Ilusório é isto mesmo
O desfecho final da eliminatória pode até sugerir grande equilíbrio de forças, muita incerteza no resultado e invugar emoção até ao apito final. Mas não foi nada disso que se passou na outra meia-final: o 5-2 de Liverpool foi, antes e durante praticamente todo o jogo, 5-0. Do massacre à displicência foi uma questão de minutos: os minutos finais que tornaram um resultado vexatório - se é que isso existe - num 2-5 que não era nada pior para a Roma que os revertidos 1-4 de Barcelona.
O 4-2 de hoje, em Roma, não tem uma história muito diferente. O Liverpool voltou a mostrar ser imensamente superior, só que, mais uma vez, rapidamente passou da superioridade à displicência. Enquanto foi a valer o domínio da equipa inglesa foi indiscutível; os romanos apareceram quando, por muito que fizessem, já não podiam fazer coisa nenhuma. O Liverpool esteve grande parte do tempo a ganhar, depois tolerou o empate e, no fim, nos últimos minutos - a 4 dos 90 e outros 4 depois dos 90 - o resultado acabou a um só golo do prolongamento. Que nunca passou pela cabeça de ninguém!
Mas, claro e sem dúvida nenhuma, a Roma foi uma equipa rija, caiu de pé e com honra. E teve sempre o grande mérito de não se deixar abater. De, à beira do precipício, se agarrar à vida. Mas nada que tenha a ver com o espectacular 7-6 que fechou a eliminatória.
O Liverpool foi muito superior. E será um osso bem duro para o Real Madrid roer em Kiev, no próximo dia 26!