O primeiro-ministro, na forma como conduziu este processo da sua empresa familiar, abriu uma crise política de graves consequências no funcionamento do sistema político.
Criou uma autêntica bola de neve que vem dar gás ao discurso populista, e a quem só se sente bem na política se esta for uma pocilga repleta de choldra e lama. E desembocou numa situação política insustentável, que o deputado Rui Tavares, do Livre, descreve (bem) nestes termos:
“O país está numa situação em que o Governo não teria uma moção de confiança aprovada - portanto, chumbaria uma moção de confiança -, mas qualquer moção de censura também chumba. E, portanto, estamos com um Governo que não está nem morto, nem vivo.”
Isto é, a falta de lucidez, e a falta estatura política de Luís Montenegro acabaram a dinamitar o sistema político, ao mesmo tempo, por dentro e por fora. Por fora, activando o radicalismo anti-democrático da extrema-direita; por dentro, rebentando com as válvulas de segurança do sistema.
Não é a Luís Montenegro que cabem todas as responsabilidades. Ele tem a do pecado original - foi ele, e por ele, que a situação aqui chegou - mas há mais responsáveis.
Desde logo o PCP, a apressar-se a anunciar a moção de censura apenas para garantir mais uns meses de sobrevivência. A cavar mais fundo o seu descrédito: um partido que se rege por decisões colectivas, conseguiu em menos de um quarto de hora, num sábado à noite, produzir aquela decisão.
E, claro, acima de todos, Pedro Nuno Santos. Em apenas trinta segundos o líder socialista anunciou mandar o Governo abaixo (se este apresentar uma moção de confiança); e manter o Governo em funções (inviabilizando a moção de censura que o PCP). Se Luís Montenegro fosse ainda tomado por algum laivo de decência, e decidisse submeter-se a uma moção de confiança, Pedro Nuno Santos cortou com essa possibilidade de decência.
É o regime na sua mais crua degenerescência.
Valha-lhe Francisco Assis: “Exige-se um esclarecimento: ou o Governo é sério e apresenta uma moção de confiança ou, caso contrário, o PS deve apresentar uma moção de censura.”
À medida que o campeonato avança os jogos vão perdendo interesse. Por desgaste das equipas, por demais evidente, mas especialmente por saturação das propostas de jogo. Já nada de novo têm para mostrar nesta altura do campeonato.
Ontem foi mais um dia cheio, mas não um dia em cheio. Foi um dia de empatas. E de empates. Pela primeira vez ninguém ganhou. Mas o empate também servia para toda a gente!
O jogo inaugural, entre o Bloco e o PAN, foi enfadonho. Tinha o aliciante de ser completamente feminino, mas nem isso lhe deu grande alma. Com tanta convergência, Catarina Martins e Inês Sousa Real acabaram por afunilar sempre o jogo, retirando-lhe versatilidade e encanto. Quando afunilaram, não remataram. E só conseguiram jogar ao ataque quando partiram o jogo. E já se sabe - quando o jogo parte ganha emoção, mas perde rigor e consistência. Foi o que aconteceu, e ninguém ganhou com isso. Nem o espectáculo!
No jogo seguinte encontraram-se - não se confrontaram - PSD e IL, uma espécie de Porto - Portimonense. Aquilo pareceu muito mais um baile dos de antigamente - "a menina dança?" - do que um jogo de competição. E dançaram... dançaram ...
Para Rui Rio não podia correr melhor. A dois dias do jogo do campeonato, o único que realmente tem que ganhar, e no qual há muito concentra todo o trabalho semanal de treino físico e táctico, nada melhor que um baile para descontrair. E foi até bonito de ver como, em vez de jogar, dançaram. Com os passos sempre acertados, e sem pisadelas. Ninguém se queria aleijar, e por isso tiveram muito cuidado com os pés. E com o sítio onde os colocavam. Às vezes Cotrim de Figueiredo dava um apertãozinho mais malandreco, entusiasmava-se um bocadinho e lá saía uma pisadelazinha. Mas nada de grave, e voltava a encostar a cabeça.
Não foi desagradável à vista, e um foi um bocado bem passado. Mas estávamos à espera de um jogo, de uma competição que se resolve com golos, e não de uma dança de engate, que nem notas dá para a competição.
Rasgadinho foi o último da noite, sem surpresa, de resto. Livre e CDS não podiam fazer a coisa por menos!
Rui Tavares também já acusa algum desgaste. Foi a sua penúltima participação, a competição já vai longa, e isso notou-se. A ideia de jogo esteve lá, mas a condição física para a desenvolver já não é a melhor. Xicão não tem ideia de jogo - tem umas vagas ideias, com um ou dois séculos, do tempo em que o jogo nem sequer tinha ainda sido inventado - mas tem um novo fôlego (Sá Pinto que me perdoe...) que acrescentou uns truques (soundbytes) ao jogo de Lito Vidigal com que iniciou o campeonato. Continua a ser canela até ao pescoço, só que, em vez de cara fechada e dentes cerrados, é agora de riso aberto e boca escancarada. Pode até não doer mais, mas irrita ainda muito mais!
Ontem, domingo, foi dia de jornada completa, com os jogos uns em cima dos outros. Quem os quis acompanhar foi obrigado a autênticos golpes de Zaping, quase sem direito a intervalo, para não perder pitada.
Talvez pelo adiantado da competição, começa a perceber-se que algumas estratégias de jogo começam a acusar fadiga, e a deixar de resultar.
Os jogos fofinhos começam a ficar enfadonhos, e a dar para adormecer. Foi o que viu no encontro entre o Livre e o PAN, com Rui Tavares e Inês Sousa Real a embalar-nos para uma noite de sono tranquilo. Resistir a adormecer foi quase um acto heroico.
As propostas de jogo até eram interessantes, mas quando são muito iguais perdem atracção, e tornam o jogo pouco interessante. A proposta de Rendimento Básico Incondicional tem tudo para ser interessante, e para integrar estratégias de progresso no que mais importa do jogo; mas apresentada assim, sem disputa, acaba por passar despercebida e perder-se na sonolência instalada.
Acabou empatado. Dificilmente poderia ter outro resultado, até porque, pelo que se vai vendo, Rui Tavares - na competição pela via de uma espécie de repescagem - não perde um; e Inês Sousa Real não ganha nenhum.
A partida entre o PS e o CDS prometia. Francisco Rodrigues dos Santos, Xicão, ou simplesmente o mais jovem com a cabeça mais velha - rótulo bem colado pelo Cotrim de Figueiredo na partida que ambos disputaram - parecia o Moreirense. Percebeu-se que trocou de treinador. Despediu o Lito Vidigal e contratou o Sá Pinto. Não muda muita coisa, mas dá melhor imprensa: o que num é cacetada pura e dura, no outro é raça.
Foi isso. A mudança não foi mais que isso. Voltou a usar o "seu" Mercedes à porta, mas já sem evocar directamente a família de Famalicão. Percebe-se que está esgotado e, ao contrário do Moreirense, nem Sá Pinto lhe dá alento. Não tem ataque, nem meio campo, nem defesa. Não prepara os jogos, e depois não sabe o que fazer com a bola, não a consegue segurar, perde-a logo que lhe chega. Daí que António Costa se tenha limitado a passear pelo relvado. Não precisou sequer de se mostrar em grande forma grande para ganhar facilmente. Bastou-lhe não dar fífia
O jogo mais interessante da jornada acabou por ser o que opôs o Chega à IL. São equipas do mesmo campeonato, mas com argumentos de jogo completamente antagónicos. Os de Ventura são fraquinhos e gastos, e nem a troca do Mercedes pelo Porsche lhe valeu. Pelo contrário, trocou um Mercedes, parado, à porta, por um Porsche a circular. Mas, com o motor gripado, ficou logo ali.
Ventura ficou apeado, sem gasolina. Não tem uma gota de gasolina, e só agora é que percebeu que está encostado à beira da estrada. Vai ter que empurrar penosamente o carro até ao fim, e já nem vai receber mais palmadinhas nas costas de Rui Rio, sentado a ver o jogo e a aprender como se faz. Foi esta a fotografia do um jogo em que Cotrim de Figueiredo não se limitou a golear. Mostrou como se devem jogar estes jogos, e deu uma cabazada!
Já se percebe que começam a surgir os jogos fofinhos. À medida que o campeonato vai avançando, e com a aproximação do os dois verdadeiros candidatos ao título vão entrando em poupanças, a guardar forças para o grande clássico, o jogo de todos os jogos.
Depois do jogo fofinho de ontem, outro hoje. PS e PAN replicaram o PSD-CDS de ontem, e ofereceram-nos um jogo idêntico. A diferença esteve no espectáculo, que foi de muito melhor qualidade. Sem a pressão da competição, António Costa e Inês Sousa Real protagonizaram um bom espectáculo, com muita bola e tratada com propósito na área das alterações climáticas. É um jogo que, ao contrário do que sucede nos países com as melhores competições, não é muito jogado por cá.
Na verdade não haveria melhor oportunidade para este modelo jogo destes que um amigável. E especialmente um amigável destes, em que a sedução tomou o lugar da competição. Como é da praxe, estes jogos têm jogadas de encher o olho, acabam - têm de acabar - com muitos golos, mas empatados. Mesmo assim, sem ganhar, foi o melhor resultado da Inês Sousa Real na competição. E António Costa só não queria perder, o empate bastava-lhe.
O outro desafio, entre o Livre e o PSD, foi naturalmente diferente. Não foi exactamente fofinho - nem poderia ser - mas também não foi , nem de perto nem de longe, um jogo de faca nos dentes, onde valia tudo, como outros a que temos assistido. Rui Tavares, voltou a confirmar que tinha o jogo bem preparado, e teve sempre atitude competitiva, mesmo sem nunca passar das regras do fair-play. O adversário jogava à distância - nos estúdios da RTP no Porto - e isso também ajudou. Dificultava a competitividade e facilitava o fair-play.
Curiosamente isso não influenciou tanto assim o jogo de Rui Rio. Que não foi tão competitivo como Rui Tavares, mas também não teve o mesmo desportivismo. Rui Rio não jogou propriamente duro, mas mandou-se algumas vezes para o chão a rebolar, a fazer fita. E isso não fica bem a um candidato ao título!
Aconteceu assim nos momentos em que a bola era jogada para os apoios sociais. Logo que a bola entrava nessa zona Rio atirava-se para o chão a rebolar, com as mãos na cara como se tivesse sido apanhado pelos cotovelos do Rui Tavares. E, como todos que é fita quando o Octávio, do Porto, faz essas figuras, também vimos perfeitamente que os apoios sociais do Rui Tavares não eram nada as cotoveladas que Rio fingia.
Na maior parte das vezes o Octávio sai-se bem. E a sua equipa ganha. Rui Rio não se saiu bem, e voltou a perder. Não foi apenas por isso, porque perdeu praticamente em todas as zonas do campo. E Rui Tavares não perdeu ainda um jogo neste campeonato. O pior é outro, que vem a seguir!
A jornada de hoje tinha um cartaz variado, com jogos potencialmente interessantes. Iniciou-se com o jogo entre equipas do mesmo campeonato, de resto o único dos três, mesmo que João Cotrim de Figueiredo diga que não. Ou que não é bem, mesmo que a Iniciativa Liberal e o CDS disputem-essa zona classificativa da direita ponto a ponto.
O jogo foi interessante, com o Xicão a insistir no estilo trauliteiro. Até parece que o treinador é o Lito Vidigal, mas a referência continua a ser o coiso. Já se percebeu que não tem outra táctica, com um sistema de jogo muito virado para trás. Nada para a frente, e deixa claro que dificilmente deixará a rectaguarda da tabela. Tão retrógrado, dificilmente poderia ser de outra forma. Ao contrário, Cotrim de Figueiredo apresentou-se com um jogo mais arejado, e mais virado para a frente. E mais tranquilo, também. O que fez toda a diferença, e por isso ganhou claramente..
O segundo do dia era um jogo entre equipas de campeonatos bem distintos. Parecia mais um jogo da Taça, e aconteceu Taça. Ganhou o mais pequeno. Rui Rio voltou a não jogar bem. E quando se não joga bem, o mais provável é perder-se. Entrou praticamente com um auto-golo, numa jogada demasiadamente repetida para ser por acaso. É aquela de fazer do coiso uma coisa normal. Uma jogada ensaiada nos Açores, há pouco mais de um ano, trazida a jogo anteontem, e repetida hoje.
Em vez de defender a bola da prisão perpétua, nem que fosse a chutar para canto, agarrou-a com as duas mãos para normalizar o coiso. "O Chega não quer a prisão perpétua, mas uma coisa mitigada"! Não foi penalti, mas entrou com a bola nas mãos pela baliza dentro. E ficou baralhado: "sou católico, mas não sou crente. Não tenho fé"!
E entregou o jogo à adversária. Acabou submetido, vergado à verbalização de "estou de acordo consigo". Catarina Martins nem queria acreditar!
A fechar a jornada, um jogo curioso, e de alguma forma surpreendente. Perspectivava-se que o coiso, no seu lamaçal, trucidasse o adversário. Só que o Rui Tavares.já não ia às cegas, e safou-se bem. E acabou por se superiorizar, no jogo jogado. Golos é que não. Mas só porque a bola do Rui Tavares nunca entra. Nem num Livre!
Já arrancaram os debates nas televisões para as eleições do próximo dia 30. Há quem não aprecie, mas também há quem faça deles os momentos mais altos da vida política do país. Há quem ache que nada acrescentam, que são apenas mais do mesmo: mais banha da cobra dos mesmos aldrabões. E há os que sabem que não há democracia sem debate político, e que o debate político faz parte do jogo democrático, em que o espectáculo faz parte das regras.
O pontapé de saída foi dado por António Costa e Rui Tavares, na RTP. O espectáculo não foi mau. E o jogo foi ainda melhor. Lembrou um daqueles jogos em que, não estando a nossa equipa em campo, torcemos pelo mais fraco, sempre à espera do momento em que se pode soltar lá de trás para um contra-ataque mortífero.
E assim foi. Depois do tempo todo a trocar a bola para o lado e para trás, sem golos, no último minuto, já nos descontos, Rui Tavares saiu em contra-ataque rápido e marcou: "se o PSD for governo, o que os portugueses sabem é que o Livre fará oposição. Do Ps, não sabem"!
E ganhou o jogo no fim, no único remate à baliza que o jogo teve!
À falta de PODEMOS – fenómeno impossível em Portugal, com uma sociedade civil amorfa e em estado de anestesia permanente, como sempre se desconfiou e como desde Setembro de 2012 toda a gente ficou a saber – e com o Bloco, por implosão, e o PC, por História e por crença, definitivamente encostados à parede da não solução, arrumados no cantinho do protesto, abre-se ao Livre, de Rui Tavares, uma janela de oportunidade única. Em boa verdade essas condições não lhe abriram a janela toda, deixaram-na apenas entreaberta para que António Costa pudesse meter a mão para lha deixar escancarada.
Parece-me que pouca gente está a perceber isto, e que são ainda menos os que estão a perceber a dimensão dessa janela que se está a abrir. Devo no entanto reconhecer que não está a ser ignorado por boa parte da direita. Nota-se isso na onda de solidariedade que os sectores bem pensantes da direita estenderam a Francisco Assis. E nas anunciadas perspectivas de volte face das sondagens, na própria presunção hoje revelada por Rui Rio que, com a prisão de Sócrates e com a chamada viragem à esquerda de António Costa no Congresso, o PS deixa de estar em condições de ganhar as eleições. Diz Rui Rio que, se há umas semanas se poderia falar de maioria absoluta para o PS, hoje se fala na vitória do PSD.
Esta é a perspectiva que convém à direita, a ideia que no fundo nada mudou, que tudo continua na mesma, que alternativa e alternância são a mesma coisa. Que as eleições se irão continuar a decidir ao centro, nessa enorme franja eleitoral que ora vota PS ora PSD. E que o balanceamento de Costa para a esquerda empurra essa franja do PS directamente para os braços do PSD.
Ora, isso era assim no passado. Antes de Passos Coelho ter dizimado a classe média. As classes médias portuguesas poderão não ser de sair à rua, como os espanhóis ou os brasileiros, mas não são estúpidas. Nem masoquistas. Têm memória curta, bem sabemos, mas o que, desta vez, a direita lhes fez é muito difícil de esquecer.
António Costa também sabe que é assim. Que não há eleitorado seu que fuja para a direita por ele se encostar à esquerda. Tão bem como sabe que, nessa mesma franja, há eleitorado que ainda não perdoou todo o passado ao PS, que o co-responsabiliza pela situação do país, e que espera por qualquer coisa nova. Que, à falta de melhor, poderia até ser o partido de Marinho e Pinto…
Com o Bloco e o PC fora de combate – porque os portugueses sabem que têm de encontrar uma solução governativa – o Livre é o coelho que António Costa tira da cartola. Ninguém sabe quanto é que o partido do Rui Tavares vale. Vale pouco certamente, mas poderá vir a valer muito…
O que se sabe é que o Livre, a fazer lembrar o apelo de Cunhal aos comunistas em 1986 – “votem no homem” (Mário Soares) “com a mão direita e tapem-lhe a fotografia com a mão esquerda” –, vai ser o voto no PS dos que nunca votariam na mãozinha. Mas que votariam Bloco, ou Marinho e Pinto, ou branco… Ou que nem votariam!
António Costa escancarou esta a janela de oportunidade a Rui Tavares. Espera que a partir de agora as mulheres e os homens do Livre façam o resto. E que por lá entre uma gigantesca lufada de ar fresco…
Que não dê em pneumonias... Para isso já basta Sócrates!
Rui Tavares é deputado no Parlamento Europeu. Foi eleito pelo Bloco de Esquerda nas últimas eleições, em Junho de 2009: precisamente o terceiro e último a ser eleito, num ambiente de suspense, surpresa e, finalmente, festa!
Pouco depois de chegar a Estrasburgo, no final do seu primeiro ano de mandato, soube-se da sua intenção de oferecer parte do seu salário de deputado europeu – um salário suficientemente generoso que, em tempo de constituição das listas para essas eleições, transforma as sedes partidárias em verdadeiros sacos de gatos assanhados – para bolsas de estudo. Não sei – nem me interessa – se essa decisão teve alguma coisa a ver com o cenário de suspense daquela noite eleitoral, ou mesmo com a surpresa desse êxito eleitoral decorrente de uma eleição à partida tida como muito pouco provável. Sei é que ainda há pessoas que têm da vida uma visão diferente daquela que faz carreira.
Soubemos agora, e apenas seis meses depois, em plena semana de Natal que, prescindindo de um quarto do seu salário, financiou quatro projectos de investigação de outros tantos jovens concidadãos. Ficamos a saber que o Rui Tavares, licenciado em História da Arte e a terminar um doutoramento em Paris (sobre a censura no tempo de Marquês de Pombal) é um político que cumpre o que promete – o que, como sabemos, devendo ser a coisa mais natural é a mais extraordinária do mundo. E que cumpre a partir do seu próprio bolso, o que é ainda mais extraordinário! Mas mais: ao que parece não pretende tirar dividendos políticos disso!
Simplesmente – ao que diz – ajuda porque quer, porque pode e porque acha que é seu dever. Diz que não quer outra leitura para além dessa. E que não está fazer nada que não lhe tenham já feito, ele próprio bolseiro da Fundação da Ciência e Tecnologia e licenciado na qualidade de ex-bolseiro da Universidade Nova!
Mas ficamos a saber mais: ficamos a saber que a ideia lançou amarras. Que outros políticos lhe seguiram as pisadas? Não! Evidentemente que não! Mas que três elementos dos Gato Fedorento se lhe associaram permitindo duplicar o valor das bolsas!
Tudo isto sem parangonas. E, sem que queira dar o exemplo, seja de facto o exemplo! Nem que seja apenas o exemplo de que “eles” não “são todos iguais”. Ou que não “querem todos o mesmo”…
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