E no fim...
Tudo normal na Taça das Confederações. A Alemanha ganhou, o Chile - do bravo guarda-redes que é o guarda-redes Bravo, que ensombrou os jogadores portugueses - ficou em segundo e Portugal, ressuscitado por um penalti depois de morto nos penaltis, em terceiro. Na geografia do futebol, um pódio natural: campeão do mundo, campeão sul-americano e campeão da Europa.
Mesmo que o campeão do mundo se tivesse feito representar pela equipa B, a trazer de volta à actualidade a mais famosa exressão de Gary Lineker:"são onze contra onze e no fim ganha a Alemanha". Que está de novo a ganhar tudo o que há para ganhar. Até o Europeu de sub 21, que ganhou à armada invencível de Espanha que, por sua vez, tinha vencido a invencível (seis anos sem perder, que não renderam qualquer título) selecção portuguesa.
Na Rússia, a selecção nacional, provavelmente a principal favorita, andou sempre pelo meio da ponte, sem saber bem se deveria prosseguir, e atravessá-la, se voltar para trás. Sem nunca saber muito bem se deveria puxar dos galões de campeão da Europa, e assumir-se como uma equipa dominadora, capaz de mandar no jogo, se como equipa retraída, manietada pelo primado do equilíbrio defensivo que faz a imagem de marca de Fernando Santos.
Fica sempre a ideia que os jogadores dão para muito mais do que aquilo que a selecção dá. Nunca foi exuberante, nunca apresentou um futebol capaz de nos entusiasmar. Mas também nunca foi inferior a qualquer adversário, nem mesmo, à excepção do caricato na marcação das grandes penalidades, na meia-final com o Chile.
"São onze contra o onze, e no fim ganha a Alemanha". Mas também se pode dizer que "são onze contra o onze" e, no fim, Portugal não perde... A diferença entre ganhar e não perder é que é muito grande...