Não eram dois. Eram quatro ou cinco!
Agora sim. O governo está completo. Custou, mas foi!
A tomada de posse dos secretários de Estado estava prevista para o fim da tarde de hoje, e assim será. Tudo dentro do normal.
O que não foi normal foi os nomes dos secretários de Estado terem chegado ontem a Belém ao fim da tarde e só de lá terem saído já não muito longe da meia noite. Faltavam dois, dizia-se pelas televisões ao longo da noite. Quando finalmente se viu "fumo branco" tudo se resumia a dificuldades em finalizar a lista, e a necessidade de o Presidente avaliar todos os nomes.
É normal que o primeiro-ministro quisesse chegar a Belém a tempo e horas. Não é normal é que lá chegasse sem a lista completa do que ia entregar. Um primeiro-ministro a entregar uma lista de nomes dos secretários de Estado do seu governo ao Presidente da República não é exactamente a mesma coisa que um miúdo a entregar os trabalhos de casa ao professor. ""Olhe "Stor"não tive tempo de fazer tudo""...
Isso é que era normal que pensássemos. Mas não, explicou-nos o Presidente Marcelo, dizendo aos microfones das televisões que "faltavam quatro ou cinco nomes" (claro, não poderiam ser dois) que demoraram mais umas horas a responder ao convite.
Já não dá para levar o Presidente Marcelo a sério (como voltou a fazer questão de demonstrar, quando questionado sobre o Relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde ao caso das gémeas brasileiras). Se desse, ficaríamos todos convencidos que, depois de "cabular" na matéria da presidência da Assembleia da República, Luís Montenegro tinha ainda lata para não fazer os trabalhos de casa ...
Com amigos destes, Montenegro não precisa de inimigos. Bastam-lhe adversários!