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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Soma e segue

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Enquanto, com o resgate do mais velho banco do mundo, os italianos começam agora a saber o que a vida (dos banqueiros) custa - coisa em que nós vamos muito à frente -, parecendo que têm ainda muito para aprender, o banco que dá emprego a Durão Barroso continua a mostrar que a sabe toda. E a explicar por que dá emprego aos Barrosos deste mundo: é simples, é fácil e dá milhões. Muito mais que os euromilhões: ganham centenas de milhares de milhões com as vigarices - manipulação com transações falsas e relatórios forjados - que todos nós pagamos. Por conta deles ficam os trocos que pagam em multas...

 

Mais um...

 

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Mais um. Alemão, como não podia deixar de ser. E fatalmente comissário europeu... Da energia, sabe-se agora. Não é Schauble - esse não seria mais um. Seria mais uma... Vez, evidentemente. E esse não é comissário, embora mande mais que qualquer um.  Presidente incluído. É ministro. Das finanças, e não está nada preocupado com o Deutsch Bank...

Chama-se Günther Oettinger e ao que se diz veio a Lisboa para falar dos desafios e das oportunidades do mercado europeu digital. Mas não falou em nada disso, se calhar porque não sabe nada disso. O homem sabe é de energia, por que raio o chamaram para falar de digital?

Se calhar também não sabe muito de energia... Às vezes as coisas não correm assim tão bem, e trocam-lhes as pastas. O homem sabe é de resgates: ele é um resgatador. Um súper herói. Que também não sabe nada de bancos!

 

Fantasmas e ingenuidade

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Em entrevista ao Jornal de Negócios, Maria Luís Albuquerque, induzida a responder que as actuais circunstâncias da situação económica e financeira do país estariam a abrir as portas a um novo resgate, foi peremptória a demarcar-se da resposta armadilhada: "não colocaria a questão nesses termos".   

Em entrevista á CNBC, questionado directamente sobre a hipótese de um novo resgate, Mário Centeno respondeu "fazer tudo o que for necessário para evitar que Portugal tenha um segundo resgaste". E para que não restassem dúvidas, completou assertivamente: "É a minha principal tarefa" ...

Mais que a  ingenuidade política de Mário Centeno, que explica por que é que Costa lhe dá tão pouca importãncia e não raras vezes o deixa mesmo em situações embaraçosas, o que salta à vista é a pressão á volta do Orçamento de Estado para opróximo ano.

Sabe-se que era aí, no Orçamento, que todos apostavam. Passados que foram os primeiros meses do governo, ultrapassado o fogo do Orçamento (tardio, como sabemos) para este ano, logos as baterias apontaram para o do próximo ano. No próximo é que seria. A geringonça não resistiria aos contornos incontornáveis do próximo orçamento. Em Setembro ou Outubro a coisa sucumbiria de morte natural. E se não fosse assim lá estaria a Europa pronta a deitar tudo a baixo, o que iria dar no mesmo.

Setembro ainda nem a meio vai, mas as indicações que vai dando não apontam para nada disso. A geringonça, mesmo revelando aqui e ali a eventual falta de uma pontinha de óleo, vai-se aguentando bem. Da Europa já se dá conta até de convergência, e aquela reunião dos países do Sul, no final da passada semana, altera por completo o cenário da ameaça europeia.

Perante tudo isso é preciso inventar novos fantasmas, e nada melhor que o fantasma de um novo resgate. Daí a pressa em trazer o tema para a actualidade. E daí razões acrescidas para António Costa ficar zangado com Centeno. Mas zangado a sério, mesmo que - e bem - não o mostre!

Fritar em lume (nada) brando

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O bullying continua. O anúncio das sanções é adiado todos os dias. Para o próximo mês, a próxima semana, o próximo dia... submetendo o país a uma exposição diária que desgasta  e mina a sua credibilidade externa até à sua irreparável destruição. 

Em poucos dias, semanas, meses o país deixará de estar em condições de assegurar o seu financiamento, vendo-se obrigado a, com um novo resgate financeiro, voltar a franquear as portas à política do não há alternativa ditada pela toda poderosa nomenklatura de Bruxelas, com o regresso ao poder dos súbditos do Sr Schauble.

Estes, os súbditos do Sr Schauble, que falharam tudo e em toda a linha, mas sempre de cócoras ao seu lado a lamber-lhe o dito cujo, vão fazendo os seus números de autêntico circo. Tanto dizem que escrevem umas cartas a implorar clemência, como que, com eles, nada disto se passaria. Para, no fim, rematarem que se houver sanções a culpa é do governo. Mais e pior: que só haverá sanções se o governo o quiser! 

Paralelamente, e sempre sem qualquer referência ao lume (nada) brando em que Bruxelas está a fritar o país, através da guarda avançada espalhada pelas televisões, jornais e blogues, vão explicando que tudo está a correr dentro da mais transparente normalidade: com um défice orçamental de 3,2%, Portugal continuou sujeito ao procedimento por défice excessivo, e por isso sob vigilância das instituições europeias. Que é tão só isso que está a acontecer, com a agravante - continuam eles - que o governo recusa medidas adicionais para cumprir a meta dos 2,2% de défice que se propõs. E que o resto é com o Tratado Orçamental, que Portugal negociou e ratificou e que Comissão Europeia tem por função fazer cumprir.

Não é - evidentemente - nada disto. Se assim fosse, as sanções pelo défice excessivo em 0,2 pontos percentuais em 2015 - da responsabilidade das políticas definidas por Bruxelas, e da sua execução pelo seu governo - teriam que ter sido aplicadas no momento próprio. E é demasiado evidente que não cumprir com o objectivo dos 2,2% não é incumprir com a meta dos 3%, que todas as previsões conhecidas dão por claramente atingível.

Já para não falar da França. Nem de todos os países - são todos, incluindo a Alemanha - que estão a violar o sagrado, mas monstruoso,Tratado Orçamental. Nem do Brexit. Nem da destruição do ideal europeu ás mãos da direita radical agrupada - e reforçada - no PPE.

 

Indignação

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Nem sei o que mais me choca: se as declarações terroristas de Schauble se a "centena" resposta que mereceu do ministério das finanças. Mas sou bem capaz de ficar mais indignado com a resposta que, de cócoras, o ministério de Centeno deu: "não está em consideração qualquer pedido de ajuda a Portugal".

Já os fundamentalistas do costume, as tropas de Shauble e os orfãos de Vítor Gaspar, não merecem sequer indignação. Talvez desprezo, não muito mais que isso...

Paradoxo: com certeza uma palavra ... grega...

Por Eduardo Louro

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Há pouco mais de uma semana os gregos disseram "não" a mais austeridade. Ontem, uma sondagem inidicava que os gregos diziam "sim" a mais um programa de austeridade, aprovado pelo Parlamento já madrugada dentro, bem para além do limite da meia-noite imposto pelos credores (sim, não há outra designação). 

Tsipras não acredita no programa, e disse-o com todas as letras. Que assinou, que teve de assinar e defender no Parlamento grego. Que o aprovou com votos de oposição, com a maioria dos votos contra a partir do partido de Tsipras. 

É destes paradoxos que se faz hoje a história da Europa. Foi até aqui que o directório alemão que manda na Europa nos trouxe. Todos querem expulsar a Grécia, mas ninguém quer ficar com esse ónus. Queriam que fosse o Syriza a fazer-lhe o favor, mas Tsipras percebeu isso. E percebeu que nesta altura está tudo virado ao contrário. E que é justamente o seu eleitorado, os mais desfavorecidos dos gregos, os que mais sofrem, que mais ainda teria a perder. Ganhar, ganhavam os outros, os que tinham dinheiro e o tiraram todo do país... para depois, incólume e reforçado, se servir à vontade do espólio que sempre fica entre os destroços.  

E para que a história dos pardoxos não acabe aqui, os mercados acordaram esta manhã em euforia com o "sim" grego. Como se só eles não percebessem nada do que se está a passar... Como se só eles estivessem convencidos que aquilo que o Parlamento grego votou tem algum tipo de aplicabilidade, quanto mais alguma probabilidade de sucesso.

 

 

 

Concerto, há. Conserto é que não!

 

Por Eduardo Louro

 

Começa finalmente a perspectivar-se alguma solução para a crise grega, que não para o problema grego, esse permanece e continuará a crescer.

Depois das piruetas de toda a gente, de Tsipras pisar as linhas vermelhas e de Juncker, presidente da comissão, Lagarde, do FMI, e Donald Tusk, presidente do conselho europeu, terem pisado as do ridículo, juntando-se a Jack Lew, secretário do Tesouro norte-americano, para pedir um alívio (perdão) da dívida grega. E depois de Schauble lhe ter proposto trocar a Grécia por Porto Rico, e Merkel jurar que poderá fazer tudo à dívida grega menos cortá-la na forma clássica (há certamente formas neoclássicas), o governo grego passou a apresentar propostas sérias e credíveis (Hollande), em texto completo (Dijsselbloem, o holandês que preside ao eurogrupo), e tudo se encaminha para a concertação.

Que não para o conserto: o que se destruiu na Grécia já não tem conserto!

Resgate moral

Por Eduardo Louro

 

 

Esse grande vulto da vida nacional, e escriba emérito que responde pelo nome de Duarte Marques, citou-o num dos seus escritos que o Expresso publica. Alguém capaz de merecer a admiração dessa eminência do PSD só podia ser gente de pensamento profundo, injustamente votada ao anonimato, donde teria de ser imediatamente resgatada.  O país não podia continuar a desconhecer o pensamento produzido e armazenado em tão brilhante mente!

Foi provavelmente isso que terá animado Francisco Louçã a partir à pesquisa dos seus feitos e a trazer Pedro Cosme Vieira, professor na Faculdade de Economia do Porto – seu colega, portanto – para o grande público. Não foi em vão, o tempo perdido por Louçã.

O país descobriu alguém que tem uma solução para a SIDA: o abate sanitário de todos os infectados. Sem qualquer problema na demografia: em apenas 15 anos, já sem ninguém infectado, seriam recuperados os 35 milhões de pessoas abatidas. E também solução para o drama dos que atravessam o Mediterrâneo para fugir da morte que lá têm por certa: atropelá-los em alto mar e “meter um tiro em cada um “ que consiga sair a nadar. Nos primeiros dias morrerão uns milhares, mas em pouco tempo deixará de haver do lado de lá “pretalhada” a querer entrar naqueles barcos.

É isto um professor universitário. É isto um modelo de referência da entourage Passista, de que Duarte Mendes é apenas um specimen.

Ah… Parece que, captada a fama, pôs agora a correr que tudo isto não passa de uma estratégia de comunicação. De uma forma de fazer ouvir o seu blogue na selva da blogosfera. Imagino a decepção do Duarte Marques…  

Haverá  ainda tempo para o resgate moral do país?

 

Hoje sabemos muito mais coisas...

Por Eduardo Louro

 

 

Fez ontem precisamente quatro anos que Sócrates anunciou ao país o que, poucas horas antes, Teixeira dos Santos, num golpe de traição, cirurgicamente comunicara à Helena Garrido, do Jornal de Negócios: Portugal ia pedir ajuda externa!

Poucos então previam o que estaria para vir. Poucos achavam que o PEC IV pudesse resolver o que quer que fosse. Como os anteriores não tinham resolvido. Achava-se simplesmente que chegara ao fim o estado de negação em que o país vivia. Que aquele era um destino há muito anunciado, há muito à vista de todos… Menos dos que insistiam em negar a realidade.

Hoje sabemos muito mais do que sabíamos então. Começamos por saber pelo que passamos… E por saber que não valeu a pena. Que nada se regenerou… Que, antes, tudo se acomodou…

Basta isso para olharmos para este dia, há quatro anos, com olhos bem diferentes dos que então o vimos…

Mas hoje sabemos que o PEC IV - em que ninguém acreditava - estava negociado com as instituições europeias e era alternativa à intervenção externa. E sabemos que falhou porque o PSD entendeu que eram horas de deitar a mão ao pote. E que a ordem veio de Belém, com Cavaco - deixado á margem da negociação desse último instrumento - a optar pela vingança, fazendo da tomada de posse para o seu último e desgraçado mandato uma declaração de guerra. Não havia espaço para mais austeridade, sentenciou!

Afinal havia. E de que maneira… E não mais o incomodou!

Mas hoje sabemos ainda muito mais coisas...

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