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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Notícia de uma morte anunciada

Por Eduardo Louro

Morreu hoje a União Desportiva de Leiria, SAD. Não morreu ainda o tipo de dirigismo que a matou. Desse existirão sempre resquícios enquanto houver futebol…

Salvou-se o clube, o União Desportiva de Leiria nascido em 6/6/66 que, embora tarde, ainda foi a tempo de se demarcar da irresponsabilidade manhosa que há muito tomara conta da SAD. Recomeçou na segunda divisão distrital do calendário da Associação de Futebol de Leiria - onde, sob o comando do velho capitão Bilro, se sagrou campeão, resultando de um empate os únicos pontos perdidos – e veremos se tem condições para repetir o brilhante percurso sempre ascendente da sua primeira encarnação. E para se projectar na cidade e na região, para dela ser bandeira, modelo de referência e motivo de orgulho. Mesmo que os tempos não estejam para isso! 

O RUGIDO DO CHICOTE

Por Eduardo Louro

 

Godinho Lopes voltou a puxar do chicote lá por Alvalade e o Sporting acabou por substituir o há muito chicoteado Sá Pinto - adjunto na última época de Pedro Caixinha no União de Leiria – por Oceano, também na última época o adjunto de José Dominguez no União de Leiria.

O Oceano que se cuide porque esta época há dois União de Leiria: a SAD, com uma equipa a disputar a II Divisão B e o Club a disputar a primeira divisão distrital. O que quer dizer que deve haver por lá mais dois adjuntos, prontos para o que der e vier!

E como em Alvalade a mão é leve…

LAMENTÁVEL

Por Eduardo Louro

                                                                      

O Benfica despediu-se do público da Luz com uma exibição pouco menos que lamentável. Mas como uma proeza, que chegou a estar em causa. Não sofreu golos! Pela segunda vez num campeonato inteiro. A outra fora com o Sporting, mas também não foi por falta de oportunidades… E repetiu também o resultado. Contra a União de Leiria, a tal!

Pela constituição da equipa, e pelo que fora mesmo anunciado, era jogo para goleada. De Cardozo!

Pois, começou tudo a falhar exactamente por aí. Uma estratégia nada inteligente e ainda menos profissional. Mais, difícil de entender. Porque no jogo anterior, com o Marítimo, Jesus tirara o Cardozo do jogo a cerca de vinte minutos do fim, quando o Benfica ganhava tranquilamente, o jogo corria de feição e ele já ia no sétimo jogo sem marcar. E como ele precisava (e continua a precisar, mas não pode ser assim porque, assim, é à coitadinho) de um golito…

Bom e aquela táctica de cinco jogadores atrás – o Witsel foi colocado exactamente como se fosse o Javi – e cinco à frente, não lembraria a ninguém. Só poderia dar no que deu: em aplausos para os jogadores da União de Leiria. Realmente os únicos que os mereceram!

Do resto que deu nem quero falar… Lamentável!

FUTEBOLÊS#125 LINHA DE ÁGUA

Por Eduardo Louro

 

A linha de água do futebolês não tem nada a ver com a linha de água de um curso da dita. Não é novidade, acontece em muitos outros casos!

Mas tem algumas semelhanças. Por exemplo, como há cursos de água inquinada, poluída e muito mal cheirosa, também a linha de água está muitas vezes inquinada. E com muito mau cheiro!

Mau cheiro, nauseabundo mesmo, que se agrava à medida que o campeonato se aproxima do fim. Nesta altura, à entrada da penúltima jornada, é já insuportável. Abaixo dela morre-se asfixiado, em vez de afogado.

A União de Leiria passou praticamente toda a época abaixo da linha de água, sem poder respirar e fazendo aí tudo o que havia a fazer. Talvez seja por isso que é hoje apontada como responsável maior pelo mau cheiro que de lá vem. Foram muitos meses lá debaixo, e sabe-se como são as necessidades… Mesmo que, com os jogadores sem receberem salários, os estômagos nunca se tenham dado a grandes exageros e tenha havido grande contenção digestiva. O pior era mesmo o presidente, que sozinho e pela boca, poluía mais aquilo que os jogadores todos pelas vias normais. Quanto menos eram os jogadores a esbracejar e a fazer pela vida lá debaixo, à medida que iam partindo à procura de um bocadinho de ar e de uma bucha para matar a fome, mais porcaria o presidente mandava boca fora…

A União de Leiria já não está abaixo da linha de água. Está um bocado mais fundo, já debaixo da linha da merda. Que, como se sabe, acaba sempre por acamar lá mais para o fundo, à espera que ninguém chafurde. Quem a deixem em paz e esquecida!

Assim andou durante muitos anos. Ou assim permitiram que andasse muitos e muitos anos…

E quem sabe se assim não irão continuar a permitir durante mais alguns? Os alargamentos andam para aí…

Quem lá foi também parar, surpreendentemente ou talvez não, foi a Académica, com um presidente que também mostra particular tentação pela chafurdice. Depois de ser considerada a equipa sensação da primeira fase da época, com um treinador também sensação – que até parece que esteve com meio rabo na cadeira de sonho – deixou de ganhar jogos, mesmo aquele, há pouco mais de dois meses - na altura certa - que um senhor tudo fez para que ganhasse. Mas não era isso o mais importante, o mais importante mesmo era que não fosse o adversário a ganhá-lo. Já lá vão uns dezasseis jogos a marcar passo e, claro, por muito que se queixem daquela vergonha de onze contra oito do passado domingo na Marinha Grande, não há milagres!

Abaixo da linha de água, de outra mas também com grande falta de ar, está Jorge Jesus. A falta de ar notou-se na entrevista (cuidada e, finalmente, com ares de orientação da parte da estrutura de comunicação da Luz) que deu a A Bola esta semana, quando, a propósito da paródia de ir para o Porto, respondeu: “FC Porto? Quem chega ao topo não quer andar para trás!”

Bem dito! Mas nunca, sem falta de ar, diria coisa semelhante… Pode ser que lhe faça bem!

FUTEBOLÊS#124 PROLONGAMENTO

Por Eduardo Louro

 

Prolongamento parece um vocábulo de expressão comum. Parece e é, mas a verdade é que, no futebolês, tem … um sabor especial. É certo que também significa acrescento, que acrescenta jogo ao jogo. Mas é mesmo especial. Onde é que se vai para prolongamento se não no futebolês?

Na expressão comum prolonga-se qualquer coisa. Prolongavam-se as férias e até os fins-de-semana, mas nem isso já se prolonga. Mas mesmo quando se prolongava, nunca ninguém dizia que o fim-de-semana ia a prolongamento. O mês prolonga-se cada vez mais, para um ordenado cada vez mais encurtado. Mas ninguém diz que o mês vai a prolongamento

Pronto. Já estamos todos de acordo que prolongamento é mesmo futebolês. Se ainda subsistir alguma dúvida lembro que é tanto assim que até serve para nome de um programa de televisão da especialidade...

O jogo da passada quarta-feira em Madrid foi a prolongamento. E sabe-se que se isso só servir para prolongar o resultado, vai a penaltis! Ir a penaltis também é futebolês, tão digno como qualquer outro e mais digno que resolver a coisa doutra maneira! Ainda chegou a haver a morte súbita, mas, só pelo nome, nunca poderia ser forma digna de resolver o que quer que fosse. A selecção portuguesa até passou uma vez pelo dois em um. Foi no Europeu de 2000, quando fomos afastados da final pela França com aquele penalti de morte súbita, quando passou mais uma coisa esquisita pela cabeça do Abel Xavier. Sabemos que é um rapaz atreito a muitas coisas esquisitas, mas aquela de meter a mão à bola em cima da linha final, quando até tinha os joelhos à mão, foi a mais esquisita de todas as coisas esquisitas da vida dele!

O prolongamento do jogo de Madrid não levou a nada – porque o Real não podia e o Bayern parecia que não queria – lá se foi para penaltis. Que, ao contrário do que é corrente, serviram para prolongar a permanência de Mourinho em Madrid. Corrente é que treinador que perde, sai. Mas até nisso ele é diferente: sairia se ganhasse e ficou por ter perdido!

Já Guardiola, que também perdeu mas sem ter ido a prolongamento, cumpriu a regra. E não se prolongou no comando blau grana, saiu! O que não deixa de mostrar como ainda está longe do seu rival… Mourinho raramente vai em prolongamentos nas suas equipas, sai sempre pelo seu pé e bem por cima. Remetendo-as para baixo logo que sai. Até mesmo na equipa de Abramovich: não saiu pelo seu pé, é certo, mas saiu por cima. E com as contas bancárias a abarrotar…

Pepe Guardiola saiu mas deixou lá o prolongamento, o que até poderá querer dizer que fica por perto e que até poderá regressar em breve, para outras funções. Nunca outras que não a presidência! Certo é que não estarão para breve novos duelos com Mourinho, que na próxima época lá terá que se debater com o tipo a quem enfiou o dedo no nariz. Se já lhe meteu o dedo no nariz…

À beira do prolongamento esteve o Sporting. Faltaram-lhe dois minutos, os mesmo que sobraram ao jogo, mas nem isso impede o prolongamento do estado de graça de Sá Pinto – um novo herói verde. Incrível!

Em Leiria – bem, agora é mais na Marinha Grande - onde Sá Pinto iniciou a sua carreira de treinador (adjunto, mas treinador) no início da época, também há questões de prolongamento. Bartolomeu – não farto do prolongamento da sua liderança – insistiu no prolongamento da vergonha a que conduziu a União de Leiria. Com o prolongamento dos meses sem salário os jogadores decidiram rescindir os contratos, não se deixando prolongar pelas três últimas jornadas. Já se vê esta Liga com encurtamento nos jogos e com prolongamento nos problemas!

AGORA SIM!

Por Eduardo Louro 

  Líderes sem papas na língua (SAPO)

Agora sim: o Benfica está sozinho lá em cima!

O Benfica repetiu, com a União de Leiria na Marinha Grande (pois claro, Leiria não é o Entroncamento mas também tem fenónemos de difícil explicação) a chapa 4 – neste início de ano, dois jogos e sempre a mesma marca – num jogo que teve momentos de espectáculo, com uma exibição convincente a demonstrar que a equipa está, neste momento, uns bons furos acima da concorrência. Num jogo que, para além de definir o novo líder isolado da liga, fica marcado por um regresso que se saúda: o regresso à competição do promissor jovem leiriense Rúben Brígido – ao que se diz, a caminho do Benfica – depois de longa ausência por grave lesão.

QUE AJUDA!

Por Eduardo Louro 

 

Que ajuda! Cajuda!

Sou um adepto da União de Leiria – toda a gente tem um segundo clube, e o meu é precisamente o União, clube que vi nascer e crescer como nenhum outro - que integra uma maioria silenciosa (na semana do 28 de Setembro, quando já ninguém se não lembra maioria silenciosa de 74, a expressão vem a propósito) de adeptos que se não revê na actual vergonha que é o divórcio do clube com a cidade, que mais não é que uma sucessão de muitas outras vergonhas que têm marcado os últimos anos de um clube que tinha tudo para ser uma bandeira da região.

Assisti a este início de campeonato nesta precisa condição de adepto desiludido e afastado, vendo ali a equipa mais fraca da liga, logo à segunda jornada, no jogo com o Porto, com um treinador dado como um dos muitos yupis da nova geração que, percebia-se, estava completamente afastado da realidade, como vem sendo habitual neste nosso país. Depois veio Vítor Pontes, um homem da casa e que ali havia sido feliz, apontado, pelo próprio, como um dos delfins do special one, mas que, longe de Leiria, nunca confirmara essa premonição. Duas derrotas e 17 dias depois seria, sem mais nem menos, mais um da vasta lista de humilhados de Bartolomeu, o Pinto da Costa número dois do futebol português.

E regressou Cajuda, um técnico da velha guarda, à boa e antiga escola portuguesa. Que tem reclamado da injustiça de nunca lhe ter sido dada a oportunidade de treinar um grande e, em particular, o nosso comum Benfica. Começou à sua maneira – já estafada é certo mas que, comparada com a do Vítor Pereira, parece saída dos novos compêndios das mais prestigiadas universidades -, dizendo que não tinha medo do jogo com o Braga e avisando os jogadores de que, tem o tivesse, ficasse em casa. Provocou depois os mais puritanos da comunicação quando disse que o empate com o Braga seria um bom resultado.

Mas ganhou, e ganhou bem, o seu primeiro jogo com o novo grande. Depois de uma entrada sufocante do Braga, a equipa primeiro resistiu e, depois, dominou. Dominou toda a segunda parte e desperdiçou oportunidades de alargar o marcador. É Cajuda num dos seus múltiplos milagres, o Cajuda de que a gente gosta.

Leiria, apesar de tudo, agradece. E Vítor Pereira também: a derrota de Jardim poderá ser mais um desvio na sua rota para o Dragão. Esta terá sido a melhor notícia que recebeu antes do jogo com a Académica!

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