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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Entretenham-se, meninos entretenham-se...

 

 

 

Resultado de imagem para reestruturação da dívida

 

PS, saliento, Partido Socialista, e Bloco apresentam hoje um estudo com uma proposta para a reestruturação da dívida, sem fazer grandes ondas. Nada de cortes em dívida nenhuma, apenas alargar prazos e reduzir taxas de juro, mas sempre sem tocar, nem com uma pena, na dívida do FMI. Nem da que está em posse de particulares.

É obra de geringonça, sem dúvida. Onde o PS continua a seguir viagem; o governo é que nem está já aí...

 

Logo eu, que nem sou de palavrões...

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É notável como, tão pouco tempo depois, tantos "mijam" em cima das "convicções"  de Passos, Portas e companhia limitada. Tão pouco tempo depois está demonstrado que destruir o país foi uma opção. Que havia alternativas, e que a TINA era apenas a puta de serviço.

Ou como, em tão pouco tempo, reestruturar a dívida é mesmo a grande prioridade do país... Dá vontade de começar para aqui a soltar palavrões e de não parar mais.

Uns enganam-se. Outros, não!

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Depois de terem proibido que se falasse em reestruturação da dívida, de devidamente instalado o dogma da austeridade, e de em nome dessas criminosas mentiras se ter destruído um país, o sacro FMI vem agora dizer que foi tudo errado. Não diz que não teve nada a ver com isso, diz que se enganou...

Por cá só temos uma certeza: aos que cá dentro nos fizeram isto, aos fundamentalistas que deixaram o país neste estado, nunca ouviremos dizer nada que se pareça com o que o FMI agora diz. Esses, mesmo com a realidade à frente dos olhos, e vendo que nós vemos que eles estão a ver, continuam por aí a falar de saída limpa...

E boa parte de nós a votar neles...

 

E agora?

Por Eduardo Louro

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Primeiro foi Mme Lagarde. E logo os do costume saltaram a dizer que a senhora só falava assim porque colocava o FMI de fora. A senhora continuou a insisitir que agora vê claramente visto o que antes não conseguia enxergar... E que até já vê os credores a aproximarem-se, e a verem como ela vê.

Depois, Mario Draghi. Esse mesmo... Até já manda calar Schauble, e não tem dúvida nenhuma que é necessário aliviar a dívida grega

Então, e agora? 

E os gregos falaram...

Por Eduardo Louro

 

... De democracia sabem eles, foi lá que nasceu, há muitos, muitos séculos. E por isso valeu a pena ouvi-los, afinal o impossível é possível, o irremediável pode ser remediado, e o inevitável pode ser evitado. 

Há gente assustada por esta Europa fora. Por cá ainda não se notou muito mas, em Espanha, Rajoy está cheio de medo. Eles lá sabem por quê... Não será certamente por se falar em fim da austeridade, porque já toda a gente percebeu que esse caminho é errado. Nem por se falar em renegociar a dívida, porque toda a gente está farta de saber que uma dívida como a grega (também a portuguesa, mas é da Grécia que estamos a falar) que representa180% do PIB não é pagável. Esteja ela nas mãos de quem estiver...

E, agora que os gregos falaram, sem medo das muitas pressões e chantagens que sobre eles quiseram exercer, a expectativa é grande. Porque não basta ter alternativas, é preciso implementá-las e executá-las.

Para já, o Syriza foi rápido na resposta ao desafio de formar governo, apresentando em poucas horas uma solução de governo. A dois deputados da maioria absoluta, Alexis Tsipras conseguiu em poucas horas construir com um partido de direita, nacionalista e eurocéptico - os Gregos Independentes (ANEL), que elegeu 13 deputados - uma improvável (ou talvez não) solução de governo. 

O próximo desafio é contrariar a ideia que a esquerda moderada instituiu por todo o lado segundo a qual, chegada ao poder lhe, um banho de realidade impede o avanço das suas propostas eleitorais e ideológicas. Se o Syriza for bem sucedido acabará de vez com o alibi da tradicional esquerda de poder, obrigando-a a escolher entre a reconversão e o desaparecimento!

 

 

Podia ser mentira, mas não é!

Por Eduardo Louro

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Oficias superiores das forças armadas assinam petição que saiu do Manifesto dos 70São já algumas dezenas de oficiais generais e oficiais superiores das Forças Armadas que assinaram a petição "Preparar a reestruturação da dívida para crescer sustentadamente", que saiu do Manifesto dos 70 e vai entrar na Assembleia da República. 

A onda vai crescendo. É isso que assusta...  E não é mentira!

 

De cabelos em pé!

Por Eduardo Louro

 

Agora são estrangeiros. Aí está mais um grupo, também de 74, mas agora personalidades estrangeiras, reputados economistas de vários quadrantes profissionais, a apoiar o manifesto sobre a reestruturação da dívida. E a pôr os cabelos em pé ao governo! 

Curiosa a reacção do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes:"A única questão que pode ter relevo aqui é se alguma dessas entidades é credora. Se não forem credores internacionais, a opinião internacional para uma matéria como esta não parece que seja de muito relevo para o nosso país. Se forem credores com certeza que seria importante"...

Pois... Não interessa nada...

O que está em causa

Por Eduardo Louro

 

Como aqui referi na altura, o chamado manifesto dos 70, tinha o grande mérito de trazer para a discussão pública a questão da reestruturação da dívida. De, como então dizia, tirar o tema da clandestinidade, ou do gueto em que o tinham enfiado.

Constato agora que teve ainda outros méritos. Teve o mérito – que não é grande, diga-se – de mostrar que António José Seguro não existe. O que não sendo novidade nenhuma - já toda a gente o sabia - não deixa de ser relevante, porque revela a forte limitação estrutural do regime. Quando numa matéria destas, em que até um tal José Gomes Ferreira faz figura de (parvo) gente grande, e não se ouve o líder do maior partido da oposição, percebe-se o bloqueamento do regime!

Mas teve, acima de tudo, o mérito de desmontar o grande trunfo deste governo e de toda a sua vasta entourage: a tese da inevitabilidade. O governo e todo o seu regimento mediático introduziram e exploraram até ao tutano a tese da inevitabilidade. Tudo o que fazia era inevitável, nunca havia alternativa, era assim e só assim podia ser… Viesse quem viesse, não havia volta a dar… Tudo estava escrito (no programa) nas estrelas, nada a fazer…

Pedro Passos Coelho, sendo ou não o mentor da tese, era o seu maior intérprete. Todos os dias, em todas as circunstâncias, lá estava ele com a bandeira da inevitabilidade bem erguida. Daí que tenha acusado o toque. E reagiu mal, se bem que depressa, na tentativa desesperada de salvar aquele que era o seu maior, se não único, trunfo. A seu cargo, e a cargo das principais figuras do seu governo, com Pires de Lima à cabeça, ficou o ataque à credibilidade da ideia. Reestruturar a dívida já não era exactamente uma coisa de perigosos e irresponsáveis radicais de esquerda, mas era um enorme disparate, especialmente nesta altura, a dois meses do fim do programa de resgate… A cargo do seu exército mediático ficou, mais uma vez, o trabalho sujo. Simples: para descredibilizar a ideia, e como o memorando era subscrito por gente de todos os quadrantes políticos, incluindo os próximos do poder, uns mais respeitados que outros, mas tudo gente de peso, era preciso começar selectivamente a descredibilizar os subscritores.

A malta pôs mãos à obra e tem sido um ver se te avias, um fartar de vilanagem, com o já referido José Gomes Ferreira a salientar-se pelo esforço e dedicação!

A força deste memorando reside, em primeira análise, na forma como deixa claro de que há na sociedade portuguesa o entendimento que há alternativas a esta política de destruição económica e social. Que há opções a fazer, e que podem ser feitas. E que é esta a melhor altura para as fazer!

É evidente que ninguém de bom senso poderia esperar que o governo, este ou qualquer outro, viesse aplaudir o manifesto. É evidente que aquilo que o manifesto propõe não é matéria para, à partida, ser tratada na praça pública. Só que, como também é evidente, vem para a praça pública, e pelas mãos de quem vem, pela simples razão de, contra todas as evidências, não ser opção (recatada) do governo.

E não o é por razões ideológicas e por objectivos de agenda. O governo não desconhece, como de resto a União Europeia também não, que a dívida não é pagável nestas condições. Que a economia não só nunca crescerá em termos de responder ao seu pagamento como nunca resistirá à asfixia dos juros, que são já a primeira despesa do Estado. O governo não desconhece que a manutenção ilimitada de políticas de austeridade, durante décadas e décadas, destrói todo o tecido social.

O governo e esta direita no poder sabem tudo isso. Mas também sabem que foi tudo isso que permitiu baixar salários de forma generalizada, degradar serviços públicos para abrir espaço para interesses privados, destruir a classe média e engrossar as camadas mais frágeis e mais dependentes da sociedade… Resumindo: subverter a política distribuição de rendimentos. Afinal, com o PIB a cair todos estes anos, os mais ricos ficaram mais ricos. O país produziu menos riqueza, mas isso não impediu que os mais ricos ficassem ainda com mais…

É isto que está em causa!

 

Uma questão de relação

Por Eduardo Louro

 

Poderia não ter havido nexo causal, mas afinal sempre havia alguma relação entre o presidente e o manifesto para a reestruturação da dívida. Se não havia, há!

Dois dos subscritores eram colaboradores de Cavaco. Eram, já não são: Sevinate Pinto e Vítor Martins, consultores de Cavaco para a Agricultura e para os Assuntos Europeus, foram já hoje exonerados... Já não têm qualquer relação com Belém. Mas mantêm-na com o manifesto, como cada vez mais gente!

 

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