Tour de France 2018 - II
Ao segundo dia, os Alpes trouxeram a normalidade de volta ao Tour. A mais curta etapa (apenas 108,5 quilómetros) desta 105ª edição do Tour, à excepção óbvia dos contra-relógios, corrida sob o olhar altivo do fantástico Mont Blanc, foi um espectáculo de ciclismo verdadeiramente fabuloso. Os últimos 400 metros da chegada a La Rosière (Espace San Bernardo) foram de rara emoção. O espectáculo, esse, já vinha bem de trás. E chamou-se Alejandro Valverde, Dumoulin, Geraint Thomas e Chris Froome.
Dos quatro, só Valverde não fica na História. Porque nunca reza dos vencidos, e Valverde acabou a perder. E muito. Como perdeu Mikel Nieve, na frente da corrida durante muito tempo, e na frente à entrada dos últimos 300 metros, acabando batido, primeiro, por Thomas, e depois, incrivelmente, ainda por Froome e Dumoulin.
O camisola amarela, o belga Avermaet que ontem resistira surpreendentemente à primeira abordagem aos Alpes, hoje desapareceu nas profundezas da classificação geral. E o próprio Valverde, que ontem era terceiro, desapareceu do top ten.
Amanhã há mais. E logo com o mítico Alpe D`Huez... Mas o que o Monte Branco testemunhou é que Thomas e Froome estão bem acima da concorrência. O tetra campeão do Tour tem a desvantagem do desgaste do Giro, que ganhou pela primeira vez. Mas tem a enorme vantagem de ter na sua equipa o seu maior concorrente. E Thomas, logo que hoje vestiu a camisola amarela, fez questão de dizer que tinha a missão de a entregar ao chefe!