Viva o orçamento!
É hoje aprovado em conselho de ministros o Orçamento de Estado para 2016, o prato principal do menu da direita ressabiada na últimas semanas. Fizeram de tudo: arrasar tudo o que fossem medidas ou contas, liquidar a credibilidade de tudo e de todos, e até anunciaram o colapso eminente de Portugal, geneticamente transformado em Grécia.
Hoje é aprovado - e dada a devida nota de tranquilidade ao ainda Presidente da República - e amanhã será entregue em Bruxelas. Depois, os jornais, jornalistas e comentadores que têm vivido disto, e para isto, vão de férias por uns dias.
De todo este frenesim, assentada a poeira, ficam a calma e o saber de António Costa, e mais uns impostos para pagar. Desta vez sobre o consumo, que dói menos. Mas dói...
Sobre os combustíveis e sobre os automóveis. Quer dizer, sobre quem usa o automóvel, que somos quase todos. Sobre o tabaco, que não somos quase todos, mas também parece que não somos cada vez menos. Sobre o crédito ao consumo, onde voltamos a ser cada vez mais.
Também toca à banca, como é de bom tom, mas nem assim deixa de nos tocar a nós. Desses nunca nos livramos, repercutem-nos tudo menos os lucros... E chega-se finalmente aos fundos imobiliários, que deixam de estar isentos de IMI. Ao contrário da Igreja, que continua.
Nunca comem todos. A moralidade anda pelas ruas da amargura...
E por isso as rendas da energia, agora entregues mensalmente aos chineses, continuam intactas. Limpinhas... Poupada é também a grande distribuição, que até o pouco que paga vai pagar à Holanda. Também não adiantaria muito, voltariamos a ser nós a pagar: ou como consumidores, ou como produtores!
Viva o orçamento!