carta logo enviada à troika está para a votação do tratado orçamental. Tudo na mesma, portanto!

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