É preciso ter lata!
Anda há anos em fugas para a frente, sempre a encontrar expedientes para não largar a cadeira. Afastado do Banco, refugiou-se - melhor, entrincheirou-se - na Associação Mutualista Montepio, protegido pelo seu estatuto especial que a coloca fora do sistema de supervisão bancária. Não estando claro - como é comum em Portugal - que estivesse sob a supervisão da área seguradora, foi necessário um esclarecimento legislativo a confirmá-lo.
Só então a Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF) pôde avaliar os dirigentes da Associação Mutualista, e a condição de Tomás Correia em particular. Acusado em vários processos do Ministério Público e do Banco de Portugal, que já não lhe reconhecia idoneidade bancária, e sabendo que não lhe poderiam ser reconhecidas condições para se manter no lugar, pede para sair por ter terminado a sua missão.
Tomás Correia sempre disse que só sairia pelo seu pé. E tem lata suficiente para pretender fazer crer que é o que está a fazer. Mas, não. Não está a sair pelo seu pé. Está a sair empurrado pela porta dos fundos!