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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tema da semana

Semana TSF: a morte de Odair Moniz e tudo o que se seguiu, a polémica sobre

A morte de Odair, um cidadão português de origem cabo-verdeana, na madrugada da passada segunda-feira, no bairro da Cova da Moura, atingido a tiro por um polícia (jovem, de 20 anos) em circunstâncias oficialmente ainda por conhecer - mas já suficientemente conhecidas para que se saiba que a Direcção Nacional da PSP mentiu nas primeiras reacções à notícia (designadamente ao referir que a vítima mortal utilizava um carro roubado e que estava armada com uma faca) e que foi uma infracção de trânsito (pisar um traço contínuo) que despoletou a perseguição policial, abriu uma semana de rara violência.

Violência - e vandalismo - nos bairros ditos problemáticos da periferia da capital, que se prolongaram por toda a semana, mas também violência e vandalismo verbal no espaço político.

A primeira, que se espalhou pelos bairros pobres dos concelhos da Amadora, Sintra, Oeiras, Odivelas, Loures e Lisboa, emanou das próprias condições de vida dessas populações, da mais ou menos crónica perseguição de que são objecto, e foi potenciada pela acção da polícia subsequente ao próprio assassinato (primeiro no comunicado que falsificava os actos e, depois, numa invasão de rostos tapados à residência da vítima) e pela marginalidade latente dos guetos.

A segunda, que se espalhou por todo o espaço mediático, emanou do oportunismo político e do preconceito racista protagonizados por André Ventura e seus correligionários, com declarações igualmente incendiárias e criminosas, a que reagiu a sociedade civil com uma petição para uma queixa crime, e com a própria Procuradoria Geral da República (PGR) a anunciar a abertura de um inquérito.

Um movimento Vida Justa, envolvido com as condições de vida destas populações, marcara para hoje, às 15 horas, uma manifestação com início no Marquês de Pombal para terminar na Assembleia da República, sob o lema "sem justiça não há paz". Logo de seguida André Ventura tratou de marcar uma outra, de sinal contrário, com início na Praça do Município e igual destino, sob o lema "polícia sim, bandidos não". 

As palavras de ordem diziam tudo. O movimento Vida Justa alterou o destino, de S. Bento para os Restauradores, para evitar confrontos. As polícias velaram para prevenir provocações, e as manifestações decorreram sem incidentes.

Com tranquilidade, 10 mil pessoas chegaram aos Restauradores, onde se falou de paz e se reclamou justiça.  E 200 chegaram às escadarias da Assembleia da República, com André Ventura a  apropriar-se do hino nacional e a reclamar a sua "revolução" - “a verdadeira revolução em Portugal". Que "não há prisão que pare"...

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