Tour de France 2025 (I)
A 112ª edição do Tour já está na estrada. Pela primeira vez em cinco anos, o Tour teve início em solo francês, por onde se manterá ao longo de toda a prova, uma raridade dos tempos modernos.
Arrancou hoje em Lille, no norte de França, região onde o pelotão se irá manter durante toda a primeira semana. A primeira etapa, com partida e chegada em Lille, na distância de 184,9 quilómetros - também não é o habitual contra-relógio, ou prólogo -, já está disputada. O belga Philipsen (Alpacin) bateu ao sprint o eritreu Girmay, e ganhou. Provavelmente a primeira de mais algumas. E vestiu a primeira amarela deste Tour.
Fez estragos, esta primeira etapa.
As quedas foram muitas, a última a menos de 4 quilómetros da meta. E obrigaram à desistência do italiano Filippo Ganna (INEOS), um nome de peso, e do suíço Stefan Bissegger (Decathlon). Também os abanicos do vento, que ditaram cortes no pelotão, alguns com atrasos irremediáveis, fizeram história.
João Almeida, que dá sempre avanço, pelo que nem podia ser de outra maneira, foi uma das vítimas, (bem) acompanhado de Remco Evenepoel (Soudal) e Primoz Roglic (Red Bull-Bora). Perderam 39 segundos. O João Almeida ficou sozinho no grupo, já que, dos colegas da UAE, o belga Tim Wellens ficou na frente com Pogaçar, Marc Soler ficou num terceiro grupo, mais de 2 minutos atrás, e Adam Yates, Sivakov e Pollit, num quarto, cinco minutos mais atrás ainda.
Pior aconteceu a Simon Yates (Visma), o recente vencedor do Giro, que perdeu mais de 6 minutos e meio.
Os dois galácticos, que ganharam as últimas cinco Voltas à França - e que, se não acontecer qualquer anormalidade, ocuparão os dois lugares mais altos do pódio em Paris - é que não dão avanço a ninguém. Tadej Pogacar, à procura do quarto Tour, e Jonas Vingegaard, do terceiro, não se deixam surpreender por estes pormenores.