Língua - portuguesa e de palmo
Assinala-se hoje o dia mundial da Língua Portuguesa, falada por mais de 250 milhões de pessoas, e escrita por menos uns quantos. A pátria de Pessoa, e a nossa. O nosso maior património, e tão mal tratado, como tanto outro.
É precisamente nesta nossa língua, mal tratada pelo acordo ortográfico, que está escrito o relatório da aguardada auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco, acabado de apresentar. Que, dizem os jornais, chega a conclusões devastadoras, mesmo que não dê resposta a nada do que verdadeiramente está por responder, só porque se limita à conclusão a que todos já tínhamos há muito chegado - que são devastadores os custos suportados pelos 10 milhões de falantes de português que são os contribuintes deste país.
Os mesmos a quem Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque, na resolução do BES e, anos mais tarde, Costa e Centeno, na venda do Novo Banco à Lone Star, garantiram nesta nossa mesma língua que nunca teriam coisa nenhuma a pagar.
Pagamos, com língua de palmo. Mas já sabíamos, mesmo sem ninguém nos dizer...