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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Vuelta 2023 - Ponto Final

Volta a Espanha - Dia de consagração para Kuss - TopCycling

Terminou ontem em Madrid a Vuelta deste ano. As próximas pedaladas da grande corrida espanhola serão dadas em Lisboa, ponto de partida da Vuelta 2024.

Tudo tinha ficado resolvido na quinta feira, na 18ª etapa, mesmo que a de sábado fosse a tal de montanha russa. Era a mais longa desta Vuelta, com quase 210 kms num traçado que percorria a Sierra de Guadarrama e voltava a ser ao jeito de Rui Costa, como então aqui tinha dado nota. E foi. Não deu para ganhar mas voltou a ter um excelente desempenho, andou sempre na frente, num grupo de luxo constituído pelos grandes nomes excluídos do topo 10, e acabou em sexto. Também não deu para Evenepoel, que estava empenhado em ganhar tudo. Foi segundo, batido no sprint final por Wout Poels.

Dez minutos depois chegou o grupo dos primeiros da geral onde, na dura subida Alto de San Lorenzo de El Escorial, e no pouco que ficou a restar para a meta, João Almeida impôs o ritmo para defender o quarto lugar do seu colega Ayuso, afinal o único que poderia estar em risco.

Na chegada a Madrid, a Vuelta seria completada num circuito de15 voltas pelas ruas da capital, com passagens pelos principais pontos de referência da cidade. Aí acabou a festa e o passeio, próprios das etapas de consagração. E aconteceu tudo o que raramente acontece nestas etapas finais das grandes voltas. Porque a Vuelta é mesmo assim. Só não houve novidade nos animadores. Rui Costa foi um deles, e até dos principais. Evenepoel, inevitavelmente, outro. 

Rui Costa foi o primeiro a sair e a isolar-se, com mais dois ciclistas da Bora. Um deles Lennard Kämna, velho conhecido do Rui. Estiveram sempre juntos em todas fugas em que participaram, e foram muitas. Quando o Rui ganhou, ganhou a Kämna. Depois foi Evenepoel a atacar, e a acabar por se lhes juntar. Como o belga punha em risco a camisola dos pontos de Grooves, o corredor da Alpecin- Deceuninck colou-se-lhe. É normal que o melhor sprinter ganhe na última etapa. Mas Grooves percebeu que tinha de seguir Evenepoel para conseguir ganhar.

Até nisto a Vuelta é diferente. Depois de um final emocionante, com o pelotão a anular a fuga em cima da meta, mas já sem nem tempo, nem forças, para qualquer comboio de lançadores de sprint, foi Grooves quem ainda estava em melhores condições para ganhar. Ganhou, como era suposto, mas completamente fora do que era suposto. E consolidou a primeira posição nos pontos. Rui Costa acabou por voltar a repetir o sexto lugar do dia anterior.

E ponto final. Kuss ganhou, como deveria ser. Vingegaard e Roglic fecharam o pódio. De uma única equipa, todos da imbatível Jumbo. Que pela primeira vez ganha as três maiores competições do ciclismo mundial: Roglic, no Giro, Vingegaard, no Tour e Kuss na Vuelta.

Evenepoel ganhou a montanha. E só não ganhou nos pontos porque, nesta classificação, as vitórias em etapas de montanha valem apenas 20 pontos. Contra os 50 das etapas planas. E mesmo assim ainda tentou, da forma que se viu, buscar o 50 pontos de Madrid. Suficientes apenas e só se Grooves não pontuasse. E acabou por proporcionar os melhores momentos de espectáculo de ciclismo desta Vuelta. 

Dos portugueses, Rui Costa acabou por fazer uma grande prova. Como João Almeida, que talvez pudesse ter feito algo mais. O nono lugar da geral sabe a pouco, especialmente depois do pódio no Giro, mas não deixa de ser um bom resultado. Nelson Oliveira viu-se aqui ou ali. Mais ali, no contra-relógio. Os outros não deixaram história. Porque não puderam. Guerreiro pela infelicidade da queda, bem cedo.

Para o ano há mais. E em Lisboa!

 

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