Listas de Grupos de Cidadãos Eleitores
Hoje fala-se de Listas de Independentes. De Grupos de Cidadãos Eleitores, em bom rigor.
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Hoje fala-se de Listas de Independentes. De Grupos de Cidadãos Eleitores, em bom rigor.
Agora, aqui ao lado, fala-se da importância dos sistemas eleitorais nos regimes. E de como os regimes os talham à sua medida...
E de repente o PSD regressou em força ao equívoco dos resultados das últimas eleições, já lá vai ano e meio. Maria Luís Albuquerque disse ainda ontem, no Parlamento, que os portugueses escolheram outro primeiro-ministro. Luís Montenegro não fala de outra coisa, e completamente perdido num ressabiamento que empurra a realidade para bem longe, propõe mudanças no sistema eleitoral que premeiem o partido mais votado com um bónus suplementar de deputados. Não se sabe se os cinquenta da Grécia, mas admite-se que, com o relógio político parado desde Outubro de 2015, o bónus eleitoral de Montenegro se fique pelo número exacto de deputados que tivesse dado a Passos Coelho a legitimidade de continuar a usar a bandeira na lapela do casaco. Teriam bastado 9, o que daria para arredondar para 10!
E assim, enganando-se a eles próprios, acham que conseguem enganar a realidade... E até a "morte"...
Por Eduardo Louro
Não é, não. Na Grécia, um primeiro-ministro demitiu-se, o governo caiu, marcaram-se novas eleições... Fez-se a campanha eleitoral, e fizeram-se as eleições. No domingo. Ontem foi empossado o primeiro-ministro e hoje já há governo. Tudo isto com Portugal em romaria, de norte a sul, do litoral ao interior. Estávamos em campanha eleitoral quando Tsypras se demitiu, e continuamos em campanha eleitoral - pasme-se, ainda e apenas no terceiro dia de campanha oficial - quando o novo governo toma posse. À espera das eleições, daqui por duas semanas...
Por Eduardo Louro
No domingo não houve apenas eleições na Grécia. Também houve em França. Como há um mês e pouco atrás… Então, em França votou-se para as presidenciais, para eleger Hollande e, na Grécia, para nada!
Há alguma coisa em comum entre estas duas eleições de domingo? Há, ambas são marcadas por sistemas eleitorais bizarros!
Se na Grécia o sistema dá um bónus de 50 deputados ao partido vencedor – na circunstância o partido da Nova Democracia elegeu 79 deputados e recebeu 50 de bonificação, o que significa que apenas 60% dos seus deputados são eleitos – em França, um partido com 30% dos votos elege mais de 50% dos deputados e outro, com 13%, elege um ou dois. Em França um pequeno partido cresce, cresce e, por mais que cresça, nunca consegue eleger um deputado!
São sistemas eleitorais vocacionados para promover a estabilidade política?
Serão. Mas também para evitar a mudança!
Não é que a democracia esteja em causa. Desde se conheçam as regras, e elas sejam iguais para todos, a formalidade democrática estará assegurada. Mas que estas formas de representação minam a democracia representativa, minam!
É votar para que tudo sempre fique na mesma. Ou perto disso!
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