Vuelta 2022 - II
Correu-se hoje, nas Astúrias, a oitava etapa da Vuelta, entre Pola de Laviana e Yernes y Tameza, corrida em montanha, e com a meta a coinicidir com uma contagem de 1ª categoria.
Jay Vine voltou a ganhar em montanha, como há dois dias, a confirmar que é um grande trepador, e o dos que atravessam o melhor momento de forma. O ciclista australiano pertence a uma nova geração de ciclistas que vem do Zwifit, uma plataforma que se transformou numa verdadeira academia de ciclismo.
Voltou a dar espectáculo, e ganhou lá em cima, á frente de todos os que o acompanharam na fuga que desde cedo se desenhou, entre os quais gente de respeito como Soler (companheiro de João Almeida, que quebrara o jejum espanhol, a voltar a confirmar que quipa é coisa que não lhe assiste) que acabou segundo, Taramae (3ª), Pinot (4ª) ou Landa, que já não resistiu à perseguição final do grupo dos principais protagonistas.
João Almeida fez a sua corrida, de trás para a frente, como já vem sendo hábito nas mais difíceis etapas de montanha. E sempre sozinho, sem equipa. Mesmo quando alcancou o miúdo Juan Ayuso, seu colega de equipa, teve que ser ele a fazer a despesa. Acabou por perder mais alguns segundos para os três da frente - onde Evenepoel, como aqui se previa, já não é um portador transitório da roja e que, com Mas e Roglic, começam a desenhar o pódio - mas também acabou a subir dois lugares, fixando-se agora no oitavo posto da geral.
Vai bonita, esta Vuelta. Beneficia de ser a última oportunidade para a redenção da época, tornando-se numa competição mais aberta, e do facto de ter menos estrelas do sprint, o que faz com que as etapas sejam menos controladas pelas respectivas equipas.
E tudo isto a torna na mais aberta, e muitas vezes na mais espectacular - mesmo que, neste ano, o Tour tenha sido insuperável - das três grandes voltas do calendário internacional!