Jogos de sorte e azar
Por Eduardo Louro
O futebol não é um jogo de sorte e azar… Não era, até surgir este Manchester United de Van Gaal, onde não cabe um jogador como Falcão. Ou cabe, para entrar nos últimos cinco minutos, já com o resultado da lotaria conhecido…
Até há seis jornadas atrás, este colosso mundial do futebol às mãos do holandês, arrastava-se pelos relvados ingleses, a que esta época ficou confinado, ameaçando repetir a classificação do ano passado, ali pelo meio da tabela. De repente, em Londres saiu-lhe a taluda: levando um monumental banho de bola do Arsenal, consegue ganhar por 3-1. E nunca mais parou. Nem de levar banhos de bola, nem de ganhar!
Hoje, nos Teatro dos Sonhos e frente ao Liverpool, a saga prosseguiu. Foi três vezes à baliza dos rapazes da cidade dos Beatles e fez três golos: um logo a abrir, como convém, outro a fechar a primeira parte, como é dos livros, e em fora de jogo descaradíssimo, e o último à entrada do quarto de hora final. Pelo meio, os coitados jogadores do Liverpool encontravam sempre pela frente mais uma perna. Quando se livravam dessa perna incómoda surgia-lhes um De Gea intransponível, a defender tudo… E quando o guarda-redes espanhol – em grande forma – não fazia tudo, lá estava o poste para fazer o resto…
Já lá vão seis jogos… De sorte para Van Gaal e azar para todos os outros que lhe surgiram pela frente!