Violência e hostilidade
Foto daqui: https://saalmeida.wordpress.com/tag/comunicacao-social/
A violência gera violência. É sempre assim!
É condenável, a violência. Tudo deveria acontecer, apenas e só, no domínio do combate das ideias. O problema é quando elas não comparecem a jogo, e são substituídas pela mentira organizada, pela provocação e pelo insulto. O problema é quando o espaço que deveria ser o do combate de ideias, é substituído pelo da chafurdice imunda. Aí o combate não tem regras. Aí mandam os porcos.
O que ontem aconteceu em Setúbal é condenável. Foi condenado por todos os candidatos, à excepção, ao que se disse, de Marcelo. E foi amplamente divulgado pela comunicação social. Arremesso de pedras, dizem uns. De objectos, dizem outros. A diferença poderá não importar muito, mas é diferente.
Como diferente foi o eco dado pela mesma comunicação social à violência intimidatória sobre os próprios jornalistas, que aconteceu em Guimarães. Houve carros amassados e com vidros partidos. Mas não houve violência, apenas hostilização a jornalistas. A própria reportagem da RTP no local limitou-se à imperceptível nota final que, à chegada ao carro, não tinham pára-brisas. Sem uma imagem, se calhar porque também já não tinham câmara.
O Chega, a campanha, os capangas e os portugueses de bem de Ventura que se movimentam nas malhas do crime não geram violência. Apenas hostilidade!
A comunicação social sempre lhe achou graça. Deu-lhe palco e colo, e trouxe-o até aqui.