Uma questão de fama
Esta é a fotografia, dos fotógrafos. A fotografia é outra.
Com as equipas perfiladas no centro do terreno, na hora dos hinos, meia dúzia de fotógrafos, uma pequena minoria, aponta as objectivas para captar essas imagens. Dezenas de outros, a imensa maioria, viraram as costas e apontaram na direcção do banco da selecção portuguesa. Lá, estava Cristiano Ronaldo.
O centro de tudo não era o relvado, onde se iria disputar um jogo decisivo, de onde sairia a última das oito selecções apuradas para os quartos de final do Campeonato do Mundo de futebol. O centro de tudo era, indiscutivelmente, Cristiano Ronaldo no banco de suplentes.
Se aquela imensa maioria de fotógrafos apontou as câmaras fotográficas para o mais emblemático jogador de futebol, e uma das mais mediáticas figuras mundiais, ou se para uma presa abatida, ali atrás, é a dúvida.
Ou talvez uma questão de fama.
Da má fama que cobre grande parte da classe. E da fama de Ronaldo. Que faz romper os limites da crueldade!