À falta da grande transferência por que Luís Filipe Vieira anunciara perder cabeça, a grande bomba da silly season é a mudança de camisola de uma apresentadora de televisão.
A Cristina Ferreira passou-se da TVI para a SIC, e dizem que vai ganhar mais do triplo do patrão, como as grandes estrelas do futebol. Não tenho nada contra o que vai ganhar, mas sinto alguma preocupação com aquilo que hoje se valoriza.
Bem sei que são as audiências. É isso mesmo que me preocupa...
O problema é esse, é que "a malta ... não é muito inteligente". Daí a minha preocupação. A minha preocupação não é com as audiências, é com o país. Isto não é um simples problema de audiências, é um problema do país que somos!
O anónimo talvez entenda - eu percebo mas não compreendo. Não compreendo tal valor numa obra, não compreendo tal valor numa remuneração. Ditames das Leis de Mercado, curiosamente sustentadas pelos mal remunerados para lucro de um ínfimo segmento da população. Por excelente profissional e artista que seja, por muito que atraia consumidores, não compreendo tais remunerações nem tais consumidores.
Com todo o respeito, e agora sem ironias, só queria dizer que, se calhar, não podemos (devemos) verberar uma "plateia" e, simultaneamente, fazer parte dela ou de outra que, sendo semelhante, vemos como diferente apenas pela nossa presença.
Percebo e compreendo o seu ponto de vista, e até concordo. Mas... (ahh, que seria de nós sem esta conjunção!):
Não se verberou uma plateia - temer pela sociedade, ou talvez temer a sociedade, por esta apetência para seguir tendências sem as questionar é o cerne da discussão: o consumo acrítico e a priorização dos consumos imediatos. Com CF ou com CR7.
Certamente. Lamento, contudo, que se mantenha sem qualquer identificação - uma qualquer alcunha permitirá mais facilmente dar continuidade a esta e a outras conversas que eventualmente surjam. E nas quais terei todo o gosto em participar.