Sábado de tiros
Rui Rio teve um sábado de valentes tiros nos pés. Cristas, que se fosse rainha ficaria na História com o cognome de Pantomineira, despejou-lhe a cartucheira nas asas.
Fica difícil até caminhar, quanto mais voar...
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Rui Rio teve um sábado de valentes tiros nos pés. Cristas, que se fosse rainha ficaria na História com o cognome de Pantomineira, despejou-lhe a cartucheira nas asas.
Fica difícil até caminhar, quanto mais voar...
Por Eduardo Louro
Não sei se se recordam, mas há quatro anos, na campanha eleitoral, Passos Coelho fartou-se de dar tiros no pé. Na altura tudo lhe foi perdoado, a ânsia de nos vermos livres de Sócrates perdoava tudo. Era falta de experiência política - dizia-se. Ou mesmo, para os mais fartinhos de José Sócrates, a pureza da virgindade…
Hoje todos temos uma leitura diferente. Basta olhar para os vídeos que por aí circulam a comparar o que então disse o candidato Passos Coelho com o que depois fez o primeiro-ministro com o mesmo nome, para perceber que não era nada disso. Hoje sabemos que as gafes com cheiro à pólvora do tiro no pé fazem parte de um certo populismo que cultiva. É uma certa atracção pelo risco, e uma maneira de trazer sempre as coisas para o fio da navalha.
Continua a acreditar nisso. Depois do elogio público e enfático ao amigo Manuel Dias Loureiro, desata à pancada no parceiro de coligação. Em nome da confiança, meia dúzia de dias depois de a apresentar e ainda antes de lhe escolher o nome…
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