Há dias que não se fala de outra coisa. A eutanásia, a morte assistida, a boa morte ou a morte sem sofrimento atrós e intolerável há muito que é um dos principais temas das sociedades actuais. Em Portugal, tem dias. Está na ordem do dia, depois passa, e não se fala mais nisso para, meses ou anos volvidos, regressar em força até desaparecer novamente.
Há assuntos que vão e vêm. Que não enfrentamos, que entregamos ao tempo para que seja ela a resolver. Umas vezes não resolve nada, outras resolve mesmo. A maior parte das vezes tarde demais para muita gente...
Estamos aqui, na fase do regresso em força até que volte a desaparecer. A não ser que a disparatada ideia de Assunção Cristas de a submeter a referendo ganhe pernas. Mal por mal, mais vale deixar isto entregue ao tempo... Que sempre dá para as televisões irem ganhando uns trocos. Sem vergonha nem pudor!
No dia em que na Assembleia da República se discute, mas não vota - o que é bom para o (bom) funcionamento da dita geringonça -, o Programa de Estabilibilidade (não sei se ainda se pode chamar de crescimento, se nunca dá para crescer) para Bruxelas ver - e que bem se poderia chamar, com sotaque, para ter mais estilo, "vá... me engana, que eu gosto" -, volta a falar-se da legalização da prostituição.
Não, não é o Bloco. Desta vez é a JS, que há muito se não via por estas paragens. Quem faz trabalho sexual tem de ter direito a protecção social e a reforma, defende - e bem - o deputado João Torres, Secretário Geral da Juventude Socialista. Acredito até que, legalizada, passe a ser uma actividade pouco dada à evasão fiscal, dispensando assim os governos de medidas como as que implementou sobre os cabeleireiros e as oficinas de automóveis. A curiosidade fica para a resposta à sacramental pergunta: "com, ou sem número de contribuinte?"
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