Quando uns se calam...
A quinta emenda à constituição dos Estado Unidos da América reconhece aos americanos um direito fundamental: o de ficarem calados! E esse não é um direito menor, não senhor! É um dos mais importantes direitos de cidadania. Que o digam os que passaram por Guantânamo, que não eram cidadãos americanos…
A mim, que felizmente não passei por lá, não me apetece ficar calado. E por isso aqui estou!
Apareci por aqui através do Vila Forte (1), um blogue onde eu andava feliz e contente quando, mesmo não sendo americano, decidiu invocar o direito que a quinta emenda lhe confere: calar-se! Como a mim não me apetecia ficar calado… aqui estou. A solo, por enquanto!
Não é fácil nem difícil manter sozinho um blogue com um mínimo de interesse. É impossível! Por isso o Quinta Emenda só pode não ter o mínimo de interesse, apesar dos meus esforços. Não me obrigo a ter coisas novas todos os dias, mas tentarei que todos os dias se note que o autor passou por aqui. Nem que seja um simples gesto de picar o ponto, como a gente vê em algum funcionalismo público. E irei dar sequência a uma rubrica que vinha mantendo no Vila Forte: o Futebolês (2).
O Quinta Emenda nasce hoje!
Porquê hoje?
Porque é o day after do dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, do dia em que soubemos, pela mais alta voz regime, que o país não é sustentável? Porque é o dia de arranque do Campeonato Mundial de Futebol, o primeiro em África e o das intoleráveis vuvuzelas? Porque é um dia capicua, e eu gosto de capicuas como de pão com manteiga dos dois lados?
Por tudo isto e por nada disto. Porque hoje perdi um familiar que muito amo. Porque hoje se calou para sempre uma das vozes da minha vida…
(1) Tudo se mantém. Com uma excepção: deixei de fumar. Fiz bem!
(2) Estão publicadas 30 edições disponíveis através de link aqui ao lado disponível dentro de dias.